01. NO PÉ DE GOIABA

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Durante boa parte da minha infância, eu vivi numa cidade do interior. Morávamos, em um sítio grande, eu, minha mãe e Verinha, minha irmã mais velha.

Eu sempre fui tímido, mas os meninos da vizinhança eram muito simpáticos e adoravam passar a tarde no sítio comigo. A gente brincava de pega-pega na copa das árvores e esconde-esconde pelo meio do mato.

A infância era boa, mas aos doze anos eu já sentia algo diferente pelos meninos. Um deles chamava muito a minha atenção e me fazia pensar besteiras involuntariamente.

Arthur era mais novo que eu dois anos, branquinho de cabelo preto e meio gordinho. Ele era o mais arteiro e desinibido do grupo.

Eu pegava tanto sol que era pretinho como meu falecido pai, magrinho e cabeçudo. Fagner era o terceiro elemento, um loirinho, magrinho de olhos castanhos espevitados.

Depois que nos mudamos para a capital, perdi o contato com eles, mas mantivemos o sítio. Certa vez, nós resolvemos passar uma semana no sítio, para relembrar a infância.

— Fomos felizes aqui, não fomos Alison? — minha irmã me perguntou enquanto estávamos trepados em uma jaqueira.

— Muito, maninha. — respondi saudoso. — Sinto muita falta daqui, do pessoal.

— Já viu como Arthur e Fagner estão bonitos? — Verinha sempre tocava nesses assuntos comigo. — Eles ficaram de vir aqui mais tarde, rever você. Se não forem viados também, coloca um deles na minha fita, maninho?

— Você é demais! — sorri sem graça, mas não tinha contado nem para Verinha da minha queda no Arthur desde a infância.

Os rapazes chegaram juntos, pelo meio da tarde. Arthur tinha ficado mais encorpado, queimado do sol do nordeste e cultivava uma barba charmosa. Fagner não mudara muito, ainda esguio e loiro.

— Faz tempo, hein Licinho! — Arthur me saudou com sua simpatia inesquecível, um sorriso cafajeste ainda mais acentuado e um abraço demorado. — Tu cresceu pra burro.

— Você também. — Confesso que fiquei meio sem graça.

Ele ainda mexia comigo de alguma forma, mas agora eu conseguia lidar melhor com minha timidez.

— Ta bonitão, hein! — Fagner emendou, me abraçando em seguida. — Será que você ainda se lembra das nossas brincadeiras de criança? — sussurrou em meu ouvido discretamente enquanto me abraçava.

Óbvio que eu lembrava. Nós três costumávamos nos esconder juntos quando brincávamos com os meninos do bairro e ficávamos nos acariciando.

Fagner parecia o mais tímido, mas quando estávamos apenas nós três, ele se soltava e acabava pegando em nossos paus.

— Você não mudou quase nada, Fagner. — respondi olhando diretamente em seus olhos, onde encontrei a faísca de um desejo antigo. — Entrem, vamos tomar alguma coisa.

— Pow, bora lá para o pomar. — Fagner interveio. — Sinto muita falta daquele lugar. Será que tem manga madura?

— Manga não. Não é a época. — repliquei. — Mas acho que vi goiabas grandes.

— Bora lá então.

Seguimos pelo alpendre da casa e subimos para a área verde do sítio. O espaço era grande, repleto de árvores frutíferas.

O point da nossa infância sempre foi a área das goiabeiras, onde seis grandes árvores plantadas juntas permitiam passar de uma para outra, pulando pelos galhos.

Chegando lá, Arthur foi o primeiro a tirar a camisa e trepar na goiabeira para colher seu fruto.

Quando eu me preparava para subir, senti a mão de Fagner alcançar minha cintura na intenção de me ajudar na subida. Porém, ele focava mesmo era em acariciar meu pau através da bermuda e não se intimidou com meu olhar de surpresa.

— O que é isso, cara? — estranhei.

— Estou apenas te ajudando a subir. — ele sorriu maroto, acariciando meu pau que já se animava por debaixo da roupa. — Você continua o mesmo, Licinho. Só um pouco mais gostoso do que antes.

— E você continua o mesmo safado. — sorri de volta. — Mas é melhor parar. Isso não é mais brincadeira de criança, Fagner.

— Nunca foi. — ele puxou minha bermuda fora, deixando meu pau escapar.

Em cima da árvore, meu pau estava exatamente na altura da boca de Fagner, o que facilitou seu trabalho. Ele mamou ali mesmo.

Eu nem tive tempo de reagir, mas quando dei por mim, estava soltando gemidos baixos de prazer.

Fagner não era nenhum pouco inexperiente. Engolia minha pica sem dó, até o talo e mantinha por um tempo, sem respirar.

Depois se afastava ofegante e babado, mas com uma expressão de êxtase no rosto.

— Vocês começaram cedo, hein? — Arthur finalmente percebeu nossa brincadeira. — Também quero.

Arthur desceu pelos galhos em nossa direção e, botando sua vara dura na minha altura, me deixou tocá-lo.

Seu pau era grosso e veiúdo, ardendo de tesão. Não resisti ao meu desejo e o mamei enquanto Fagner continuava me chupando.

O toque dos meus lábios na piroca reacendeu todo o meu tesão naquele que tinha sido meu crush. Chupei com vontade e logo senti o gozo inundar a boca de Fagner.

— Caralho, que delícia de leite, Licinho! — Fagner se deliciou na minha porra. — Vou engolir tudo! Ah... Ah... — entendi que ele estava gozando enquanto tomava meu leite.

Arthur começou a gemer e seu gozo estava para chegar. Suas pernas vibraram prenunciando a ejaculação...

— Licinho, Licinho... — Verinha me gritava de longe, mas subindo ao nosso encontro. — Onde você está?

— Putz... — Arthur ficou apavorado. — Pow, sua irmã não pode ver a gente assim, cara.

Fagner e eu também nos assustamos. Nós três nos vestimos e subimos para mais alto. Quando Verinha chegou, estávamos sentados nos galhos altos comendo goiaba.

— Então vocês estão se escondendo aqui, né? — Verinha sorriu ao nos ver.

— Oi, Vera. — Fagner e Arthur a cumprimentaram meio sem graça.

— Deixa de ser doida, Verinha. — refreei o susto. — Estávamos matando a saudade das nossas brincadeiras de infância.

— Sei... — ela me olhou marota como quem desconfiasse de alguma coisa, mas evitou constranger os meninos. — Mainha fez um lanche para vocês. Pediu para chamá-los.

Nós descemos da árvore e voltamos os quatro juntos. Verinha seguiu ao lado de Fagner, tentando discretamente chamar sua atenção.

— Você me deixou na mão. — Arthur sussurrou discretamente em meu ouvido. — Só eu que fiquei sem gozar.

— Imprevistos acontecem, né? — ri satisfeito.

— Bora pescar amanhã? — pude perceber o tesão que ele estava sentindo. Certamente não era peixe o que ele queria pegar. — Vou ta livre e de moto até meio dia.

— Parece uma ótima ideia. — sorri.

(DeGuStAçÃo) ALISON - Traumas do Passado: Um conto de ALEBEROnde histórias criam vida. Descubra agora