𝐃𝐎𝐂𝐄 𝐏𝐄𝐂𝐀𝐃𝐎, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘴𝘶𝘯𝘨 [✔]

┊Nosso Pequeno Segredinho

Sentir ciúmes era algo normal, qualquer pessoa poderia passar por isso, afinal de contas, se temos ciúmes de alguém é um bom sinal de que gostamos dela, certo? Completamente certo. Park Ji Sung era um desses garotos que tinha ciúmes de quase tudo, mas o principal era a sua mãe. Oh sim, ele morria de ciúmes dela, não gostava nem um pouco quando outros caras estavam por perto, principalmente os seus melhores amigos, ele se sentia traído quando isso acontecia. Por que justo a sua mãe? Não tinha outra mulher para eles terem interesse? Seria preciso esse doce e tão ciumento garoto avisar aos seus colegas que a sua mamãe é apenas dele? Não queria chegar nessa parte, dizer que ele também sente uma atração na sua própria mãe… Mas os seus amigos não estavam colaborando com ele, e uma hora ou outra ele iria explodir de ciúmes e acabar revelando para todos aquele pecado que carregava dentro de si. Mas não era como se ele tivesse pedindo por isso; Ji Sung não queria gostar de sua mãe, não queria sentir atração pela mulher que deu-lhe abrigo, comida e um nome. Não era dessa forma que ele gostaria de nutrir sentimentos por ela, e se pudesse, gostaria de tirar esses sentimentos dele mesmo. Mas acabou sendo mais forte, não teve como resistir… Agora estava aqui, tendo a total certeza de que para o céu ele não iria, desejar a sua mãe era um pecado tão grande que nem ao menos tinha ideia do que fazer.

E ali estava ele, parado de frente para o imenso espelho do seu quarto, encarava a si próprio de uma forma intensa, não conseguia mais deixar a sua imagem e o espelho de lado. Sua mente estava a mil por horas, sempre pensando na sua mamãe, imaginando o porquê de ter se apaixonado justo por ela? Tantas garotas na sua escola, tantas dela dava moral para Ji Sung, queriam ele de todas as formas. Bastava um estalar de dedos que elas estariam do seu lado, era algo tão fácil. Mas ele escolheu o mais difícil, escolheu a sua própria mãe, sentir aquela atração toda por ela, querer apenas ela. Sim, hoje em dia ele estava arrependido de sentir isso pela sua própria mãe, até porque era A SUA MÃE. Jamais seria correspondido da mesma forma, jamais ela faria isso com ele; tanto é que hoje em dia ela vive querendo por Mark, sua atenção era completamente dele quando estava em sua casa. Outro motivo pela raiva súplica desse garoto: o seu melhor amigo. Como queria ser ele e conseguir tudo aquilo com a sua mãe, conseguir as coisas mais intensas e tanta atenção assim.

— Para com isso. — ele comentou quando encarou profundamente o seu reflexo no espelho, estava determinado a tirar aqueles sentimentos de dentro do seu coração. — Ela é a sua mãe. Você tem que amá-la de outra forma. Isso é nojento. — ele suspirou profundamente e negou logo em seguida. — Sim, é nojento, mas eu queria tanto isso. Queria tanto senti-la, queria tanto ser o cara que se deita consigo todos os dias. Por quê? Por que não sou eu? Por que ela não me olha da mesma forma que olha para outros? Ah mamãe, se soubesse o quanto eu sinto atração por você, o quanto te quero, te desejo… Eu fico excitado apenas em te olhar com simples roupas, principalmente as que usa para dormir. — mais uma vez ele soltou um pequeno suspiro derrotado com as próprias palavras, sabia que nunca teria ela como queria. — Acorda para a vida. Você já tem dezoito anos e mesmo assim está apaixonado pela própria mãe.