Capítulo 6 - Mais que uma noite

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Boa noiteee! Tudo bem?

Só pra dizer que manga também passou a ser minha fruta preferida... Rs! 

***

Passei minhas mãos pelo rosto, tirando os fios que atrapalhavam minha visão, vi que James não estava mais ao meu lado. — Será que ele foi embora? — Pensar nessa possibilidade, gerou um desconforto em mim. Nós mal nos conhecíamos. Na verdade, era como estar em uma montanha-russa, onde você cria uma expectativa, sabe que será loucura ao ponto de você sentir medo e, ainda assim, você quer experimentar.

Quer embarcar.

Fiquei viajando por meus pensamentos confusos, quando me dei conta que uma música invadia o silêncio do meu quarto. Enrolei-me no lençol e fui em direção ao som que vinha da sala. A música "Demons de Imagine Dragons" tomava conta de cada pedacinho daquele ambiente, dando um toque sombrio ao homem lindo à minha frente.

James estava sentado no sofá, absorto em seu notebook, vestindo apenas uma calça de moletom. Vê-lo desse jeito me deixou arrepiada e com uma vontade louca de beijá-lo. Admirei cada pedacinho dele o máximo que pude, até ser pega no flagra.

— Com fome?

— Morrendo.

— Isso é ótimo. Quer comer o quê?

— Uhum... Pode ser uma pizza com Coca-Cola?

Um sorriso preguiçoso surgiu em seus lábios, sacudindo meu coração. Sem jeito, me aproximei para sentar-se ao seu lado e fui puxada para seu colo. Seus braços envolveram meu corpo com cuidado e todos os questionamentos confusos que circundavam a minha cabeça, sumiram. Ele pegou o celular para fazer o nosso pedido, depois o largou em algum canto.

Ficamos nos encarando por um tempo, sem trocar uma palavra. Apenas dando e recebendo carinho.

— James, até agora eu não entendi o que aconteceu. — Achei o momento apropriado para fazer minhas perguntas e ter algumas respostas. — Como você sabia que eu morava aqui?

— Você realmente não lembra?

— Não. — Senti-me uma boba por não lembrar.

— Depois de deixarmos sua amiga em casa, você acabou pegando no sono e quando chegamos aqui, seu porteiro não quis me deixar entrar, seguindo o procedimento correto de segurança.

— E como você conseguiu convencê-lo? — Fiquei curiosa.

— Na verdade, você me ajudou.

— Eu? Como assim?

— Eu disse que era seu namorado. E mesmo com você nos meus braços, ele demorou um tempo para aceitar, até você acordar e me beijar.

— O quê? — praticamente gritei, sem acreditar. — Mentira! Eu não fiz isso. Como vou encarar o seu Alfredo?

James levantou as sobrancelhas em resposta, acabei rindo.

— Quando cheguei ao seu apartamento, fiquei preocupado em deixá-la sozinha e decidi ficar. Satisfeita?

— Não, porque você ainda não me respondeu. Como você descobriu que eu morava aqui?

— Eu sei muitas coisas sobre você, Sara. Tudo que me interesso, faço questão de conhecer nos mínimos detalhes.

Corada e sem palavras, foi assim que eu fiquei.

Fui até a cozinha, procurando por algo comestível, enquanto as pizzas não chegavam, achei duas mangas que eu havia comprado há três dias. Peguei um prato e uma faca, voltei para a sala, sentando-me ao lado dele, que falava ao celular.

Cortei a primeira e me deliciei. Vi que James se mexeu no sofá, se distraindo por um instante durante sua ligação. Tive uma ideia. Continuei cortando, comendo e gemendo bem baixinho. Um pedaço que cortei, soltou um caldo que sujou meus dedos. Chupei um por um sem vergonha nenhuma. James resmungou alguma coisa que eu não entendi e logo em seguida encerrou a ligação.

— Te atrapalhei? — perguntei, fingindo inocência.

O celular foi depositado na mesinha e o prato com a manga foi tirado das minhas mãos. Ele cortou vários pedacinhos e me mandou deitar-me.

— Por que tenho que me deitar?

— Cada um tem um jeito de comer uma fruta. Agora, deita-se.

Beijando minha boca, ele tomou cada parte de mim, me marcando com paixão e desejo. Mais uma vez! Ele arremeteu contra mim, sem pena, beijando, mordendo e sem desviar os olhos dos meus, até atingirmos o orgasmo juntos. Estávamos os dois exaustos, com as respirações descontroladas.

Agarrei-me a ele e sussurrei em seu ouvido:

— Nunca foi tão gostoso comer uma fruta.

Um sorriso safado surgiu em seus lábios, suas mãos passearam pelo meu rosto e cabelo.

— Te machuquei em algum lugar?

— Não, pelo contrário. A partir de hoje, manga será a minha fruta preferida.

Ele me abraçou com carinho e riu com a boca grudada no meu pescoço. Algo novo para mim. Travei minhas pernas mais forte em sua cintura, assim como meus braços no seu pescoço, pela sensação gostosa de ouvir sua risada.

— Você é linda, minha princesa!

— Princesa e sua? — perguntei, envergonhada.

— É o que significa seu nome. E, sim. Você é minha princesa.

Suas palavras causaram um sentimento tão bom, que foi minha vez de rir em seu pescoço. Ficamos assim até o interfone tocar.

Ops... Preciso atender!

— Não. Vá tomar um banho, eu já te encontro lá. São as pizzas.

Nunca fui muito boa em receber ordens na minha vida pessoal, mas ouvir sua voz rouca depois do sexo dizendo o que eu tinha que fazer me excitava. Fui para o banheiro e fiquei esperando por ele, ansiosa. Depois do banho, comemos jogados no chão da sala e ficamos conversando.

Cada vez que conversávamos, eu me encantava mais. James parecia ser um homem incrível, mas que tinha muitos segredos que lhe causavam dor. Toda vez que falávamos de família, ele desviava o assunto para minha vida. Decidi não forçar, eu não queria ser "a estraga-prazeres".

— Fica comigo — pedi, sem pensar muito bem.

James me olhou, confuso. Pareceu estar lutando contra alguma coisa. Suas mãos acariciavam minhas costas e um beijo foi depositado em minha testa.

— Durma, minha princesa.

As coisas estavam tomando novos rumos e bem rápido, por mais que eu tentasse frear, não conseguia. Sempre tentei aproveitar tudo o que a vida me dava, mesmo sabendo que nem sempre eram boas e machucavam. E, se agora ela estava me oferecendo James, eu aceitaria, independente das consequências.

***

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