Capítulo 6

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É ele. Essa voz.
Acordo com uma dor de cabeça, percebo que estou no quarto da vovó Marta.
— Você está bem meu amor? – diz dona Marta.
— Sim vovó, acho que sim.
— Acho que sim não é resposta. É ele, não é?
— Como sabe vovó Marta?
— Eu vejo o medo em seus olhos, eu vejo a insegurança.
— Não conte a ninguém.
— Minha menina o Heitor precisa saber, mas não é eu que irei contar.
— E os meus filhos? Não deixe as crianças perto daquele mostro.
— Calma, Karen e Gustavo foram para sua casa, e estão cuidando deles.
Quando eu ouço barulho na porta meu coração dispara, mas logo se acalma novamente pois quem entra é Heitor.
— Hei, minha garota, tá tudo bem?
— Precisamos conversar.
— Vou deixar vocês a sós. Heitor tenha apenas paciência.
Dizendo isso Vovó Marta sai do quarto.
— Tudo começou quando eu tinha 12 anos. – Começa Tábata.
Contei que tudo ao Heitor, como vim parar aqui.
— Eu sinto medo pelos meus filhos, sabe Heitor. Eu tenho medo de que algo aconteça com eles.
— Calma, não acontecerá nada, eu vou registrar eles em meu nome. Vamos nos casar e esquecer tudo isso. O principal de tudo, colocar ele na cadeia.
Depois dessa conversa, no dia seguinte eu registrei um boletim de ocorrência, contei os meus relatos ao delegado. Bastou apenas dois dias para aparecer mais vítimas. Assim, com todas as provas ele foi preso.
Dona Branca aos poucos aos está deixando de ser aquela megera que era. Trata bem os meus filhos e a mim também.
Karen decidiu alugar um apartamento pra ela, e o mais legal é que ela tem um novo vizinho super legal, o Guga.
Um ano se passou, as alegrias apenas vêm. Hoje é o dia do meu casamento, estou nervosa, será algo simples para poucos convidados.
Os gêmeos entram na frente, e eu logo atrás com um buquê de rosas lindas. Meu vestido é decotado, com uma calda de sereia, tão lindo e simples ao mesmo tempo.
— Tábata, você aceita Heitor Ferraz como seu esposo? – Pergunta o padre.
— Sim, eu aceito. – diz Tábata com sorriso enorme.
— Heitor Ferraz você aceita Tábata como sua esposa? Ama-la, respeitá-la, na saúde e na doença até que a morte os separa? – diz o padre.
— Sim eu aceito. -diz Heitor.
A nossa festa foi linda, algo simples regada de muitos sorrisos.












         

 A Garota do CabeloVerde ( Respostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora