Any Gabrielly, uma menina de 14 anos, que vive com seus irmãos, Noah e Bailey - que são muito protetores -, a vida da garota era tranquila até esbarrar em um garoto de olhos azuis e cabelos loiros na biblioteca.
Os dois começam a conversar todo dia...
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Flashback — 9 anos
Eu tinha 9 anos de idade quando eu, meu pai, Bailey, Noah e Lamar fomos acampar. Papai estava querendo fazer isso faz um tempo — de acordo com ele — e hoje iríamos nós diverti.
Papai quis ir cedo até o acampamento, foram longas horas de viagem. Quando chegamos lá, os meninos queriam já montar a barraca, então ajudamos um ao outro.
— Any, vai com o Noah buscar alguns galhos para a fogueira. — me levantei da grama.
— Vem, Any. — Noah segurou minha mão.
Ficamos andando por um tempo e logo começamos a pegar alguns galhos para a fogueira.
— Você sabe como é o rosto da mamãe? — perguntei.
Ele se virou.
— Por que está me perguntando isso?
— Porque você é mais velho que eu.
— O Bailey tem a mesma idade que eu.
— Eu sei. Mas você sabe que ele não gosta de falar da mamãe. — digo.
Noah voltou a pegar os galhos.
— E o Lamar?
— Tá bom, Noah. Você venceu! Eu não vou mais perguntar da mamãe! — terminei de pegar os galhos e fui embora.
— Está tudo bem, Any? — Bailey perguntou.
— Sim. Conseguiram montar a barraca?
— Eu e o papai conseguimos. — Lamar se exibiu. — O Bailey não fez nada.
— Cala a boca, Lamar. — ele falou em um tom mais alto.
— Briga! Briga! Briga! — Noah diz.
Todos ficaram em silêncio por um tempo.
— Esquece, Noah. — eu disse.
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Quando anoiteceu, ficamos em volta da fogueira, enquanto estávamos assando marshmallow. Aquilo era legal, estávamos feliz.
Papai e Lamar estavam bebendo alguns copos de alguma bebida que eu não sabia qual era, eles estavam do outro lado e eu estava com o Bailey e Noah.
— Você quer ir dormir, Any?
Assenti. Bailey me pegou no colo e me levou para a barraca, Noah foi logo atrás.
— O que o Lamar e o papai estão bebendo?
— Não sei. Mas eles vão ficar bem. Boa noite, Any.
Um tempo depois, ouvi alguns barulhos de ambulância. Quando abri os olhos, vi que Bailey e Noah não estavam ali. Olhei para fora da barraca e vi Lamar deitado no chão.
— Lamar! Lamar! — corri até ele. — Acorda, Lamar! Por favor, acorda! — comecei a chorar.
— Ei, Any, vem cá. — Bailey segurou a minha mão.
— Bay, o que está acontecendo? Por favor, me diz.
Ele deu um suspiro.
— Ele desmaiou, Any.
— Desmaiou?
— É. — afirmou. — Vão levar o Lamar pro hospital.
Eu não conseguia parar de chorar.
— Posso ir junto? Por favor, Bay. Eu não quero mais ficar aqui. Eu quero ir junto.
— Eu e o Noah vamos para a casa, papai acha melhor você ir junto.
— Tá bom. Eu vou com vocês. — tentei me acalmar.
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Quando chegamos em casa, eu não falei nada, eu não falava nenhuma palavra. Me sentei no sofá e fiquei abraçando a almofada que estava ao meu lado.
— Any, você está bem? — Noah questionou.
Neguei com a cabeça.
— Tem alguma notícia, Bailey?
— Não.
O telefone tocou, Bailey atendeu e ficamos em silêncio.
— Alô?
Cinco minutos se passaram. Vi que Bailey começou a chorar. Ele nunca chora.
Quando ele desligou, Noah se aproximou e eles começaram a falar baixo. Muito baixo.
— Any, a gente tem algo para te falar. — Noah fala.
— Não é fácil. Não é fácil dizer isso. — eles se olharam.
— Any, o Lamar mo... fala você, Bailey.
— O Lamar morreu, Any.
Aquilo foi horrivél de ouvir. Comecei a chorar. Senti eles me abraçarem.
