Capitulo 4

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Acordei com uma dor de cabeça insuportável, eu não tinha motivação nem pra sair da cama. Passei a mão em meus cabelos refletindo sobre ontem à noite.  Meu, o que rolou? Eu lembrei do Suna, do beijo, e dele mais uma vez perto de mim. Ele me acompanhou até em casa e se deitou comigo, mas pelo visto já tinha ido embora. Me senti tão bem na companhia de Suna. Olhava para o teto com um sorriso bobo no rosto. Depois de um tempo eu tomei coragem e levantei da cama. Resolvi um tomar um banho quente e tentar tirar todo esse cansaço do meu corpo, quem sabe me animava um pouco. Saí do quarto quase me arrastando pelo chão.

- O que aconteceu, filha? Parece que um caminhão passou por cima de você. - minha mãe deu um gole em seu café.

- Eu tô ótima, só preciso de um banho. E você, hein? Cheguei em casa e não te vi.

- Coisas de mães - sorriu.

- Aham. - Peguei minha toalha e fui para o banheiro.

- Quero saber tudo sobre ontem à noite, viu? - Minha mãe gritou da cozinha com entusiasmo.

Eu fechei a porta do banheiro depositando todo o peso do meu corpo nela, eu e minha mãe éramos melhores amigas. Eu contava tudo pra ela e ela pra mim. Éramos confidentes uma da outra, e eu amava nossa relação. Tirei minhas roupas e entrei no chuveiro, fechei os olhos enquanto a água caía e percorria meu corpo.  Hoje era sábado. Não tinha muitos planos pra hoje. Aliás vocês sabem, não sou muito de sair, talvez eu descanse e veja algumas séries, além de conversar com a minha mãe. Ontem minha energia se esgotou. Havia tantas pessoas. Inclusive, onde eu deixei meu celular?

Saí do banho e fui para o meu quarto. Olhei ao redor e o vi em cima da mesinha lateral da minha cama. Quando o desbloqueei havia várias mensagens e ligações do Kenma perguntando onde que eu estava. Me senti culpada por não ter dado retorno a ele, eu respondi em seguida e  que eu tava bem. Quando eu estava digitando tive um flash do Kenma conversando com aquele garoto de cabelo preto, foi o único momento que vi Kenma na festa. Ao lado da mesa vi um papel, e nele continha um número com um nome, era de Suna. É verdade, nunca tinha pegado o número dele, apesar das conversas e encontros. Adicionei o número e fiquei em dúvida se mandava ou não uma mensagem. Suspirei e tomei a iniciativa.

"Oi, obrigada por ontem, foi uma noite incrível, pelo menos pra mim, foi mal se te dei trabalho"

Mandei a mensagem e joguei meu celular na cama. Uma sensação de ansiedade tomava meu corpo. Eu queria que ele me respondesse logo. Passei minha mão na barriga e percebi que não comi nada desde ontem à noite. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fui em direção a cozinha preparar meu café. Eu normalmente tomo só café preto, mas minha fome era tanta que eu fritei um ovo. Perguntei se minha mãe queria mas ela recusou. Não sei se aquilo iria suprir minha fome, mas enfim. Quando peguei meu café, escutei a notificação do meu celular. Fui apressadamente até meu quarto e desbloqueei ele. Era uma mensagem do Suna.

"Ei, acordou bem? foi incrível pra mim também. E você não me deu trabalho algum. Foi até engraçado te ver bêbada"

Eu dei um sorriso bobo.

"Engraçado? Paguei vexame."

"Jamais! mas sempre vou relembrar esse momento XD. Aliás, vai fazer o que hoje?

"Nada demais"

"Vou te roubar hoje, tudo bem? Passo aí no horário do almoço"

Ver o Suna melhoraria 100% meu dia, fazia tempo que eu não me sentia assim por alguém. Apesar de estar feliz com nossa aproximação, eu ainda não tinha certeza se os sentimentos dele eram recíprocos. Não falo no sentido de paixão ainda, mas eu gosto dele e gosto de estar perto dele. Eu poderia falar sobre meus sentimentos? Peguei minha caixinha de som dentro do armário e coloquei "My ex's best friend - Machine Gun Kelly" era bom escutar uma música e sentir a vibe do momento. Abri meu guarda roupa passando a mão pelos cabides. Eu escolhi uma roupa fresca, um short jeans e uma blusa verde claro. Normalmente eu usava roupas escuras, mas eu decidi sair um pouco da minha zona de conforto. Me olhei pela última vez no espelho. Já era o horário do almoço. Peguei minha mochila em cima da cama, com meu celular, fones, carregador e minhas chaves. Atravessei a sala e expliquei pra minha mãe que iria sair com um amigo. Me despedi dela, dando um beijo em sua bochecha. Ela retribuiu com um sorriso. Desci as escadas, e acenei para o porteiro. Esperei Suna no hall do prédio. Se passaram cinco minutos e ele havia chegado. Eu fui em direção do carro e entrei.

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