Capítulo 11 | I'm Trying to Reach You

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Qualquer expectativa que Amelia possuía em relação à Maximillian se quebrara no momento em que pisara na sala de jantar

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Qualquer expectativa que Amelia possuía em relação à Maximillian se quebrara no momento em que pisara na sala de jantar.

Ele não estava lá. Talvez nunca estaria.

E isso fazia com que o coração da jovem mulher se apertasse em preocupação. Ela não conseguia imaginar o motivo da reclusão do Irving, mas a cada ausência, os motivos que se passavam por sua mente tornavam-se cada vez mais obscuros.

Todavia, durante todo o tempo que a refeição durou, a Stratford não demonstrou que estava preocupada com ele, sequer mencionando o nome do garoto. Não seria adequado perguntar sobre ele e isso provavelmente levantaria suspeitas por parte de todos à mesa.

Já lhe bastavam as falas nojentas que o patriarca Irving havia feito naquela tarde.

Amelia não queria acumular mais raiva. Ela já possuía o suficiente guardada nas profundezas de seu coração, a espera de mais uma gota, para que finalmente transbordasse.

Ela ponderava sobre o que deveria fazer. Enquanto caminhava até o próprio quarto, a Stratford imaginava onde a família rival estaria hospedada. Certamente não naquele corredor, onde sua própria família residia.

Provavelmente os quartos ocupados pelos Irving deveriam estar alguns corredores à frente ou até mesmo nos quartos antigos no térreo. Por um momento, ela desejou saber mais sobre, para que pudesse encontrar Maximillian.

Certamente não seria discreto e despretensioso perguntar à Eva—na verdade, seria só mais uma dor de cabeça. Entretanto, mesmo que a memória de Amelia raramente conseguisse gravar os nomes e a fisionomia dos empregados em sua mente, havia alguém—além de Eliza, é claro—de quem ela se lembrava com clareza.

Aquela mulher, sempre tão gentil... Ela era a única que poderia saber de algo.

Não era ela a responsável pelas refeições, afinal?

Diante de tal ideia, a jovem mulher interrompeu seu caminho. Não era tão tarde assim, o relógio mal havia anunciado que eram oito da noite. Se ela estivesse com sorte, nem precisaria vasculhar todos os cômodos da casa. Bem à hora do jantar, a cozinha parecia ser uma oportunidade dourada, pairando à beira de seu nariz.

Então Amelia andou o mais rápido que pôde. Os saltos incomodavam, mas isso não era nada diante das longas caminhadas que havia enfrentado, até mesmo com sapatos ainda mais desconfortáveis. De fato, os estalos de seus pés contra os degraus da escada eram altos, porém ninguém iria se importar. Não era algo secreto, nada precisaria ser escondido.

Era impossível de se desconfiar de uma mulher andando pela própria casa.

Haviam sido poucas as vezes em que a Stratford havia entrado na cozinha da mansão, até mesmo em sua infância. Eliza sempre havia advertido-a para que não entrasse no cômodo, sempre assombrando-a com histórias sobre facas e dedos decepados.

Fios de CobreWhere stories live. Discover now