3 - Shopping?

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Por reflexo gritei ao mesmo tempo que empurrava a cadeira para trás e cai da cadeira, atingindo o chão sem qualquer decência

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Por reflexo gritei ao mesmo tempo que empurrava a cadeira para trás e cai da cadeira, atingindo o chão sem qualquer decência.

— Por Zeus, você está bem?

Ele disse por Zeus? Zeus?

Olhei para o teto, extremamente claro, ainda em choque por estar num lugar diferente com um desconhecido.

Foi quando ele deu a volta na mesa e me olhou preocupado, percebi que "garoto" seria a forma errada de descrevê-lo, ele deveria ter uns vinte e três anos, no mínimo.

Ele terminou de dar a volta na mesa, me ajudando a levantar e colocou a cadeira em pé.

— Você está bem?

— Sim... Você disse Zeus?

Ele deu um sorriso calmo e indicou meu assento antes de voltar ao seu, bem a minha frente.

— Sim.

— Por acaso é grego?

Ele soltou uma risada gostosa de se ouvir, como se não acreditasse que eu estava fazendo aquela pergunta e eu comecei a procurar por qualquer traço de maldade nele.

Sua pele era branca e levemente bronzeada, os cabelos louros me lembravam daqueles rapazes caiçaras, olhos castanhos claros me olhavam com atenção, ele era alto e magro, não magro raquítico, mas nada de músculos de trabalho pesado estavam ali.

Seu sorriso era fácil e doce enquanto me permitia fazer minha análise um tanto demorada. Não porque ele era bonito, porque ele era. Mas algo nele me incomodava.

Era possível alguém ser tão bonito assim?

Meu cérebro estava de parabéns. Tudo bem que eu tinha ido dormir pensando em livros, mas trazer um personagem, que podia jurar ser um ator de Percy Jackson, era demais. Não era?

— Quem é você?

— Me chamo Hunter, muito prazer Alde.

— Hunter...

Fiquei em silêncio o encarando, como ele sabia meu nome? Bem, é óbvio que ele saberia, já que era fruto da minha imaginação, certo?

Esperei por mais um tempo para que ele falasse algo. Quando não aguentei mais, inclinei a cabeça pra frente e ergui as sobrancelhas, o incentivando a falar.

— Então... Como foi sua chegada?

— Minha chegada?

— É. O que achou da casa?

Foi então que me lembrei de onde eu estava antes de dormir. Aquilo era realmente necessário ou meu cérebro queria me torturar mais um pouco? Eu deveria descansar, repor energias durante o sono. Não ficar sendo torturada por um rapaz bonito que me faz perguntas desnecessariamente estranhas.

Entre Sonhos e PassadoWhere stories live. Discover now