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Nós chegamos finalmente no local, Theo estacionou o carro em frente ao meu restaurante favorito. Eu sempre arrasto os meninos pra cá quando eu tô com fome e não quero comer em casa, o Theo sabe que esse é tipo o meu segundo lugar favorito, não é nenhum restaurante chique ou popular, mas tem uma comida perfeita.

— Gostou? — Theo pergunta com um sorriso, assim que nos sentamos em uma mesa do lado de fora

— Claro! Já faz tipo, uma semana que eu não como aqui, isso é quase uma década pra mim. — falei sincero e ele riu

— Eu sei que aqui é o seu segundo lugar favorito, mas como não tenho dinheiro pra te levar no cinema... — ele pareceu meio constrangido e arrependido de ter falado — Enfim, Dunbar. Vamos pedir — ele pega o cardápio e faço o mesmo. O Theo sempre foi fechado quando o assunto é vida pessoal, ele não nos conta nada, mesmo que ele esteja passando pelo pior problema do mundo, ele prefere guardar tudo pra si, e isso me mata

— Como estão as coisas com seu pai? — arrisquei perguntar, deixando o cardápio de lado e encarando o rapaz a minha frente

— A mesma coisa de sempre — ele larga o cardápio e suspira — Ele briga comigo, faz eu me sentir um lixo e depois pede desculpas, pra depois na primeira oportunidade que ele tiver, dizer que fui o motivo da separação dele e da mamãe e que sou um péssimo filho — despejou tudo de uma vez — Fora isso, estamos ótimos.

O garçom veio até nós e fizemos o nosso pedido, logo ele voltou com a água que Theo havia pedido, ele saiu novamente e então voltei a encarar Theo, que estava com o olhar distante. Merda, eu sei que ele tá mal mas eu não sei o que fazer, dizer que vai ficar tudo bem não é o bastante, não deve ser nada fácil pra ele tudo isso sobre o pai dele, mas eu quero ajudar de alguma forma, eu quero ver ele bem.

— Olha, Theo... — ele olhou para mim — Eu só quero que você saiba que eu estou aqui — levei minha mão até a sua que estava em cima da mesa — Você é um cabeça dura do caralho, que insiste em guardar tudo pra você e eu tenho vontade de te socar por isso — ele riu baixinho — Mas eu tô aqui, me diz como eu posso te ajudar, eu quero isso... De verdade.

— Relaxa, baixinho — ele entrelaçou nossos dedos e senti um frio na barriga — Eu prometo que se eu precisar de ajuda, eu vou te ligar no mesmo instante

— É sério, Theo... Eu me importo com você — as palavras saíram da minha boca e quando percebi já era tarde demais — Não quero te ver triste — sinto ele acariciar minha mão com o polegar

— Obrigado... De verdade — ele sorriu, seu sorriso aqueceu meu coração — Agora vamos falar sobre o que interessa — ele soltou minha mão delicadamente e se encostou na cadeira atrás de si — Quando vai admitir que está caidinho por mim? — ele falou em um tom brincalhão e revirei os olhos

— Vai a merda, Theodore — riu. Ele se mexeu um pouco e retirou seu celular do bolso e olhou brevemente para o lado — É o Scott — diz depois de encarar a tela, logo peguei meu celular e abri a câmera

— Não se mexe — digo e ele fica parado com uma expressão assustada

— O que foi? É um bicho? Ai meu Deus, Liam, mata, mata — rio

— Não, seu idiota — encaro meu celular — Sorri, Theo — peço e ele me olha com um semblante confuso mas logo entende ao ver o aparelho em minha mão — Seja espontâneo, Theodore. — Ele sorri e um sorriso involuntário se forma em meus lábios antes de tirar a foto — A não — digo desviando o olhar do meu celular para as pessoas que acabaram de entrar no restaurante

— O que? Não ficou boa? — pergunta e nego

— Olha pra trás. — digo negando com a cabeça

𝗮 𝗮𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮. thiamWhere stories live. Discover now