Capítulo 4

2.6K 232 89
                                    

Já estava amanhecendo, eu doidona, com pirulito na boca,  dançando horrores. Joguei o cabelo pro lado, fiquei rebolando.

Manoela: Oh ele quer sair comigo, quer sair comigo, o pente na cintura e o cabelinho colorido, ele é bandido, bandido...

Rebolei, fui até o chão rebolando, subi jogando o cabelo e rebolei.

Peguei meu copo na mesa, dei um gole e coloquei o pirulito na boca, Otávio do meu lado mexendo no celular e com a cara dele séria de sempre, nem ai pro mundo.

Nicolas: Menos Manoela, os cara olhando pro teu cu ai ô.

Foi instantâneo, todo mundo virou pra trás, os moleque olhando e comentando entre eles.

Otávio: Vai olhar a vontade, quero ver vim aqui mexer.

Ri, virei

Tiraram o funk, colocaram trap.

Otávio: Bora.

Nicolas: Bora.

Joguei meu copo fora, sai atrás deles. Fomos na direção do carro branco, Otávio abriu o carro, entrei na frente de abusada. Os meninos foram atrás.

Botei assault no som

Nicolas: Ae tio, passa na padaria.

Luan: Larica ta firme.

Otávio: Vocês que vão pagar.

Nicolas: Jae.

Fui calada, me olhei no espelho, ajeitei meu cabelo.

Eles pararam em frente a padaria, os meninos saíram

Otávio: Quero falar com você, fica ai.

Manoela: Ta bom.

Eles bateram a porta, Otávio fechou os vidros, manobrou o carro e desligou.

Otávio: Queria entender toda essa sua revolta.

Manoela: Revolta ? Que revolta ?

Otávio: Sua revolta com as pessoas, Manoela. Uma infantilidade do caralho, te pedi um único favor hoje, a mina foi embora sem graça, porque você não pode fazer um esforço pra nada.

Manoela: Eu não tenho revolta nenhuma, eu sou assim! Eu não gosto de ser pressionada, não me dou bem fazendo amizade, ainda mais com mulher, e você sabe muito bem disso. Parece que você gosta de assunto.

Otávio: Ta tranquilo.

Manoela: Não sei pra que essa briga toda comigo, por causa de mulher.

Otávio: Que eu pretendo levar pra frente, é uma pessoa legal pra mim. Eu sempre te ajudo, na minha vez você nunca pode.

Manoela: Porque eu não quero, não vou fazer, Otávio. Pronto e fim de papo!

Otávio: Tranquilo, show!

Manoela: Não vou ficar fazendo média pra mulher do homem que eu gosto, simples! É isso que você queria escutar ?

Ele me olhou, ficou sem reação.

Manoela: Vou ficar com os meninos lá.

Sai do carro, entrei na padaria.

Nicolas: Pedi pão na chapa com queijo e presunto pra você.

Manoela: Ta bom.

Eles pegaram refri, Otávio entrou.

A moça trouxe os pães na chapa, Otávio ficou conversando com os meninos.

Doce Perdição - Livro Três (DEGUSTAÇÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora