He still the only one

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Alguns dias depois...

Amelia tirou Cecily bem tarde da noite da cama quando todos já estavam dormindo e a levou até o quarto do Conde advertindo-a sobre qualquer indiscrição, como de costume, e depois a jogou dentro do cômodo iluminado pela luz de poucas velas e que aparentava estar vazio, mas ela ouviu alguns barulhos vindos de trás do biombo e virou-se de frente para a porta ficando quieta.

- O que você está fazendo aqui? – ela ouviu a voz grossa carregada de sotaque.

- Amelia me disse que o senhor precisava de mim.

- Sempre se preocupando comigo. – ele disse baixo. – Pode se virar Cecily, eu estou vestido.

- Sim, senhor... – ela o obedeceu e se assustou ao ver que 'vestido' não era a palavra que ela diria que ele estava, já que da cintura para cima ele não vestia nada e era incrivelmente bonito de se olhar quando ele estava consciente. - ...o senhor não está vestido.

- Pelo amor de Deus! – ele disse meio irritado e se sentou na cama. – Você já me viu dessa forma senhorita e não é incomum ver homens sem camisa pela propriedade.

- Desculpe... – ela abaixou a cabeça e quis acrescentar que era verdade que os homens, ao realizarem trabalhos manuais, ficavam sem camisa, mas nenhum deles era tão bonito e definido quanto ele.

- Me faça um curativo. – ele colocou as mãos no colchão e olhou para ela que rapidamente se virou para pegar as coisas que utilizaria, Amelia tinha deixado tudo arrumado. – Aparentemente você é boa nisso.

- Obrigada senhor. – ela mexeu em algumas coisas e Henry a acompanhava com o olhar meio curioso ao que ela fazia. – Se não for intromissão minha posso saber como o senhor se machucou?

- Uma briga. – ele abriu um sorriso lembrando da cena no exato momento em que ela se virou. – Alguns homens estavam um pouco bêbados e juntando isso ao calor de uma discussão durante uma negociação dá esses resultados... – ele apontou para o próprio rosto que tinha um corte não muito grande na bochecha.

- Quer dizer que enquanto eu cuido dos seus negócios o senhor se diverte? – ela se aproximou dele e se colocou entre as pernas dele deixando seus rostos muito próximos.

- Não estava me divertindo, eram negócios também. – ela colocou um pouco do produto no rosto dele e ele fez uma leve expressão de dor por causa da ardência.

- Espero que nada disso tenha relação com a mademoiselle Charlotte.

- Não é o que você está pensando. – pela primeira vez ela o viu ficar sem graça.

- Não é da minha conta, senhor Cavill. O senhor é um homem e tem suas 'necessidades'. – ela deu de ombros. – E mademoiselle Charlotte parece bem-disposta a realiza-las.

- Vamos combinar que essas cartas a senhorita pode se dar ao trabalho de jogá-las fora. – ele suspirou e ela passou mais um pouco do produto nele. – Eu visitava e me divertia sim com a mademoiselle Charlotte, porém foram em tempos mais difíceis.

- Aposto que foi depois que a sua noiva faleceu. Não o julgo por isso. – ela desviou os olhos da ferida para ele e se assustou ao vê-lo tão concentrado nela.

- Obrigado.

- Quanto aos convites das donzelas, eu fiz duas cartas para cada, uma aceitando e outra recusando.

- Pode enviar as que recusa.

- Por que senhor?

- Eu já te disse Cecily, não quero perder meu tempo com isso, tenho coisas mais importantes para fazer. – ele disse ríspido.

Are you ashamed for me? || Henry CavillWhere stories live. Discover now