Paixão Suspeita (+18)

13. Advogado

MELANIE RIVER

Fecho a porta e me viro para Adam, que não está com uma cara nada boa.

— Mel, quando precisar que alguém te traga em casa, pode me chamar - Ele disse

— Foi o Xerife que ofereceu Adam, não tem nada demais - Respondi

— Eu só... não confio nele.

— Não sei porque o motivo dessa implicância toda - Cruzei os braços

— Eu vejo o jeito como ele olha pra você, te comendo com os olhos - Meu rosto ficou vermelho com sua resposta.

— Você está viajando - Falei, logo mudando de assunto - Olha, eu to toda molhada da chuva, eu preciso ir tomar um banho

— Quer companhia? - Sorriu safado e se aproximou, colocando a mão em minha cintura e me puxando pra ele

— Adam... Eu to muito cansada - Respondi

Meu corpo estava em chamas... Mas por outra pessoa. E eu não conseguiria forçar nada com Adam agora por mais que eu quisesse tirar o Xerife da minha mente.

— Tudo bem, se mudar de ideia me liga, eu passo aqui depois do trabalho - Beijou minha bochecha antes de se afastar

— Ok - Sorri - Mas acho que vou tomar um banho e desmaiar na cama, te vejo amanhã?

— Sim - Acenou e saiu.

JAMES BAYER

No dia seguinte cheguei cedo na delegacia, me deparando com a habitual bagunça e movimentação das pessoas. Todo mundo estava trabalhando no caso de Gustav River.

Ao entrar em minha sala encontrei Franz lá novamente. Suspirei fundo, já imaginando o sermão vindo ou algum problema pra resolver.

— Bom dia - Digo - Algum problema?

— Depende, você é quem vai me dizer se isso é um problema

— Como assim? - Perguntei confuso

— Você anda muito próximo daquela garota, Melanie River... Vulgo, a única suspeita que temos no caso. Tem ideia de como isso pode pegar mal pra você, e pra ela?

Respirei fundo, tentando não ficar nervoso.

— Como falei Franz, estou fazendo a segurança dela

— Se é só isso mesmo, podemos designar outro policial pra isso, até porque você deve estar muito ocupado com o caso - Ele respondeu cínico

— Tudo bem - Respondi, afinal, se eu lutasse contra eu levantaria suspeitas.

Franz deu um sorriso forçado e se virou pra sair, mas parou por um segundo e se voltou para mim de novo.

— Bayer, escute um conselho de quem tem mais de 40 anos de carreira... Fique longe dessa garota se você quer manter o trabalho que tem.

Franz saiu da sala e me afundei na cadeira. O que me deixa mais puto é o fato de ele ter razão. Onde estou com a cabeça?

Se alguém souber do que aconteceu entre mim e Melanie isso vai se tornar um escândalo e a mídia com certeza vai usar isso a seu favor. Eu com certeza perderia meu posto de Xerife e o pior... Melanie correria o risco de ser condenada.

Minha mente está muito confusa agora com tudo isso. Eu sei que o certo é que eu me afaste dela, mas minha mente parece relutar contra isso. E por mais que seja difícil admitir isso, eu sei que não tem nada a ver com o meu plano inicial... eu já nem ligo mais pra isso. A verdade é que Melanie mexeu comigo mais do que deveria...

MELANIE

Ao chegar no trabalho, vejo Liza de conversinha e risos com um cara loiro super charmoso.

— Mel, finalmente você chegou - Liza disse animada

— Perdi o horário - Respondi me aproximando

— Tyler estava esperando por você - Liza aponta para o loiro charmoso. Faço uma cara de confusa.

— Melanie, prazer, sou Tyler Miller - Ele se levantou estendendo a mão e eu apertei, ainda confusa

— O advogado, Mel - Liza me explica

— AI MEU DEUS - Exclamei surpresa - Eu sinto muito, eu esqueci completamente que marquei de te encontrar hoje!

— Sem problemas - Tyler sorriu - Sua amiga me fez ótima companhia enquanto você não chegava

Liza sorriu envergonhada. Safada.

— Se quiserem se sentar para conversar, posso levar café pra vocês - Lizza ofereceu

— Obrigada Liza, você é perfeita. - Respondi e caminhei até uma mesa, sendo seguida por Tyler.

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Uma hora já tinha se passado e eu seguia explicando tudo pra Tyler. Ele me tranquilizou e disse que do ponto de vista jurídico eles não tinham nenhuma prova ou evidência para me incriminar, e que ele faria de tudo pra que esse processo corresse o mais rápido possível e eu me livrasse disso. E também para que a minha segurança fosse garantida, por exemplo no caso dos repórteres cercando minha casa.

O alívio que eu senti depois de contratá-lo foi enorme. Esse homem é um anjo caído do céu.

— Se você tiver qualquer questão ou quiser conversar sobre o andamento das coisas, é só me ligar - Ele disse me entregando o cartão dele - Eu posso te encontrar quando quiser, vou ficar hospedado aqui na cidade por uns dias, naquele hotel no centro

— Tyler, eu nem sei como agradecer por tudo! - Eu disse

— Não há de que - Ele sorriu e continuamos conversando sobre coisas aleatórias, até que o sino da porta toca e claro, o homem que não sai da minha cola nem dos meus pensamentos passa por ela. James.

Seu sorriso convencido habitual não está em seu rosto e ele tem uma feição... como se estivesse triste ou abalado. Senti uma pontada em meu peito, pensando o que poderia ter acontecido.