What If..?|The Avengers| Vol.2

Capítulo 16

Se eu disser que não me assustei com o ato, claramente estaria mentindo.

E não havia motivo para mentir.

Eu realmente não esperava por isso, de forma alguma, não havia uma mínima esperança de que isso acontecesse.

Mas aconteceu.

E dessa vez, partiu unicamente da vontade de Peter.

Apesar do susto, não o afastei logo em seguida, até porque no fundo, eu até que queria aquilo.
Então, em questão de mais alguns segundos, levei minhas mãos até seu pescoço, o trazendo para mais perto de mim, mesmo achando que não conseguiria, já que com a velocidade em que meu coração batia naquele momento, tinha certeza de que ele pararia a qualquer momento.

Até que Peter sorriu em meio ao ato, o que me fez parar e me afastar um pouco, mas ainda conseguia sentir sua respiração sobre mim.

- Desculpa..- Sua voz era mais grave do que eu estava acostumada.- Minhas costas, elas..- Ele parecia perdido em suas palavras, então, abri meus olhos para encará-lo.- Ainda não melhoraram.

Me afastei completamente e pude ver a posição desconfortável em que ele se encontrava.

E antes de me jogar para trás no banco, cobri minha boca com as mãos, para não soltar a risada escandalosa que guardava.

Peter também acabou rindo da situação e com isso, seu rosto que já estava vermelho devido aos machucados espalhados por ali, ficou ainda mais.

Enfim, a vergonha.

Ele então se sentou na pequena mesa que nos separava e ajeitou sua coluna, fechando seus olhos e girando seu pescoço de um lado ao outro.

Em seguida, me coloquei de pé e analisei os ferimentos de suas costas. Happy havia terminado os pontos necessários e a cicatrização estava até que acontecendo rapidamente.

- Você vai estar melhor logo.- Peguei um pouco de algodão e o molhei com álcool, passando no local logo em seguida.

E Peter resmungou um pouco.

- Queria também ter cuidado de você.- Ele me encarou.

- Podemos por favor simplesmente deixar essas coisas para trás?- Fechei a caixa e o encarei.- Você nem ao menos estava no país, como iria fazer algo?

- Não estou falando dessa vez..

- Quer me lembrar de que posso estar sendo trouxa?- Arrastei a caixa para perto de mim, passando por Peter.

Mas ele segurou minha mão.

- Não é estar sendo trouxa.- Sua voz parecia carregar sinceridade.- Eu disse que seria diferente e não fiz nada para que mudasse.

- E vai fazer agora?- Falei rapidamente.

Essa conversa.

Novamente.

Eu estava esgotada e Peter sabia bem.

Talvez seja por isso que ele me beijou pela segunda vez, em menos de um mês.

Foi tudo rápido como sempre, mas a necessidade do contato era mais visível do que as outras vezes.
Como Peter estava sentado dessa vez, nossa diferença de altura não o incomodava, mas, enquanto nossas línguas exploravam uma a outra, Parker me encaixou por entre a abertura de suas pernas e me fez suplicar aos céus que isso durasse eternamente.

Mas, em uma resposta totalmente involuntária, uma lágrima escorreu do meu olho, o que me fez interromper aquele momento e finalmente sentir o aperto em meu peito, que havia voltado.