Somos amigos e sempre seremos

131 8 11
                                    

Charlotte franziu o rosto irritada para o barulho da janela sendo aberta. Seu objetivo era entrar de forma sorrateira na casa, acordar seu melhor amigo aos sussurros, não fazer toda a família Hart acreditar que era uma invasão. Ela ficou alguns segundos na mesma posição, escutando qualquer movimentação próxima. Ninguém havia acordado.

Com cuidado, ela adentrou o quarto, constatando que Henry ainda estava dormindo. O trabalho de super herói estava se tornando cada dia mais cansativo, dava até dó acorda-lo, mas era necessário. Charlotte balançou o loiro levemente, fazendo com que ele saísse da terra dos sonhos.

— Char? — Perguntou sonolento. — Aconteceu alguma coisa?

— Precisamos conversar.

Henry sentou na cama e acendeu o abajur, enquanto Charlotte sentava na sua frente. Ela precisou respirar fundo várias vezes, criando coragem para o que estava prestes a fazer. Nunca teve problemas com sentimentos, sempre esteve bastante ciente de tudo o que sentia, mas quando se tratava do loiro era diferente. Ao mesmo tempo que ela queria gostar dele, porque sabia que Henry era um cara legal, que nunca a machucaria, também odiava essa ideia, pois colocava a amizade de ambos em risco.

Vendo a cara de preocupação da melhor amiga, Henry colocou a mão sobre seu joelho, fazendo um pequeno carinho ali, tentando passar um pouco de confiança. Mas aquele gesto apenas serviu para deixar a garota mais confusa. Charlotte sentia sua mente dar um nó, enquanto tentava se concentrar em seus pensamentos e ignorar a sensação da mão de Henry sobre sua pele.

— Teve outro pesadelo? — Ele perguntou com carinho.

Antes fossem aqueles terríveis pesadelos. Desde que Charlotte começou a trabalhar com Capitão Man, ela tinha aqueles pesadelos. Pelo menos uma vez na semana, sonhava com o plano dando errado, então seus amigos sofrendo muito. O único que sabia sobre isso era Henry e não porque ela tinha contado.

— Não exatamente. — Encarou a coberta xadrez. — Eu tive aquele sonho de novo e isso está me deixando louca.

— Que sonho? — A voz de Henry ficou rouca. Ele sabia exatamente do que estava falando, percebeu Charlotte, apenas queria que ela dissesse em voz alta.

Ela engoliu em seco, abrindo a boca várias vezes, antes de finalmente conseguir formular uma resposta.

— Nós estávamos no seu quarto. — Charlotte falava em sussurros. Henry prestava atenção a cada palavra que saia de sua boca. — A gente estava fazendo algum trabalho da escola, algo sobre o corpo humano. Você fez uma piada idiota, então... — Ela deixou a continuação no ar.

— Então o quê, Charlotte? — Sussurrou em seu ouvido.

Ele subiu lentamente a mão que estava no joelho dela, passando por sua coxa exposta graças ao pijama curta, e parando em seu quadril. Ela estava muito próxima de seu bumbum, mas também poderia subir para sua cintura. A respiração dela se tornou mais pesada, conforme a outra mão fazia o mesmo caminho, parando muito perto de sua costela.

— Henry. — Seu rosto esquentou ao perceber que tinha gemido o nome dele.

O loiro depositava beijos molhados por seu pescoço, fazendo uma trilha de seu maxilar até sua clavícula. Ela sentia sua pele latejar nos pontos em que havia sido tocada, implorando por mais daquele contato.

— Vamos, Charlotte, continue a história. — A malícia brilhava nos olhos de Henry.

— Então... então... — Ela tentava se concentrar no que dizia, mas toda a sua atenção estava voltada para os movimentos da mão masculina abaixo de seus seios.

O sorriso convencido de Henry a irritou. Não querendo deixar que ele fosse o único a se divertir, Charlotte decidiu assumir a liderança da situação.

Moments✔Where stories live. Discover now