Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
NOAH URREA
Chegando nos prédios, vejo ele lá
— oi! - sorrio
— oi
— to tão feliz em te ver! - o abraço, dessa vez ele não me empurra, mas não retribui - como sobreviveu lá?
— longa história
— conta!
— eu vi você sair do carro Noah, eu gritei por você, pra você me ajudar a sair também, mas minha perna estava presa e você já havia corrido, você não me escutou
— e por que entrou nesse mundo, dos crimes?
— quando o IML chegou, eles me tiraram de lá, eu me fingi de morto, mas quando foram ver os corpos, eu já havia fugido, andei na mesma direção que você, mas não te encontrei, então um carro passava, eu pedi ajuda e eles me levaram, eram bandidos, e bom, virei amiga deles, e hoje olha que mundo eu tô! Nas drogas, roubos, sobrevivo disso Noah, mas a culpa é sua, você poderia ter me ouvido, poderia ver como eu estava naquela porra de carro
Eu chorava
— desculpa - falo
— como se um "desculpa" fosse tirar meu nome das procuras da polícia
— onde está morando?
— não posso contar
— eu sou seu irmão!
— que pode me entregar pra polícia, né? Maninho - fico calado - como eu imaginava
— olha - levanto um pouco minha camisa, revelando a barriga
— é parece que sua vida está ótima
— eu fui preso no seu lugar!
— to sabendo
— e por que não fez nada?! Eu sou seu irmão! Por que não me tirou de lá?!
— achava mesmo que eu ia me entregar? Óbvio que não Noah
Ficamos calados por um tempo
— é um menino - falo
Ele olha pra minha barriga e assente
— é o Oliver - sorrio
— nome bonito - fala seco
— obrigado?
— está formando sua família enquanto eu vou pra detrás das grades - ele da uma risada irônica
— você pode parar
— não, eu roubo pra sobreviver Noah, eu não queria roubar, mas é preciso, não sou aqueles tipos de ladrões que roubam e ficam ricos, que se acham por ter muito dinheiro
