⸙͎ capítulo 5

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Braelyn sentiu um aperto no peito ao sair da casa onde acabara de ver seu tio morto. Cada passo que dava parecia pesar uma tonelada, e o ar ao redor dela parecia mais denso, como se estivesse presa em um pesadelo. Ela não conseguia tirar a imagem do rosto pálido e sem vida de seu tio da mente, e a sensação de choque e horror ainda a dominava.

O sol brilhava lá fora, mas seus raios pareciam incapazes de penetrar a névoa sombria que envolvia Braelyn. Ela inspirou profundamente, tentando afastar a sensação de desespero que ameaçava consumi-la. Olhou ao redor, vendo os pássaros voando no céu e as flores balançando ao vento, mas nada disso parecia real.

Com passos trêmulos, Braelyn começou a caminhar pela rua deserta. Cada esquina que virava parecia esconder novos terrores, e ela se perguntava se algum dia seria capaz de se livrar do peso daquela descoberta horrível. Sentia-se perdida e sozinha, incapaz de encontrar conforto em qualquer lugar.

Enquanto continuava seu caminho, Braelyn prometeu a si mesma que encontraria justiça para seu tio. Ela não descansaria até descobrir quem era responsável por sua morte e fazer com que pagassem por seus crimes. Era a única coisa que mantinha sua determinação intacta enquanto enfrentava o desconhecido que se estendia diante dela.

Enquanto caminhava sem rumo pelas ruas vazias, Braelyn permitiu que seus pensamentos vagassem por sua vida, cada vez mais parecendo miserável e sem sentido. Lembranças dolorosas e arrependimentos a assombravam, como sombras escuras que se recusavam a desaparecer.

Ela se lembrou dos momentos felizes que compartilhara com seu tio, agora manchados pela cruel realidade de sua morte. Lamentou não ter passado mais tempo com ele, não ter expressado o quanto o amava enquanto teve a chance. A culpa a consumia, misturando-se com o luto e o desespero que já a sufocavam.

Braelyn também refletiu sobre suas próprias escolhas e erros. Os caminhos tortuosos que havia trilhado, as decisões impulsivas que a levaram a lugares sombrios. Ela se perguntou se alguma vez seria capaz de se redimir, de encontrar uma luz no fim do túnel que parecia estender-se infinitamente diante dela.

O vento sussurrava palavras de desânimo em seus ouvidos, mas Braelyn se recusava a ceder ao desespero total. No fundo de seu coração, ainda ardia uma chama de esperança, frágil e vacilante, mas suficiente para mantê-la seguindo em frente, um passo de cada vez, mesmo que o destino parecesse tão incerto quanto as sombras que a cercavam.

Braelyn sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando avistou os policiais à distância. Reconheceu-os imediatamente como amigos próximos de Goldize, seu pai abusador. Seu coração começou a bater mais rápido enquanto uma sensação de pânico se apoderava dela.

Ela tentou desviar o olhar, esperando passar despercebida, mas os policiais a avistaram e se aproximaram rapidamente. Braelyn sentiu-se encurralada, sua mente girando em busca de uma rota de fuga. No entanto, sabia que não podia correr o risco de chamar a atenção deles.

—Olá, Braelyn——disse um dos policiais com um sorriso sinistro. —O que uma garota como você está fazendo aqui sozinha?

Braelyn engoliu em seco, lutando para manter sua compostura. Ela sabia que não podia confiar neles, que estavam ali para proteger os interesses de seu pai, não os dela. Mas também sabia que não podia mostrar seu medo.

—Apenas dando um passeio——respondeu ela, tentando soar casual.

Os policiais trocaram olhares significativos antes de um deles se aproximar mais, seu olhar se tornando mais penetrante. Braelyn sentiu-se como uma presa diante de um predador.

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⏰ Cập nhật Lần cuối: Jun 02 ⏰

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