Capítulo 36

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Loren

   Aquilo era um inferno, os minutos se passavam e mais irritado Marcus parecia ficar, o policial que eu descobri se chamar Paul continuava conversando e tentando manter Marcus calmo, a arma em sua mão variava de ponto, mas eu era o alvo preferido, pensei inúmeras vezes em me tentar tomar ela de sua mão mas o medo de que tudo desse errado era maior, meu pai se aproximou com as mãos levantadas.

- Eu consegui seu dinheiro Malcross, em vinte minutos ele estará aqui. - Senti o sorriso de Marcus e queria gritar, dizer a meu pai que ele nunca me deixaria viva - Aguente firme querida.

- Pai! - Marcus apertou minha garganta com força quando tentei falar, meu pai avançou mas Paul o segurou.

- É melhor ficar calada! - Balancei Balanço a cabeça em afirmativo e ele soltou meu pescoço - Ótimo, é bom saber que você continua a mesma infeliz, medrosa e submissa de antes, não sei o que aquele imbecil viu em você mas ele provavelmente iria se cansar da criatura fraca que você é.

- Você não vai chegar a lugar nenhum, sabe disso.

- Vou pra um lugar muito melhor que você, vai ser uma pena não me vingar de você antes de enviar uma bala na sua cabeça, sua vadia.

Marcus sorriu mais uma vez e balançou a arma na minha frente como se ela mesma pudesse debochar de mim, eu estava assustada e com medo, mas me sentia tão humilhada e isso me encheu de raiva e em um ato impulsivo arranquei a arma das mãos dele que tentou segurar e sem pensar apertei o gatinho, pude ver o sangue que começou a sair dali, meu coração estava acelerado, foi como se eu não ouvisse nada além do martelar dos meus ouvidos e um chiado horrível.

Marcus tentou pegar de mim, sem pensar em nada bati com a arma na testa dele no mesmo instante em que dois braços me seguraram e me puxaram pra longe, era o policial, ele tirou a arma da minha mão dois segundos antes de Mason me abraçar com força e me puxar para longe, depois me pai e depois Matt e novamente meu pai, as emoções à flor da pele, o choro, o medo, tudo me fez desabar de vez e pude notar que mesmo assustada eu estava me controlando e mantendo a calma.

- Meu Deus, obrigada, obrigada. - Senti as lágrimas do meu pai em meu rosto - Minha menina, senti tanto medo por você, vou levar você pra casa, eu prometi a você que ele nunca mais iria te fazer mau, perdão!

- Tudo bem papai, eu vou ficar bem, ninguém tem culpa do mau caráter desse homem. - Tentei consola-lo enquanto tentava acalmar meus próprios nervos, meu corpo inteiro tremia descontrolado - Estou aqui, estou bem, não tenho porque te perdoar de nada, você é o melhor pai do mundo.

Estiquei minha mão para Mason que a segurou, eu precisava do meu pai, e de Mason, e Deus do céu eu também precisava do Matt porque eles eram minha família, faziam parte de quem eu era, e quando você pensa que vai morrer só quer ter as pessoas que ama por perto, e eles eram uma parcela das pessoas que eu amava, puxei Mason e estiquei minha outra mão para Matt, os três me abraçaram e me senti imensamente grata por eles estarem ali, eu me sentia salva.

Marcus tentava lutar de todos os modos para se soltar, gritando e chingando enquanto os policiais vasculhavam todo o local em busca de mais cúmplices, sangue escorria por sua mão, sua roupa estava suja e ele olhava para todos os lados até o momento em que nossos olhares se cruzaram e ele sorriu, de forma cruel e seus gritos agora eram dirigidos pra mim.

- SUA VAGABUNDA, VOCÊ NÃO VAI SE LIVRAR DE MIM, EU VOU SAIR OUTRAS VEZ E NA PRÓXIMA VOU MATAR VOCÊ, ESSE SEU CACHORRO QUE FINGE SER HOMEM, DIGA A ELE COMO É TER UM HOMEM DENTRO DE VOCÊ E...

Os dois policiais que seguravam Marcus soltaram seus braços, não entendi o porquê daquela atitude até ver Mason acertando um soco em seu rosto, Marcus tentou devolver mas não acertou, seu soco passou direto quando Mason desviou e acertou um soco em seu estômago, aquilo era errado mas os policiais não pareciam se importar, meu pai e Matt muito menos.

Era possível  ouvir o barulho do punho se chocando contra a carne, ele batia e batia sem dó era uma fúria descontrolada, Marcus tentava se defender mas de nada adiantava, Mason segurou a cabeça dele e jogou seu corpo no carro com força, era possível ver sangue por todo rosto de Marcus e em abundância saindo do nariz.

- Como se sente agora hum? Era tão bom bater nela, está feliz? Excitado? Seu filho da puta! Você nunca mais vai tocar em mulher nenhuma, sabe porque? Porque você é um merda e homens como você tem que apodrecer na prisão, pode ter certeza de que vou me encarregar pessoalmente disso, e quando estiver lá apodrecendo, quero que pense em cada segundo em como estou feliz com ela, e que não importa quanto dinheiro você tenha, ela nunca vai voltar pra você.

Mason falou de uma forma tão fria que nem parecia ele mesmo, depois deu mais um soco no nariz de Marcus e uma noelhada em sua barriga antes de soltar o corpo mole no chão, como se não valesse nada, e de fato não valia, pra ninguém ali.

- Mason. - Me aproximei dele que permanecia parado enquanto dois policiais colocavam Marcus em uma viatura - Amor...

- Desculpe por ter presenciado isso Lore, eu sei que violência não resolve mas... - Ele se virou e olhou para as próprias mãos.

- Eu estou bem Mason, estou aqui. - Abracei seu corpo, seu cheiro me deixando mais calma.

- Ele machucou você, ele te...

- Não! - Levantei a cabeça e neguei - Fugi quando ele tentou, eu não ia deixar.

- Eu vou matar esse moleque desgraçado! - Matt segurou meu pai quando ele tentou sair de onde estava.

- Papai, ele não me estuprou, não conseguiu, só estou machucada, estou com vocês agora, só quero sair daqui.

Loren - Livro 2Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ