capítulo 2

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MJ narrando:

Bailão suave. Eu olhava geral do camarote. O baile tava cheio, eu tava de saco cheio de tudo , as mulheres jogando na minha cara, sem ter que fazer sacrifício nenhum,so comer!Eu só louco por perereca , viciado , mas é tudo igual, é como ir no sacolão só pegar a que quer e comer. Não dispenso buceta, não arrego.

Eu sou mais reservado, fico na minha , não fico em bolo ,só reparo , observo os muleque tão tudo doidão, as mina tudo louca. Tá normal. Thais vem sentar no meu colo , pouco depois tá quase dando pra mim. Fazer o que né? O pai é o bicho. Levo pro quartinho e finalizo.

Vou meter o pé pra casa, Tiú me vê saindo fora ,são 4 e 34 da manhã, pra mim já deu essa porra. Bora pra casa, mas ae Mary me para . Pow a Mary é a Mary né meu amigo reboquei. Eu nem queria mano.

A mina é gostosinha, não dá trabalho aceita tudo. Faço o serviço vc e coloco pra andar. Mando passar na boca 3 e pegar um agrado. Apago geral tipo por três horas. Eu nunca durmo bem. Há anos não sei o que é isso. Há anos não sei um monte de coisa, tudo parece fácil pra mim ,mas na vdd eu vivo uma prisão da porra. Minha cabeça vale ouro, muita gente querendo me ver pelas costas ,muita gente querendo me ver preso ou sem cabeça, muito prazer meu nome é problema. E dos grandes.

O sábado correu tranquilo ,sempre igual, sempre a mesma merda, sempre as mesmas caras.

Fui pra casa a noitinha minha irmã tava em casa fazendo algo pra comer.

_ Bora numa lora ? Irmão?

_ Ué ! Nem sofro mana. Melhor que há!

_ Amanhã tem apresentação na ong , sei que tu não curte mas faz uma força.

_ Vou te fortalecer !

_ Quem sabe , tu não arruma uma namorada lá?

_ Há haha pode crer, conheço as mina tudo daqui Joana, as que peguei e as que não peguei tuuudo puta. Parece figurinha de álbum repetida.

_ Engraçado, tu fala mas come.

_ Como mesmo, tão distribuindo pow.

_ Cachorro.

_ Nem sou.

A noite foi tranquilona eu tô mó suave, dormi pouco!
Normal. Eu nunca durmo bem, é vim saco isso. Sério.

Desci pra tomar um preto. Porra já são 15 e 30. Caralho vou lá tomar um chuá.

Tomo meu banho me ageito com uma camisa vermelha da lactose e uma bermuda branca. Um tênis e lanço um boné preto. Serve. Tô foda pra caralho.

A rua tava cheia, geral indo pra ong eu ia brotar lá, Jô tinha me pedido. Chamei Jota e Budoog , a festinha seria ótima, 🍻 avontade e umas paradas lá de salgados essa porra que mesmo lotar né?
Fui subindo, entrei na padaria pra comprar cigarro, quando estava entrando esbarro numa cabeleira vermelha, olhei pra baixo era uma menina baixa, bem minhonzinha, os olhos não pararam em mim, me olhou rapidinho e pediu desculpas, nunca tinha visto ela por aqui, sumiu rápido tava com a tia do postinho. Olhei pra trás tentando seguir com o olho e ela já tinha sumido, quem era? Comprei o cigarro vi o Natal rindo, aproximei e fiz um toque,algo me dizia que o teor da conversa era a menina ruiva, não sei pq mas me interessei.

_ Norinha que mamãe pediu a Deus. _ Natal falava.

_ Vai colocar colera doidão? _ Perguntei.

_ Acho que vou viu, acabei de ver minha futura sair daqui.

_ Ela sabe disso? _ Mavambo rua debochado.

_ Questão de tempo. Já já ela sabe. Real mesmo, ruivinha apetitosa,da pra colocar na boca de uma vez só!

_ Eu não vi ela dar ideia pra ninguém aqui. A mina nem chegou direito.

_ De quem vcs estão falando? _ Eu entrei no papo com uma certa curiosidade.

_ Da ruiva,filha da Dona Débora. Lá do Postinho.

_ Há tá. A que esbarrei na porta? Mó tirada.

_ Ela chegou ontem patrão, mas tá no meu nome. Propriedade do pai aqui.

_ Ela tem que comer pq tá é muito seca. _ Uma voz feminina entrou no papo .

_ E a inveja te mata. _ Natal riu. _ Tu tá se mordendo Rayssa, a ruiva é só sussesso. Meu número certinho.

_ Vcs vão lá na ONG? Vou lá dar moral pra Jô._ Eu já ia saindo.

_ vai tá geral lá. Cerveja de grátis. _ Natal riu.

A ong tava lotada ! A cerveja e comida de graça são cartão de vizita pra casa cheia. Era um evento de dança algo assim, minha irmã fazia essas paradas aí na ong, era até legal Jô gosta dessas paradas, me sentei mais ao fundo, vi as apresentações aí que coisa chata mano, mas fiquei .

Ouvi uns tambores estranhos uma música da língua enrolada sei lá, negócio esquisito. Uma menina com uma roupa meio que de odalisca sei lá requebrava ,mano parecia uma escola de samba Zé. A menina mandava ver no negócio e na boa tava show, muito dez. Mas ae eu vi uma cabeleira vermelha surgir, com uma saia preta que cobria o corpo, feita de um tecido leve e cintilante, que deixava sua barriga a mostra. Se movia como uma cobra, e depois só a barriga. Era dança do ventre , e geral parou imóvel pra assistir. Senti um arrepio quando minha irmã me chamou pra ir lá na frente. Pude notar os olhos claros e o rosto bem desenhado. Derrepente a tarde na ONG ficou interessante. Ela era o próprio show, Natal me desculpa mas não tem nada no nome dele.

Acabou a dança aplausos de pé. Minha irmã pediu para eu entregar o prêmio. Não era difícil saber da vencedora. A dupla das irmãs, as odaliscas. Acrescentei dois iPhones ao prêmio um pra cada irmã. Ao entregar o prêmio observei bem a carinha daquele delicioso doce ruivo. Há Natal não leva a mal mas vou gravar meu nome. Vou pegar. É minha esse pato eu roubo e pago a conta.

A marrenta e o dono do morroDonde viven las historias. Descúbrelo ahora