Rosas do crepúsculo - Twilight Roses (Oneus Fic)

Por bem ou por mal (pt.1)

"Os irmãos pareciam ambos muito gentis. Keonhee e Heonhee. Já ouvi falar deles antes, os irmãos que tocam sanfona no bar. Dizem que a música é muito boa, mas nunca pude sair de noite para ouvir.

— Pronto! Curativos feitos! — Heonhee se afastou da cama onde o irmão estava. — Ele vai ficar bem, não faça essa cara, Seoho.

— Hum? Ah, claro... Eu vou rezar.

— Ah, sim. Você é muito bonzinho. Que bom que está aqui! É uma honra tão grande. — Heonhee sorriu com imensa animação. Achei fofo. — Mesmo que agora você esteja fugindo daqueles padres e também daqueles bruxos que você mesmo soltou... De verdade, eu não entendi essa história.

— Nem eu... — Eu suspirei e, após pensar um pouco, fui para perto de Keonhee. Ele dormia calmamente, até mesmo babava. Afastei um pouco sua franja e coloquei a mão sobre sua testa quente e lisa. Depois disso, fechei meus olhos, tudo calmo. Agora só éramos três: Eu, Keonhee e Deus. — Você vai ficar melhor."

× × ×

  Dongmyeong e Dongju, os irmãos e gêmeos, estavam na biblioteca de casa. Ambos pareciam entediados, estavam esperando o pai chegar com o novo professor.

— Mas que droga... Vamos embora, Dongmyeong.

— Claro que não! Papai vai aparecer logo.

— A gente lida com ele depois.

— Você não tem moral nenhuma para "lidar com ele depois", Dongju. Esqueceu a bagunça que arranjou na última vez que você fugiu?!

— Sim. Bebi demais e não lembro de nada. Haha.

— Ah! Seriamente, vo- — A porta abriu bruscamente, o pai dos irmãos entrou bem trajado. A aura nobre transbordava dali. Os gêmeos se levantaram e se curvaram em respeito.

— Finalmente... — Dongju revirou os olhos

— Não irei enrolar demais. O novo professor de vocês está aqui. Quero que conheçam.

— Um homem... Desistirá mais rápido. Não precisamos enlouquecer tanto como com as damas. — Dongju comentou e ambos os irmãos riram discretamente.

— Ele vai estar recepcionado na casa por alguns dias enquanto os tumultos na igreja persistirem. Cederemos o melhor quarto de hóspedes. — O pai informou.

— Quê!? É da igreja? — Dongmyeong perguntou um pouco surpreso. Era de conhecimento geral que os mosteiros, onde se instruiam os padres, eram locais com conhecimento vasto mas também uma disciplina muito rigorosa. O clero nunca pegou leve quando o assunto e ensinar ou aprender.

— Um jovem padre, meu nobre. — Um homem corpulento entrou na sala. Tinha o cabelo bem aparado e a feição séria. Apesar disso, o leve sorriso presente no seu rosto era suave.

— Oh, olá, padre! — Dongmyeong acenou alegremente, e um pouco ansioso também. Dongju, ao contrário dele, parecia horrorizado. — É o mesmo homem que te trouxe de volta, Ju!

— Pois é. — O irmão resmungou.— Logo um padre, pai? Qual é?! Agora além de estudar vamos ter que ajoelhar na madeira e ficar pedindo o perdão pra Deus por ter ido mal em geografia? Poupe-me.

— Dongju, sua opinião, além de não ser solicitada, não é valida e pouco importa no momento. — O pai respondeu secamente.

— Hmph! Você está muito enganado se acha que vai adiantar colocar a luz de Deus sobre minha cabeça! — Ele exclamou e se dirigiu até a porta com passos rápidos.

— Dongju!

— Vá pro inferno! Melhor ainda, chame o capeta!!