Capítulo 10

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𝙌𝙪𝙚𝙗𝙧𝙖 𝙙𝙚 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤

Duas semanas se passaram dali. 14 dias sem nenhum contato entre Harry Potter e Draco Malfoy. As horas na detenção eram silenciosas e sem nenhum toque. Harry estava quebrado. E Draco de coração partido por tê-lo deixado assim.

𝙌𝙪𝙚𝙗𝙧𝙖 𝙙𝙚 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤

Draco chega em seu dormítório depois de um dia cansativo em Hogwarts. Estava abismado, sentindo falta de Harry, mas tinha plena consciência que o tinha machucado de uma das piores maneiras possíveis. Até que Blaise chega ao dormitório e vê o amigo chorando contra o travesseiro.

-Draco...

-Eu tô muito mal, Blaise. Eu basicamente usei ele. E eu gosto pra caralho do Harry.

-É perceptível. Só reparar como vocês se olhavam no baile. Era fogo e paixão. Até tirei uma foto, olha.

Na foto eles se olham intensamente enquanto cantam.

-E eu estraguei tudo.

-Mas até agora eu não entendi o porque.

Draco se senta e respira fundo.

-Tenho medo de me assumir e as pessoas me julgarem. Muito mesmo.

-Draco Malfoy, se eu pudesse eu te descia o cacete aqui mesmo. Cara, eu nem imagino o medo que deve dar, pelo preconceito que você pode sofrer. Mas pior ainda deve ser sofrer durante toda a vida por ter perdido um amor que tem tudo pra dar certo. Vocês são fogo e água; se completam inexplicavelmente. Mas eu só te peço uma coisa: não desiste de quem você ama por uma opinião alheia. O que te faz feliz não precisa fazer sentido pra ninguém.

O loiro encara o melhor amigo e se levanta bruscamente.

-O que foi? -Pergunta Blaise, sem entender o movimento repentino de Draco-

-Já sei o que fazer. Mas preciso da sua ajuda. Vamos para a biblioteca, te explico no caminho. E vamos rápido.

Os dois se levantam rapidamente e vão se dirigindo à biblioteca.

𝙌𝙪𝙚𝙗𝙧𝙖 𝙙𝙚 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤

Harry está se encaminhando desanimado para a biblioteca; outra noite cansativa e silenciosa vinha pela frente. Ele abre as portas imensas e pesadas da biblioteca, mas tudo lá dentro está escuro. Harry procura pelo interruptor, mas antes de pressioná-lo, pequenas luzes se acendem, penduradas nas prateleiras. E bem diante  dele, estava Draco.

-Preciso te falar umas coisas.

-Fale.

Draco se aproxima de Harry e fica a centímetros do moreno.

-Me desculpa, eu fui um completo idiota. Eu tava cego por medo do julgamento das pessoas. Mas eu tô foda-se pra qualquer um. Meu foco é você, Harry Potter. Sempre foi você, e sempre vai ser. Eu sou extremamente gay por você, e eu te amo mais que qualquer pessoa nesse mundo. Preciso de você na minha vida, principalmente porque você é o equilíbrio dela.

Ele se apoia em um joelho no chão e pega a mão de Harry.

-Quero ser mais que a inimizade que tínhamos antes, quero ser bem mais que um rolo às escondidas. Você merece muito mais que isso. Harry Potter, quer namorar comigo?

Harry olha para Draco, sem acreditar no que estava acontecendo. Um conflito começa a surgir dentro de si, mas fortifica o pensamento que nada iria atrapalhar seu futuro com Draco.

-Eu quero namorar com você, Draco Malfoy.

Draco se levanta e puxa Harry pela cintura, enquanto ele passa os braços por volta do pescoço do loiro. Acontece um beijo calmo, mas com muito sentimento envolvido. Os dois se encaram e sorriem, ainda sentindo o calor um do outro.

-Senti saudade. -Fala o pequeno-

-Também senti saudade, Hazz. Te amo.

-Te amo mais.

Aquela noite na biblioteca foi leve. Não teve nada além de um beijo de saudade, só conversas, risadas, livros organizados e muitos abraços.

-Você já é assumido para a escola?

-Ainda não. Mas vou cuidar disso.

-Vá no seu tempo.

-Tudo bem.

O sino começa a tocar.

-Dez badaladas para estarmos no dormitório. Amanhã a gente se encontra no recreio?

-Aham.

Eles dão um selinho e se afastam.

-Boa noite, Dray.

-Boa noite, Hazz.

E cada um vai para seu lado do castelo.

Até a última badaladaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora