Uma visita inesperada

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Sarah foi acordada as nove da manhã com o som estridente da campainha.

_Me deixa dormir mais 5 minutos. _Juliette implorava sonolenta, colocando o travesseiro por cima da cabeça.

_Não é o alarme. Gente, quem visita os outros a essa hora num sábado? _Sarah coçava os olhos tentando despertar.

Sarah teve que levantar porque a campainha tocava quase ininterruptamente, vestiu uma camisa grande de algodão e o primeiro short que viu pela frente, cobriu Juliette que estava nua e ainda com o travesseiro na cabeça, deu um beijo no ombro da morena e saiu do quarto.

Pelo amor de deus eu já tô indo, não existe mais cancela nesse condomínio? As pessoas simplesmente entram?

Sarah reclamava sem parar até abrir a porta e ver alguém que ela nunca esperaria encontrar naquele momento.

_Mãe?

_Sarah Caroline!

_O que você tá fazendo aqui?

_Você não vai convidar a sua mãe para entrar? _Maria Marta estava ofendida.

_Entra_ Sarah deu passagem para sua mãe e de repente se lembrou que Juliette poderia sair do quarto a qualquer momento. _Eu preciso ir no meu quarto.

_Sarah minha filha, não foram esses os modos que eu te dei.

_É muito rápido... eu... deixei a torneira aberta!

Sarah entrou no quarto como um tufão, fechando a porta atrás de si.

_Acorda Juliette! Não existe uma maneira fácil de dizer isso...

_Sarah... você tá me assustando. _ Juliette se sentou na cama, estava sonolenta e não entendendo nada.

_A minha mãe está aqui.

_Eu vou almoçar com a minha futura sogra? _Juliette sorriu empolgada.

_Não. _Sarah estava a ponto de hiperventilar. _Ela não pode saber que você está aqui. Não existe explicação heterossexual para isso.

_Sarah, que falatório é esse? _A mãe dela batia na porta.

_É o rádio, eu já tô saindo.

Sarah agia movida por puro desespero, ela puxou Juliette pelo braço jogou metade das roupas para fora e a empurrou para dentro do armário.

Juliette estava enrolada na coberta visto que nem teve tempo de se vestir. Incrédula com a situação que se desenrolava.

_Eu prometo que não vai ser por muito tempo, por favor me perdoa Ju, eu te amo.

Sentada dentro do armário de Sarah, Juliette se perguntava que tipo de decisões ruins ela tomou na vida que a levaram até aquele momento.

Espera, ela disse que me ama?

_Em que tipo de pardieiro você vive Sarah Caroline? Cama desfeita, roupas espalhadas pelo chão.

As duas mulheres agora conversavam no quarto de Sarah e Juliette estava revoltada demais para entender completamente o teor da conversa, mas Sarah parecia não querer ir a algum evento, elas saíram para continuar a conversa na sala, calorosamente.

Alguns minutos se passaram e o telefone de Juliette começou a tocar, ele estava na mesa de cabeceira do outro lado do quarto.

Todo mundo resolveu acordar cedo hoje?

Juliette se perguntava se seria possível buscar o celular rápido o suficiente para não ser vista já que Sarah fizera o favor de deixar a porta escancarada, decidiu que seria melhor do que permitir que o aparelho chamasse atenção, pegou ele e voltou correndo, tropeçando nas roupas no caminho, fazendo um grande barulho, ela se sentou no armário novamente. Respirando nervosamente.

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