Fate Tell Me It's Right

Fase 11

Boa noite, xuxus!

É, chegou o dia de dizer adeus para essa história... :(

Também estou triste, confesso! <3

Porém, vou deixar o capítulo aqui.

Leiam as notas finais, por favorzinho <3

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Era final de abril.

A neve havia ido embora. No céu, mesmo leve o sol era presente. Cheiro de flores e muito verde presente no jardim da escola. As crianças corriam de um lado para o outro, brincando enquanto aguardavam o ônibus ou seus responsáveis. No meio deles, Theo. Parado em frente a fonte observando os peixinhos com os demais amiguinhos.

Eu me sentia grata.

Mesmo com todos os erros, decisões ruins e até mesmo egoístas, eu estava vivendo uma vida que vendia felicidade e estabilidade. Minha criança estava mais esperta que nunca e só de vê-lo tranquilo e saudável enquanto dormia fazia meu peito transbordar de gratidão.

Meu trabalho era ótimo. Excelentes alunos e colegas de trabalho. Há momentos em que me pergunto como pude me diminuir tanto em fantasia de um relacionamento... Se eu tivesse experimentado o gosto da felicidade antes...

Há pássaros que só cantam em gaiolas porque não conhecem a sensação de cantar em liberdade.

No amor... ah! Sou suspeita para falar qualquer coisa. O meu amor atravessava os portões do colégio e minha mente transformou aquela cena em algo que deveria ser apreciado em câmera lenta. Linda, como sempre. Todos os dias. Tinha o cabelo preso num rabo de cavalo e usava um suéter bege se protegendo da leve brisa da tarde. Meu pequeno correu em sua direção a chamando de "mamãe". Ela abriu os braços e o pegou no colo, girando-o no ar em seguida enchendo seu rosto de beijos. Ele adorava esses carinhos. Simplicidade junto a maravilha de estar com quem se ama. Lauren era minha outra metade. Estávamos construindo uma relação sólida onde sabíamos que a outra seria apoio caso uma caísse. Mesmo sem forças. O amor era sobre isso. Oferecer mesmo sem ter certeza do quanto pode se doar. Arriscar. Perceber que nem sempre seremos perfeitas uma para o outra.

Mesmo que em noites eu a olhasse dormindo e sentisse que alcancei a perfeição, o amor não era sobre isso.

Desde o natal estávamos juntas. Sem nada formal como um pedido de namoro. Não era necessário. Eu pertencia a ela, e ela pertencia a mim. Mesmo amando seu loft, mudou-se dele para nossa casa para viver ao lado do nosso menino. Eu disse que não precisava vendê-lo. Aquele tinha sido seu lar por anos e se desapegar assim não era algo que eu julgava ser necessário. Ela disse que o daria para Theo quando o mesmo completasse seus dezoito.

- Eu sei que estou atrasada. - falou ao se aproximar. Estava mordendo os lábios de nervosismo. - Acha que consegue me perdoar por esses trinta minutos? Eu cochilei no aeroporto e quase perdi meu voo.

Fechei os olhos e ri. Lauren e atrasos. Como eu não estava surpresa? Havia ido para o exterior por três semanas e prometeu que quando retornasse buscaria nosso filho.

- Ela está rindo. - brincou em tom aliviado. - Ela está rindo, pequenito. Isso é um bom sinal, não é? Não chegou minha vez de ir dormir num sofá gelado.

- Não seja boba. - Cruzei os braços. - Você realmente cochilou no aeroporto?

- Talvez... o fuso horário me deixou um pouco confusa. Geralmente sempre atraso alguns minutos pra qualquer coisa nessa vida. Mas enfim, tarde de mãe e filho? - olhou pro pequeno e depois pra mim. - Estou com vontade de te levar escondida pra casa. Você não tem ideia do quanto estou com saudades.