Acordo com o barulho do despertador, que dia é hoje em, talvez eu faltasse. Ninguém vai perceber mesmo.
Com o despertador desligado me aconchego na cama para voltar a dormir. A escuridão começa a chegar, a paz, o silêncio e...
-Acorda, nem pense em voltar a dormir- ouço a voz da minha mãe, ótimo
Me levanto meio irritada, ódio, que ódio, jogo uma água na cara antes de me arrumar, vou até minha mochila e arrumo ela, separo a roupa que eu vou para aquele pedaço de inferno, peças íntimas, sapato e jogo tudo na cama, pego a toalha e vou para o banheiro.
De banho tomado visto minha calcinha e sutiã, a bermuda, a blusa preta de banda, as meias e o sapato. Vou para penteadeira e penso no que vou fazer com esse cabelo. Ele tá um ninho, cheio de frizz e sujo, que maravilha.
Faço um rabo de cavalo baixo na lateral, coloco minha boina e pego a mochila descendo para tomar café.
-Bom dia- falo com meus pais, dou um beijo na cabeça do meu pai e minha mãe da uma na minha.
Tomamos café em um silêncio confortável, término o meu e subo para escovar os dentes e retocar meu gloss.
-Mãe a senhora me leva hoje- falo com um belo sorriso no rosto, ela me olha de cima a baixo e nega com a cabeça- por favorzinho- ela suspira e se levanta.
-Vamos- ela pega a chave do carro e da um selinho no meu pai
-Tchau papito- falo só para irritar
-Que mane papito garota- ri e ele me dá um beijo na testa- vão com Deus
- Amém- saio de casa e vou para o carro encontrando minha mãe já sentada.
-Coloca o sinto- concordo colocando e ela sai com o carro.
✿
Chego na escola já querendo ir embora, já não aguento mais. Vou diretamente para minha sala e lá encontro minha melhor amiga Carina conversando com alguma garota, que pelo visto é novata, nunca vi ela por aqui.
-Bom dia- falo já colocando minha mochila na minha cadeira e me sentando perto delas
-Bom dia Aly, essa é Ana Júlia, uma amiga minha que morava perto dos meus avós- sorrio para a garota
-Prazer em conhecê-la- ela retribuir o sorriso
-O prazer é meu- ela diz colocando o cabelo atrás da orelha, tem cara de conhecida
Continuamos conversando por um tempo até o sinal tocar e o professor entrar na sala, vou para minha cadeira e começo a prestar atenção na aula, odiar a escola sim, deixar de estudar nunca. Já estamos na segunda unidade, o bagulho é passar pra ficar bagunçando na terceira, inteligente eu sei.
Segunda, terceira, intervalo, quarta e quinta aula, finalmente, eu não aguentava mais. E pelo visto não só eu.
-Jesus, finalmente acabou, misericórdia- Carina fala se sentando na grama da parte aberta do pátio, nos sentamos ao seu lado.
Elas duas começam uma conversar entre elas e eu pego o meu livro dentro da mochila para começar a ler. Eu amo ler, um dos meus hobbies favoritos.
-Boa Tarde queridinhas- nem preciso levantar a minha cabeça para saber quem é a dona da voz insuportável. Nem faço questão de responder e continuo lendo- obrigado por guardar nossos lugares, agora já podem sair.
-Seus lugares?- Carina pergunta- Porque não vai para outro canto, chegamos primeiro
-Por que eu quero sentar aí, agora andem e saiam
-E se não sairmos?- depois de muito tempo calada eu respondo
-Vocês iram se ver comigo- ela fala olhando as unhas com um sorriso esquisito no rosto, na verdade ela é toda esquisita
-Como se eu tivesse medo de você- reviro os olhos e abro novamente meu livro
-Deveria ter Alya querida, eu posso fazer da sua vida um verdadeiro inferno
-Sabia que você tinha pacto com o Diabo, essa cara de demônio não esconde suas raizes- falo e Carina e Ana seguram a risada
-Sua piranha desgraçada- ela grita e seu rosto começa a ficar vermelho
-Sai daqui Eva, vai procurar quem te queira- falo já me irritando, só queria ler meu livrinho.
-Sua vagabunda, isso não vai ficar assim- ela sai pisando duro, e suas pequenas seguidoras vai atrás.
-Pensei que você iria da na cara dela quando ela te xingou.
-Eu não, ela tecnicamente não mentiu, eu não trabalho, só estudo, então praticamente sou uma vagabunda sim, desempregada- as meninas riem e eu volto a ler o meu livro.
Depois de uma hora toca o sinal e vamos para nossas aulas extras.
Eu faço dança, eu amo dançar é como se fosse uma válvula de escape, descarrego tudo na dança, me sinto livre e viva, em paz.
Uma dança fala mais que um murro na cara.
Vou para o banheiro e troco minha roupa, colocando uma mas adequada, um top preto e um short de pano. Guardo minha roupa dentro da mochila e vou para a sala.
Entro na sala e a professora já manda a gente se alongar. Ela começa a falar sobre a música e como vai ser, os primeiros passos são calmos mas logo a coreografia fica mais elétrica.
Fim da aula vou para o vestiário tomar um banho e vestir minha roupa, arrumo meu cabelo e coloco minha boina de novo. Pego um ônibus e vou para casa com os meus fones de ouvido. Olho as horas e são 16:09 da tarde. Tô com fome.
Desço no meu ponto mas antes de ir pra casa passo em uma lanchonete, olhos os lanches salgados e depois os doces e vejo o amor da minha vida, pudim, minha boca chega saliva só de olhar, pego três, dois eu coloco para viajem e o outro eu como enquanto eu saio da lanchonete.
Chego em casa e não encontro meus pais, devem está trabalhando ainda, subo para o meu quarto e troco de roupa colocando algo mas confortável. Me jogo na cama e pego meu celular. Vejo que as meninas criaram um grupo.
Cabaré👺
Carioca❤️: Grupo criado, que o mal comece
Aninha❤️🔥: Misericórdia
É minha mãe vendo esse grupo e eu levando um murro na cara
Carioca❤️: que nada, tá comigo tá com Deus
Nem respondo mais, deixo o celular no canto e vou fazer minhas atividades.
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Minha Bela Perdição- Livro 1 da Série: Morros
RomancePeter e Alya são pessoas diferentes, com fortes ideais. Peter é dono do Alemão, seu morro é o seu amor, gosta de farra e beber. Comanda o morro com amor e não liga pra nada. Até que se ver gamado na morena dos cabelos enrolados. Alya é uma estudante...