Ep2- Mas...e Eu?

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Como já estava longe de casa e levaria um bom tempo de volta, oque custaria a certeza e ver se ele esta lá ou não...?
Subo aquela colina que parecia enorme a cada pedalada que eu dava mas finalmente consigo chegar ao fim, e a alguns pequenos metros estava a casa. Uma enorme casa e a ultima no caminho, já que mais a frente havia uma gigantesca lagoa...e parecia completamente abandonado aquele lugar...

Vejo jogado em alguns arbustos próximos o que seria um bicicleta em meio o escuro, e olhando para a casa, onde deveria ser o segundo andar, há uma pequena iluminação saindo de lá...
Mesmo com medo, entro na casa e sigo para onde havia visto a pequena luz, deixando meu amado velotrol lá fora.

Chego ao ponto de onde vinha a luz e vejo uma pequena vela iluminando o espaço, e vejo por perto dali algumas madeiras espalhadas e juntas em alguns lugares e espalhadas; Além de algumas paredes e piso inacabados, e de brinde muita poeira infestando todo o lugar!

E no meio a toda essa bagunça, um garotinho com a cabeça entre as pernas, aparentemente com frio por estrar tremendo e com apenas um fino cobertor...

Eduarda- Oi?...- digo e consigo chamar sua atenção.

Ele levanta bruscamente sua cabeça e consigo ver o quanto ele é branco e a vermelhidão em seus olhos e nariz, aparentemente por estar chorando. E quando ele percebe meu olhar sobre ele, rapidamente enxuga e limpa seu rosto e começa a falar comigo:

Xxx- Q-Quem é você? O que quer aqui?- pergunta ao me ver com a voz tremida e falha que não consigo diferenciar se era pelo frio, pelo choro ou pelos dois.- Não consegue perceber que quero ficar sozinho!?

Me aproximo mais, até ficar do lado do mesmo que se afasta institivamente mas assim que ele percebe que não vou o machucar, fica mais confortável ao meu lado. Como estava com minha gigantesca blusa de frio, que minha mãe errou na numeração, percebi que caberia nós dois dentro dela, então peguei e me aproximei mais dele e o cobri com uma parte da blusa.

Xxx- E-eu não tô com frio, O-obrigado...- diz, e mesmo assim não o ouço e continuo a cobri-lo.

Eduarda- Sei...- digo em tom de deboche, já que era visivelmente obvio o bater de queixo do mesmo.

Xxx- Eu estou bem! não quero sua ajuda!- Diz bem auto e se afastando bruscamente de mim.

Eduarda- Está bem!- digo com autoridade me levantando- Se você não quer minha ajuda, tudo bem! então não tem pavê de chocolate pra você!- Complemento tirando alguns pequenos tapawers de dentro do meu lado da blusa de frio, que continham um pouco de alimento.

Xxx- Isso é serio?- pergunta achando graça.

Eduarda- Do que está rindo seu bobo!?- pergunto me virando para encara-lo, brava com sua risadinha.

Xxx- Você é muito criancinha, só isso.- me responde calmo, o que me irrita um pouco mais.

Eduarda- E você acha que é oque!? você também é uma criança como eu, idiota!- Digo me aproximado dele, ficando em sua frente em pé.

Ficamos mais alguns estantes discutindo, mas logo a discussão pega um rumo diferente e começamos a conversar e nos conhecer. Descubro que seu nome é Yoongi, Min Yoongi para ser exata, que depois de um tempo conversando distraidamente e comendo o meu tão querido pavê de chocolate, Yoongi decide me contar finalmente a razão de ele estar ali.

Yoongi- Mesmo eu não te conhecendo muito ainda, acho que você merece uma explicação por ter vindo atrás de mim e ainda ter sido tão legal!- Se justifica o mesmo antes de começar a contar.- Meu pai, todos os dias ele aparenta que vai trabalhar, mas sempre que ele volta pra casa anoite, chega mais agressivo e com um cheiro muito forte.

What We Need - K. F. RosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora