43

912 73 15
                                    

Toni POV

Londres era uma cidade fria, assim como todo o continente que me rodeava. Eu já havia viajado algumas vezes, porém apenas a Cuba. Meu país natal. Porém nada como Londres, não tão turística. Cheryl dirigia o carro alugado até seu apartamento, ela me disse que era bem diferente do que eu estava acostumada em Miami. Que era menor, mais aconchegante. Eu ansiava por isso, apesar de amar a grande casa. Um lugar menor e menos exagerado me faria ficar mais perto dela. Não era seguro ficar longe de Cheryl, não depois daquela garota ter me ameaçado. Cheryl havia me contado sobre a mulher, me disse que ela não era muito normal da cabeça, que havia arrancado os dedos de uma antiga garota que Cheryl namorou.

E agora eu era o alvo da maluca de cabelos azuis, e não exatamente que isso me deixasse apavorada. Eu estava acostumada com pessoas me machucando minha vida toda, uma maluca a mais ou a menos não faria tanta diferença. Mas isso era diferente para Cherry, eu sabia disso. Sabia o quanto ela zelava por mim e que me queria bem a salvo. E sabia também, que ela era orgulhosa o suficiente para deixar Halsey vencer. Que eu seria como um prêmio vivo para Blossom, que venceu a única garota que ela deixou entrar.

Chegamos ao local e era um prédio simples, Cheryl me olhava com um pedido de desculpas, e eu revirei os olhos.

- Pare de ser tão consumista Cherry, o lugar é perfeito. - ela levou uma de suas mãos até meu rosto, o toque da pele gelada com a de minha bochecha quente me fez arfar, os lábios estavam entreabertos. Respirava pela boca, como se estivesse nervosa. Sorri para ela, tentando passar alguma confiança. Eu não me importava onde ficsriamos, desde que estivéssemos juntas.

- Desculpe. Só sinto que estou falhando com você. Vamos, suba.- obedeci prontamente e não disse mais nenhuma palavra, sua mão esquerda foi até minha cintura e ela me puxou para perto, beijando meus lábios com graciosidade. Foi calmo, lento e desejoso.

Entramos ao elevador e ela apertou o botão 13, senti logo a caixa metálica subir. Me fazendo sentir um pouco tonta, eu nunca me acostumava com essa droga.

O apartamento era o 213, era realmente simples. Tinha um tapete felpudo preto por toda extensão de onde se expandia a sala, acompanhado de um sofá de couro preto e um raque com uma tv grande, um lustre pequeno sob o teto. Ao canto da sala havia um piano pequeno, simples e sem calda. Encarei Cheryl, a simplicidade nunca foi algo que a impediu de ser elegante. Seguindo pelo lugar, havia um pequeno corredor onde conectava um banheiro e um quarto, ao fundo um outro quarto, trancado. A cozinha era minúscula, equipada normalmente com tudo o que se precisaria.

- Vamos, vamos tomar um banho.- a voz de Cheryl soou por todo o cômodo do quarto, enquanto eu colocava minha bolsa ao chão, suas mãos voltaram a minha cintura. - Você está tão linda, Toni.- a voz rouca me fez sorrir, era um detalhe impecável.

- Você também. Mas quando não está?- ela riu alto, daquele jeito que a gente sabe que foi real suficiente para também sorrir. Mordi meu lábio inferior, e logo depois levei minhas mãos até a sua cintura, puxando ela para mais perto.

Beijei seus lábios carnudos e gelados pelo frio, ela me acompanhou colocando as mãos em minha bunda e apertando o local, me fazendo gemer. A mulher aproveitou meu gemido para morder meu lábios inferior com força. Fazendo sangrar.

Afastei meus lábios dos dela, procurando algum ar que parecia inexistente, o único que eu queria era aquele que sabia quente de seus lábios.

Marjorie se sentou a cama e eu levei meu corpo ao seu, sentando em seu colo e a acompanhando em mais um beijo. Nós mereciamos aquilo, eu e Cheryl sempre. Não me importava morrer hoje por uma garota psicótica que caçava a mim e a mulher que eu amava. Eu queria estar com ela.

Levei a ponta de meus dedos até a barra de seu suéter preto e o puxei para cima, revelando seu sutiã vermelho, que combinava perfeitamente com a pele branca. Passei meus dedos pelo elástico deles que se encontravam nas costas dela, enquanto passei meus beijos ao seu pescoço. Chupei a pele e fiz questão de marcar lá. Gostaria que Halsey visse, para ela saber a quem realmente Cheryl pertence.

Em questão de segundos eu já estava deitada a cama, agora por baixo de Cheryl, as mãos dela foram até as minhas e prenderam por cima de minha cabeça, agora me tornando completamente submissa. Eu usava um vestido florido leve, seda. Não fiz questão de colocar calcinha alguma já que estava na companhia da mulher que sempre as tirava.

Ela dedilhou o caminho de minhas coxas abertas até achar a brecha que procurava. Sorriu de lado para mim, e eu soltei um risinho provocativo a ela.

Fechei minhas pernas e ela me olhou surpresa, voltei a abrir e as coloquei ao redor de seu corpo, prendendo a mulher a mim.

Daddy lesbian •Choni•Où les histoires vivent. Découvrez maintenant