𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 36 🥀

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——Capítulo Trinta e Seis——
——Celebração de Aniversário——

Virgínia:

   Eu me alto julguei após minha discussão com Ellena,quando fui para o meu quarto,não dava,era inevitável,sempre conseguiamos ter uma discussão quando brigavamos,mas eu realmente em algumas vezes,não tinha a intenção de machuca-la...Foram em um simples papel que comecei a colocar os desabafos de meu coração...Palavras que respondiam os meus sentimentos,que denunciavam  minhas vontades. Uma lágrima sem razão rolou dos meus olhos e caiu sobre a palavra de força...Aí percebi que: os meus olhos choraram por força,Lágrimas que nascem lá do medo,que a alma prova,pois as lágrimas nos fortalecem...E foi aí que me lembrei de Ellena. Ela era a minha inspiração,meu espelho...e a minha força,eu li cada folha em que a mãe dela escreveu naquele diário,e me senti culpada por boa parte disto,Ellena era tão forte,quase nunca demonstrou fraqueza,nem dor,nem absolutamente nada,muito pelo contrário,ela era a pessoa mais feliz que eu já havia visto,mais bondosa,gentil,as vezes deixava de comer para dar as famílias que não tinham condições,Embora,suas lágrimas apenas rolassem durante a madrugada,enquanto ela estava sozinha. Uma pessoa que não chora,tem mil motivos para chorar...Segurar as lágrimas da forma que ela segurava,era o mesmo que pedir para parar o tempo. Era raro as vezes em que eu a observava choramingar...Eu estava sendo ingrata,não nego,talvez eu só quiser-se a atenção da mesma,eu sentia que estava perdendo Ellena por causa de sua nova família,por que até seis meses atrás,éramos apenas nós duas,juntas. Eu sentia falta da minha irmã mais velha que parecia mais minha mãe... Eu já havia perdido tudo e não estava disposta a perder a pessoa que eu mais amava novamente...Assim como meus pais disseram Eu voltarei... Ela também havia dito,só que eu não saberia se eles estavam falando a verdade,daquele simples momento,não me esqueci... Hoje em dia não consigo mais lembrar da doce voz de minha mãe,nem do carinho de meu pai,Hoje não posso mais ouvir a voz deles,e toda vez que olho para o céu e vejo lindas estrelas,acredito que seja eles rodeando a bela lua e contando as maravilhas dos simples momentos que tiveram ao meu lado...Culpei Ellena por muitas coisas o qual a mesma nunca teve sequer um pingo de culpa,ou responsabilidade,  Então decidir me desculpar com a mesma,e pedir seu perdão pelas minhas atitudes...Eu sabia o quanto ela me amava mais do que tudo,não duvido que ela seria capaz de dar a própria vida pela minha,pois ela nunca me contava,mas eu sabia que ela sempre se culpou pelo ato que me aconteceu,por que naquela noite,não era para ser eu...E sim ela.Era de madrugada,era raro acordamos aquela hora,mas naquela noite foi diferente,acordei Ellena para irmos pegar comida no estoque,e a mesma havia adorado a ideia,ela pegou uma pequena lamparina,e nos direcionou até os corredores dos quartos,Ellena sempre foi um pouco curiosa,o quarto de Riley era o único cômodo que ainda não havíamos visto,mas naquela alvorada o mesmo tinha saído,horas atrás,então ela me convenceu de irmos xeretar o quarto,fiquei eu um pouco temerosa, mas acabei concordando com a idéia,éramos crianças e curiosidade era normal pra gente. As cartas que vimos no navio,sobre nossas famílias,sobre os jhouncents,eram as mesmas cartas daquela noite,então resolvemos abri-las...Só não cantávamos que naquele momento Riley havia chegado extremamente bêbado no quarto,completamente fora de si,ele não havia me avistado ainda,se não Ellena,que entrou na minha frente sussurrando para que eu saísse de fininho,mas eu não a obedeci,e por descuido meu,ele me mobilizou achando ser a Elle,a morena havia tentado me tirar dali o mais depressa possível,com certo desespero,mas era tarde...Ela presenciou cada toque,cada gesto...lembro-me que as ameaças eram constantes para a mais velha,e a mesma temia que se contasse,algo grave poderia acontecer para comigo. Quando a olhava,diretamente para a brecha do guarda roupa,onde a mesma havia se escondido,prometendo não me deixar ali só,percebia que seus belos olhos verdes,se inundavam depressa,como as lágrimas caiam simultâneamente,e como ela colocava as mãozinhas na boca para que Donovã não ouvisse seu choro de tristeza por me ver daquela forma,até que certa hora,a mesma não suportou os meus gemidos de dor,e rapidamente colocou suas mãos nos ouvidos,e apertou as pestanas,para não ver aquela cena o qual me envergonho até os dias de hoje,o que mais doîa em mim,era que até então,Donovã me tratava como sua filha,com amor,carinho,proteção,ele era como um pai para mim,mas antes desse acontecimento,digamos que ele era um dos homens mais bondosos que havia naquela época,mas após o mesmo se lembrar do que fez no dia seguinte,não havia uma noite em que ele não se punia,até começar a culpar Ellena,enquanto a mesma ja se culpava,e as vezes eu também fazia isso,já não bastasse as torturas,a forma como Elle era tratada,ainda tão nova,teve que carregar mais uma culpa em seus ombros....Como sempre,sozinha. Desde a vez em que ela presenciou o abuso,a mesma tentou me proteger de tudo e de todos como se eu fosse um bebê frágil,mesmo depois de grande,Ellena sempre me tratava como criança,e isso me fez sentir raiva por um bom tempo...Eu poderia discutir,ofender,e até me afastar dela,porém,era inevitável,não se passava dois dias sem que eu,fosse me desculpar para estar perto da minha amiga novamente,e por sorte,a mesma me desculpou pelos meus atos.

O Preço De Amar - Livro 1  Where stories live. Discover now