Capítulo 8

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⚠⚠ AVISO DE INTIMIDADE. LEIA POR SUA PRÓPRIA CONTA E RISCO. ⚠⚠

*Ponto de vista do Adrien*

Adrien estava se sentindo cansado. Ele não suportava o trabalho que tinha que fazer pela frente. A escola havia acabado há apenas alguns instantes e ele tinha mais dois trabalhos para fazer junto com o dever de casa. Ele não tinha certeza de quanto mais ele poderia aguentar. Ele subiu lentamente as escadas, um bocejo escapou de seus lábios enquanto ele virava no corredor. Ele fez uma pausa ao ver a porta do escritório de seu pai no final do corredor. Estava aberto. Essa foi a primeira vez para ele. Será que seu pai estava em casa pela primeira vez em anos? Adrien sentiu uma onda de esperança crescer em seu peito. Ele enfiou as mãos nos bolsos, enquanto caminhava em direção ao escritório de seu pai. Ele manteve a alça da bolsa presa com força em sua mão. Adrien já podia sentir as palmas das mãos suando com a antecipação quando ele entrou na frente da porta. Uma parte de sua mente avisou que ele estava criando esperanças para nada. Ele tinha certeza de que no momento em que abrisse a porta, seu pai nem estaria lá, e que sua porta estava aberta simplesmente devido a uma rajada de vento. Por tudo que ele sabia, Nathalie poderia estar lá, simplesmente deixando a papelada para seu pai competir mais tarde, enquanto Adrien estava trabalhando ou na escola. Ou pior, simplesmente limpar a equipe lá para fazer seu trabalho e limpar o cômodo ocupado da casa. Adrien lentamente se empurrou para dentro da sala, os nós dos dedos roçando cuidadosamente contra a sólida porta cor de mogno. Seu pai estava atrás de sua mesa, os óculos colocados sobre o nariz cuidadosamente enquanto seus olhos azuis escuros se concentravam diligentemente na tela do notebook à sua frente. Adrien notou que a ruga em sua testa havia se aprofundado desde a última vez que o vira, a mecha cinza em seu cabelo parecia mais proeminente do que o normal. Adrien esfregou o cotovelo nervosamente. Foi como se cada grama de bravura que ele tinha nele, imediatamente abalasse seu corpo.

- P-pai? - Ele perguntou baixinho, sua voz emanando muito mais trêmula do que ele queria.

Em algum lugar no fundo de sua mente, ele se perguntou se seu pai estava se afogando no trabalho, tão ruim quanto ele. Isso explicaria a aparência de seu pai. Gabriel não disse uma palavra enquanto continuava a trabalhar no que era exibido na tela. Adrien esperou e depois pigarreou.

- Pai? - Ele perguntou mais uma vez, apenas ganhando um grunhido do outro.

Adrien esperou, interpretando o ruído sutil como uma resposta à sua presença. Adrien torceu a alça de sua bolsa nas mãos antes de limpar a garganta mais uma vez.

- Eu... eu sei das coisas... estão melhorando... M-mas... eu queria saber se eu poderia ter uma folga um pouco mais cedo do que o planejado? Eu preciso de um dia de saúde mental, e as provas finais estão chegando...

Adrien foi pego pelo escárnio desaprovador de seu pai. Os olhos de Gabriel encontraram os de Adrien em um instante, sua própria auto-estima encolhendo-se no momento em que seus olhos se encontraram. Um pequeno estremecimento percorreu sua espinha enquanto seu pai falava.

- Você pode lidar com isso. - Gabriel falou. - Você faz isso há anos. Eu não deveria esperar que você desistisse agora. - Ele disse severamente. - Eu não agendaria você para nada que eu soubesse que você não poderia lidar.

Adrien olhou fixamente para seu pai.

- M-mas...

Gabriel se levantou de sua cadeira, com a testa franzida de frustração.

- Eu disse não. Isso é definitivo. Tenho trabalho a fazer, Adrien. Não vou discutir este assunto mais. - Ele afirmou e apontou para a porta.

UM FILHO DO CHAT NOIR ? (Historia Completa)Where stories live. Discover now