Capítulo 1

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( A história não foi revisada ainda, por isso, peço que relevem qualquer erro que apareça, tá!)



Como tudo começou...

ELIZA SANTIAGO

Desde que me conheço por gente, Alberto Santoro e eu não nos entendemos. Temos praticamente a mesma idade, nascemos no mesmo mês... Apesar de ser mais nova que ele alguns dias. Mas, foi sempre assim, desde que nossas famílias se conheceram, a amizade deles tornou-se forte demais.

Os Santoro vieram para o Brasil na mesma época que nossa família, os Santiago. Mas, quem veio morar no bairro primeiro fomos nós. Papá comprou a nossa casa quando o Diego, meu irmão, tinha cinco anos e minha mamá estava grávida de mim e tia Carlota, grávida de Alberto. Antes, eles moravam de aluguel numa casa duas ruas acima da que moramos hoje.

Fomos criados juntos. Muitas vezes, mamá tomava conta de nós dois. Até mesmo nossos gostos eram bem parecidos: enquanto eu gostava de farinha láctea com adição de frutas, Alberto preferia o mingau bem quente. Às vezes, era ele quem dormia em casa; outras era eu quem dormia na casa dele.

Nascemos na mesma maternidade, porém, com quinze dias de diferença de um parto para o outro. Era tão bonita a nossa amizade! Um sentimento que surgiu ainda na maternidade, é o que mamá diz! Até que...

Na época, tínhamos cinco anos, estávamos brincando no balanço preso ao galho mais grosso da árvore que ficava no quintal em frente à minha casa. Foi quando ele me empurrou com muita força, eu voei do assento! Ao cair, fiz um corte feio na boca quase quebrando o dente. Quando isso aconteceu, minha mãe estava cuidando dele para que seus pais pudessem ir ao médico para uma consulta.

Imagina a loucura que foi quando entrei pela porta da cozinha com a boca ensanguentada, o queixo todo ralado Minha mãe começou a chorar, desesperada, gritou para meu irmão mais velho, Diego, para pegar a chave do carro para me levar ao pronto atendimento.

— Madre de Dios! Beba isso, hija! — minha mãe me ofereceu um copo de água com açúcar, para que eu me acalmasse — Tomara que não tenha quebrado nenhum osso do rosto. Liz, me conta o que aconteceu, direitinho? Diego, a chave! — dona Carmen gritou novamente pelo meu irmão que desceu as escadas com a chave nas mãos, para mamãe me levar para o atendimento médico.

Com a chave em mãos, mamá tirou o carro da garagem e pediu para que entrássemos no carro, depois de afivelar os cintos de segurança, ela deu partida no carro .

— Foi o Beto que me empurrou com toda a força, mamá! Ele fez por maldade! — resmunguei, chorosa.

— Não fiz não! Eu só fiz o que você pediu, bobinha! — ele rebateu rindo.

— Alberto, peça desculpas para a Eliza. —Minha mãe o repreendeu, olhando pelo retrovisor.

— Eu não tenho que pedir desculpas, tia. Ela me provocou primeiro, me chamando de italianinho boboca.

— Mamá, pede para a tia Carlota buscar esse bobão do Beto. Eu não gosto dele! — vendo que minha mãe iria brigar comigo, comecei a chorar.

— Isso, eu quero ir para a minha casa, Tia Carmen, chama a minha mãe! — Beto começou a choramingar.

— Agora não dá, a sua mãe está no meio da consulta. Mas, não pense que vou esconder isso de seus pais, Alberto. É muito feio brigar com a amiguinha, viu! E parem de chorar os dois, agora!

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⏰ Last updated: May 01, 2022 ⏰

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A Enfezadinha e o Implicante - degustaçãoWhere stories live. Discover now