Capítulo 3

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-Oi pai! - Entro dentro de casa, e finjo estar normal, sem saber de nada.

-Oi querida - Meu pai fala assim que me vê, e sorri para mim. Ah, mas você não perde por esperar, Sr.Scott

-Tudo bem? - Pergunto enquanto caminho em direção ao meu quarto para me arrumar casualmente.

-Tudo sim, Maya. - Ele fala em um tom alto para que eu escutasse, mas com a audição apurada, escuto passos chegando cada vez mais perto. - Tudo bem com você? Como foi seu dia, meu bem? - Ele pergunta enquanto se encosta no batente da porta.

Deixo a mochila em cima da cama, e me viro em direção ao meu pai. Cruzo os braços e o olho fixamente. Vejo ele se incomodar um pouco, e desviar o olhar por alguns breves segundos. Como eu esperava, Sr.Scott... Transparente como a água.

Depois que minha mãe se foi, duferente de muitos casos por aí. Meu pai ao invés de conseguir disfarçar mais as emoções, os sentimentos, ficou bem mais expressivo. E como eu fiquei mais próxima a ele com a oerda de mamãe, já que ele foi o único que ficou aqui, eu começei a "estuda-lo" prestando atenção em todas as suas formas de agir.

Uma delas é essas. Desviar o olhar e fazer uma barulho com a garganta, assim que vai começar a falar. Ele faz isso quando me esconde algo.

-Então... - Como previsto, ele coça a garganta - Depois que tomar seu banho, se arrumar, e fazer suas coisas... Podemos conversar?

-Ah claro, pai! Depois que eu tomar banho, pode ser? Vai que a conversa é séria né? Então depois que eu tomar banho, nós conversamos.

Sem espaço para negociações, dou as costas para ele, e caminho até o banheiro do meu quarto. Entro nele e fecho a porta. Suspiro e começo a me despir para poder tomar banho.

[...]

-E então... - Falo assim que entro na sala - O que o senhor tinha para me falar? - Fico em pé e cruzo os braços.

-Venha, sente-se... - Ele suspira assim que me vê recusar ao seu pedido - Por favor, filha.

Suspiro em derrota e me sento ao seu lado, e o olho diretamente nos olhos. O que não dura por muito tempo, já que ele desvia o olhar e respira fundo.

-Eu vou ir embora amanhã de manhã, Maya. - Eke fala de uma vez. O que é bom.

Ainda sem me olhar, meu pais continua.

-Aceitei o pedido... Na verdade, me ofereci ñara defender nossa alcateia. Um lobo foi no território dos urs...

-Eu sei, pai! - O interrompo, e ele me olha surpreso e assustado - Pietra me buscou na escola hoje. E me contou tudo... - Bufo me senrindo frustrada.

-E... Como você está com isso? - Ele pergunta enquanto me encara.

Me levanto e começo a rir, enquanto andava de uma lado para o outro.

-O que eu acho? E você vai mesmo levar minha opnião em consideração? Se fosse levar, não teria buscado saber dela antes? - Meu pai suspira e olha balança a cabeça em forma de negação, enquanto abaixava seu olhar.

-Querida, não é assim também...

-Como não pai? Ou você se importa, ou não! O que foi em? Isso tudo por causa do que exatamente? Chamar atenção não acho que seja... O senhor não é dessas coisas - Ele fica em silêncio. Suspiro me sentindo ser tomada por uma onde de tristeza por culpa das minhas memórias - Pai... Esse não é o melhor jeito de se livrar da tristeza que a morte da mamãe e nos deixou, e...

-E o que, Maya? - Ele pergunta irritado, e posso ver seus olhos marejados - Sua mãe se foi em uma das brigas que os humanos causaram! - Ele fala com seu tom de voz grosso - Eu não participei da briga, pois prescisava manter você, sua mãe e sua irmãzinha, em segurança! - Sinto meu peito doer mais, assim que ele me faz lembrar da morte da Pérola.

-Maya, você sabe muito melhor do que, que esse sentimento de culpa e vingança se permanecem aqui dentro! - Ele aponta para si mesmo - E filha... Vai ser bom eu fazer algo por nós, e...

-Você está confundido as coisas, Scott! - Ele me olha surpreso - Você acabou de dizer que o senrimento de culpa e vingança permanecem aí dentro - Aponto oara seu peito - Em questão a culoa, como vou saber que, o senhor só não está indo para essa batalhazinha idiota para me deixar, EM? - Aumento o tom de voz, sentindo as lágrimas se acomularem, e vejo minhas vistas ficarem embaçadas - E a vingança? Mesmo que eu admita que tenho isso dentro de mim, não foram os ursos que nos tiraram elas, pai! Foram aqueles malditos humanos, que não tem essa nossa forma especial e mais interessante de ser, e por isso nos chama de aberrações e procuram acabar com nossa espécie! Então não, eu Maya, como sua filha, não vou permetie que bocê saía por aquela porta, e faça uma besteira!

-Maya... Querida - Meu pai se aproxima enquanto tenta falar, mas eu o interrompo.

-Eu não vou permitir que você me deixe também, pai! Não vou mesmo... - Sem aguentar mais, caminho para o meu quarto, e me jogo na cama enquanto escondo meu rosto no travesero. Odeio chorar na frente dos outros.

Alguns segundos se passam, e sinto alguém se sentar ao meu lado. E logo sinto uma respiração em meu cabelo.

-Tá tudo bem, meu anjo... - Meu pai me puxa, me fazendo deitar a cabeça em sua barriga - Pode chorar, filha... Só Deus sabe o quanto você é forte, minha Maya...

Meu pai fica em silêncio enquanto acaricia meu cabelos.

-Olha... Eu prometo meu anjo... Eu vou fazer de tudo, de TUDO Maya, para voltar em segurança, e interinho para termos mais uma daquelas nossas disputas de corridas, e briguinhas... Que nem faziamos antes. Você se lembra, minha jóia? - Assinto enquanto fungo - Então meu anjo, e isso vai ser uma promessa. - Vejo ele me mostrar seu dedo mindinho, e eu sorrio - Jura que vai me esperar e torcer por mim?

-Ju-juro! - Entrelaço meu dedo no seu e sorrio. Me levanto um pouco e escondo meu rosto na curvatura de seu pescoço, e o abraço.

-Vai dar tudo certo, pequena. Você não vai me perder. Eu lhe prometo!

E com essas palavras, eu acabo adormecendo.

...



A Loba MayaWhere stories live. Discover now