- Capítulo Único -

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N/A: E aí gente, tudo bem? Essa é uma one shot que eu fiz a pedido (e usando o plot) da jeonyoobro aka Erica. Espero que vocês gostem e como sempre, tenham uma boa leitura bjos.


Performar sempre foi uma das paixões de Park Jihyo, parte inerente de quem ela era desde sua infância. Em todos os momentos que subia ao palco, seja para cantar ou atuar, a sensação de felicidade e satisfação que irrompiam em seu peito eram quase inexplicáveis. Com esforço, sua carreira começou a ser construída no meio artístico e pelo talento inegável, cresceu cada vez mais até a mulher ser reconhecida em todos os lugares como uma das maiores atrizes e cantoras de sua geração.

Park comparava seu amor pela arte à uma melodia harmoniosa e suave, que guiava seus passos em todos os momentos. Uma forma de expressar tudo que carregava em seu interior para o mundo e de fazer seus sonhos serem ouvidos.

Infelizmente, sua melodia foi interrompida e sua voz se perdeu.

Mesmo agora, após meses tentando se encontrar novamente, ainda não havia feito progresso. As feridas profundas causadas em seu antigo relacionamento não cicatrizavam e nesse momento, enquanto ensaiava para sua próxima peça de teatro no palco, elas sangravam de maneira intensa. Cada palavra que saía de sua boca ao cantar trazia à tona memórias indesejadas de tudo o que passou:

Listen

I am alone in a crossroads

I'm not at home, in my own home

And I've tried and tried

To say what's on my mind

You should have known

A escolha da música era perfeita para sua personagem, mas Jihyo também se identificava fortemente com ela. A solidão, a maneira como todos os seus sonhos foram jogados de lado e criticados de maneira brutal por aquela que dizia amar-lhe, e agora, sua busca para deixar tudo isso de lado e voltar ao que era antes.

Imersa em seu momento de sofrimento, deixava tudo que corroía seu coração sair em sua voz poderosa. Para a maioria daqueles que assistiam o ensaio, Jihyo era só uma boa atriz, entretanto, existiam duas pessoas que conseguiam ver através da ideia de que tudo aquilo era apenas talento.

Minatozaki Sana e Chou Tzuyu não eram novas no ramo. A primeira delas trabalhava desde os 16 anos em peças e, algumas vezes, nas telas de cinema; agora aos 24, tinha uma enorme quantidade de prêmios importantes dos quais muito se orgulhava. Chou começou ainda mais nova, e com apenas 8 anos de idade já era possível ver seu lindo rosto em um dorama famoso da época. Seu desempenho foi tão bom que alavancou sua carreira rapidamente e atualmente aos 22 anos, ela poderia ser descrita como uma das mulheres mais requisitadas para trabalhar em qualquer papel ao redor do mundo.

Com toda a experiência que tinham era impossível ignorar a crueza das emoções da ruiva que cantava agora à sua frente. A expressão de dor em seu rosto, as mãos trêmulas, os olhos marejados, tudo aquilo certamente não era apenas uma interpretação, e o conhecimento disso era inquietante para elas.

Desde o primeiro olhar que trocaram com a Park, algo nasceu em seus interiores. Agindo de acordo com seu relacionamento baseado em honestidade e confiança, elas conversaram sobre o assunto. Juntas em sua cama, falaram sobre como a beleza de Jihyo as encantava, sua voz intensa e tão emotiva fazia seus corações errarem batidas, como apenas uma encarada tinha o poder de produzir um forte arrepio que subia pela espinha e deixava a pele arrepiada. Mas além disso, era também de comum acordo que nenhum movimento seria feito por nenhuma delas, afinal, existia uma imensa possibilidade de rejeição e de gerar uma estranheza que afetaria seu desempenho nos momentos de contracenar.

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