Capítulo único

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É difícil ir quando se quer ficar, sorrir quando se quer chorar, mas difícil mesmo é esquecer quando se quer amar.
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Taki estava parado no topo da escada com seu terno cinza e gravata azul, ele havia sentido algo diferente quando viu aquela mulher dentro do metrô que ia na direção oposta ao seu. Ele não teve dúvidas, desceu correndo, tinha que saber quem era ela. Agora estava ali, havia passado por ela quando subia as escadas, não podia perder a chance de falar com a outra, sempre sentiu que faltava alguma coisa ou alguém, e algo lhe dizia que esse alguém era aquela mulher parada no degrau mais baixo da escada.

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Mitsuha prendeu os longos cabelos negros com seu cordão vermelho antes de sair de casa, ela sempre esteve procurando por algo ou alguém, mas quando pegou o metrô naquela manhã não imaginava sentir o que sentiu.

Olhava pela janela distraída até que o viu, um homem de cabelos castanhos, alto e de olhos azuis, Mitsuha não sabe por que sentiu aquilo, ela apenas sentiu, um carinho enorme junto com uma saudade maior ainda brotou dentro dela, e pouco antes dos metrôs se separarem ele a viu.
Miyamizu desceu do transporte na parada seguinte e correu, tinha que encontrar aquele cara, saber quem era. Ela sentia como se o conhecesse de algum lugar mas não fazia ideia de onde.

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Agora lá estava Mitsuha parada no degrau mais baixo da escada, e ele no degrau mais alto, eles passaram um pelo outro enquanto desciam e subiam a escada, mas nenhum ousou falar nada.
Taki parou no topo, tinha que fazer alguma coisa, não podia deixar aquela chance passar. Tomou toda coragem que tinha, virou bruscamente para trás e falou mais alto que o normal. 

– Com licença. – ele estava claramente nervoso, e ao ouvir aquilo a moça parou para escuta-lo. – Eu sei... que te conheço de algum lugar. – continuou e ela se virou para o mesmo com lágrimas nos olhos.

– Eu também. – ela falou de volta. As lágrimas não paravam de escorrer, Mitsuha estava sentindo um turbilhão de emoções.

– Qual é o seu nome? – perguntaram juntos.

Eles sorriram e falaram ao mesmo tempo.

– Taki Tachibana.

– Mitsuha Miyamizu.

– Senhorita Miyamizu... – o castanho falou descendo as escadas. – Aceitaria meu convite para tomarmos um café agora? – ele tinha uma entrevista de emprego em meia hora, mas se perdesse valeria a pena.

– Ah. – o sorriso que antes tinha foi desfeito. – Eu adoraria mas estou ajudando nos preparativos de casamento de uma amiga. – logo puxou o celular da bolsa e viu que já estava atrasada. – E já estou atrasada... – Tachibana desmoronou. Não acreditava que a chance de conhecer aquela pessoa seria desperdiçada. – Mas fica com meu número de celular.

Ela falou ao mesmo tempo que puxou uma caneta da bolsa e anotou seu número na mão dele.

– Me liga ou manda mensagem... – o olhou rapidamente. – Até mais senhor Tachibana. – soltou um pequeno riso.

Virou de costas e continuou seu caminho. Taki ficou parado olhando para o número dela em sua mão, diversas vezes ele acordava e começava a analisa-la em busca de algo, seria o número dela ou algo que ela procurava?
Pegou o celular do bolso do terno e salvou o número da bela moça, mandando um oi em seguida. Guardou o celular de volta e foi na direção do prédio que seria sua entrevista.

Mitsuha queria ter respondido a mensagem assim que seu celular apitou, ela sabia que era de Taki e queria responder o mais rápido possível. Mas quando não era Sayaka pedindo opiniões e ajuda para os preparativos do casamento, era Katsuhiko reclamando do trabalho que era organizar um casamento.

Não é ciúme! É apenas raiva sem argumento - TsutenOnde histórias criam vida. Descubra agora