Prólogo

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Darya Pov

Suspiro cansada ao terminar de arrumar a casa e começo a preparar uma salada para acompanhar o almoço, tremo levemente ao escutar os passos de minha madrasta soar pela casa e logo a mesma adentra  a cozinha.

      — O que está esperando que ainda não serviu o jantar Darya? — indaga me fazendo fechar os olhos.

     — Desculpe, estava terminando a salada e já estou levando para a senhora. — digo e a mesma apenas sai me fazendo soltar o ar que nem havia percebido que prendi. — A papai... porque o senhor também  teve que me deixar? — sussurro chorosa e limpo meu rosto indo levar o almoço para a mais velha.

Após servir a ela, retorno pra cozinha onde faço minha refeição sozinha, como sempre fiz, apenas uma salada é o que ela me permite comer.

***

      — Você Darya, só me dá trabalho. Olha a dívida que fizemos... — grita me fazendo encolher os ombros.  — Eu vou lhe dar uma tarefa e se não chegar aqui com o que irei mandar pegar, não precisa nem mesmo voltar.   — exclama me fazendo balançar a cabecs em concordância. — Você vai no centro, mas especificamente na joalheria da família Quinn e irá roubar uma pedra preciosa, seja ela diamante, esmeralda ou até mesmo belas pérolas. — diz me fazendo a encarar assustada. — Vamos, está esperando o que para ir até lá? — exclama alto e assinto rapidamente saindo de casa.

Céus, por que eu tenho que fazer tal ato? Meu Deus... eles vão me matar.

Existe um boato na cidade de que a família Quinn é muito poderosa, e os filhos e sobrinhos do senhor Quinn não são piedosos com ladrões... eles vão me matar apenas com um soco.

      — Certo Darya... mantenha a calma e vá lá.  — sussurro pra mim mesma olhando para os lados vendo as ruas vazias e entro na loja, abaixo a cabeça e sigo pelas vitrines olhando as jóias, olhando para os lados de maneira que não chame atenção,  verifico se tem alguém olhando e levo minha mão até a vitrine pronta para pegar uma das jóias, mas me assusto rapidamente ao sentir uma mão forte apertar meu pulso.

       — Ora sua ladra, quem pensa que é para entrar aqui e tentar levar nossas pedras? — grita o homem e me encolho sentindo seu aperto aumentar e com medo, sua voz era grave e em sua pele havia desenhos estranhos.

Céus... se eu não morro pelas mãos deles, morrerei pelas mãos de minha madrasta.

      — Me solte, por favor. — grito com a voz embargada sentindo meu osso dar um leve estalo e logo outros homens aparecem e o afastam de mim.

Ergo o olhar chorando e me encolho sentindo o olhar de oito homens sobre mim.

   
        — Quem é você garota? — um homem sério pergunta e nego me virando para sair correndo mas acabo  tropeçando e caindo no chão.

Me encolho abraçando meus joelhos chorando e pulo de susto ao sentir uma mão em mim.


        — Não me machuquem, por favor. — imploro erguendo o olhar para eles, meu rosto devia estar vermelho como um morango, mas isso pouco importava. — Eu não tinha escolha... eu juro. — digo sentindo o ar faltar e logo um deles estava a minha frente segurando meu rosto me fazendo arregalar os olhos.

   
       — Ei, calma... respira devagar, veja como estou fazendo e tente repetir. — diz fazendo os movimentos e tento o imitar e aos poucos vou conseguindo. — Isso... agora me diz, por que iria nos roubar? — indaga e eu desvio o olhar.

      — Minha madrasta... ela me mandou pegar uma pedra de vocês, ela disse que eu sou a culpada pelos gastos da casa e que se não voltasse com as jóias em mão, não poderia entrar em casa. — digo fungando e o mesmo assente.

     — E o seu pai? — questiona o mesmo moço que havia machucado meu pulso e me encolho quando ele se aproxima.


      — Papai morreu faz alguns anos e desde então tenho que viver com minha madrasta... posso ir embora agora? — pergunto assustada e o mesmo assente.

Rapidamente me levanto e corro pra fora do lugar indo para o meu pequeno refúgio, o belo campo florido era o único lugar que poderia ficar e foi para lá que eu fui... só não sei onde irei dormir ou o que irei comer.

      — Me ajuda papai... — peço limpando uma lágrima solitária e suspiro.

Tadinha do nosso floco de neve. 

Eight Men And Me (Saga Contos De Fadas) (EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora