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Santana acordou na manhã seguinte com uma cama vazia. Demorou alguns segundos para lembrar os acontecimentos da noite anterior e, quando ela lembrou, sentou-se rapidamente e examinou o quarto. Brittany não estava ali.

- "Brittany?" - Chamou, levantando-se e andando até a porta do seu quarto. Houve um farfalhar atrás dela assim que ela foi abrir a porta. Parando por um momento, Santana se virou lentamente, após perceber que a fonte do ruído vinha de seu armário. Cautelosamente, ela abriu a porta, arregalando os olhos quando viu Brittany

- "O que você está fazendo?" - Santana engasgou. Ela abaixou-se e pegou seu caderno de esboços das mãos de Brittany, olhando para a menina de olhos azuis. - "Onde você conseguiu isso?"

- "Eu achei." - Ficou de pé sorrindo amplamente. A latina franziu as sobrancelhas quando viu as mãos de Brittany manchadas de marcadas.

- "É meu." - Santana bufou, caminhando de volta até sua cama e abriu a primeira página hesitante. Sua raiva aumentou quando percebeu que Brittany tinha coberto cada um de seus esboços com rabiscos sem sentido. Horas e horas de seu trabalho duro foram por água a baixo.

- "Que diabos você estava pensando?" - Santana gritou, jogando seus cadernos de esboços até o outro lado do quarto. Ele bateu na parede, espalhando papel por todo lugar. Brittany instantaneamente se encolheu e cobriu as orelhas.

- "Você sabe quanto tempo eu gasto com isso?" - Santana continuou, cruzando os braços e olhando para a loira.

- "Eles são bonitos." - Brittany acenou com a cabeça, andando para pegar um dos desenhos que Santana havia jogado no chão.

- "Eles eram bonitos, Brittany, até que você os arruinou." - Santana cuspiu. - "Assim como as flores. O que eu disse a você sobre deixar as coisas bonitas em paz?"

Brittany apenas olhou para ela sem expressão por alguns momentos, antes de caminhar em direção a menina mais velha com o desenho nas mãos, entendendo-o em frente ao seu rosto para que ela pudesse ver. Santana gemeu e empurrou o desenho do rosto.

Confusa, Brittany inclinou a cabeça para o lado. - "Sanny?"

- "Esse não é meu nome." - A voz de Santana era baixa. - "Eu não quero falar com você, sai do meu quarto." - Ela resmungou, apontando na direção da porta.

Brittany deu um passo lento para trás, ainda segurando o desenho. - "Eu sinto muito" - Ela segurou o pedaço de papel, lançando a Santana um olhar suplicante.

- "Eu não me importo!" - Santana estalou, agarrando Brittany pelos ombros e empurrando-a para o corredor. - "Me deixa sozinha" - Ela advertiu, batendo a porta na cara da loira, certificando-se de que estava trancada. Ela esperou até que o barulho dos passos estavam longe de seu quarto, caindo de volta em sua cama.

O caderno de esboço de Santana era seu bem mais valioso. Ela nunca deixou ninguém tocá-lo, muito menos abri-lo e desenhar nele. Meses e meses de trabalho duro agora eram inúteis. A latina sentou-se e olhou para a coleção de papéis espalhados pelo chão. Ela deveria ter pensado melhor na idéia de deixar Brittany em seu quarto.

Com um suspiro de frustração, Santana arrastou-se para fora da cama e começou a recolher todos os papéis que tinha saído do bloco. Tudo parecia ser apenas rabiscos sem sentido. Ela checou cada um de seus desenhos, para ver se Brittany tinha poupado um ou dois de seus esboços.

Claro que não tinha. Cada página estava rabiscada. Um desenho em particular chamou suas atenção, no entanto. Seus traços meio acabados de ontem. Parecia que Brittany havia tentado terminá-los, acrescentando flores em cima das hastes que Santana tinha esboçado a lápis. A morena fechou os olhos e suspirou, colocando os desenhos de volta em seu bloco e os empurrando em sua mochila.

Yellow - Brittana VersãoWhere stories live. Discover now