F o r t y t h r e e

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Senti meu coração apertar e bater de um jeito que nunca havia sentido antes, assim que avião começou a se movimentar para realizar a decolagem e eu pude ver pela última vez, através da janela, o amor da minha vida aos prantos, jogada nos braços do...

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Senti meu coração apertar e bater de um jeito que nunca havia sentido antes, assim que avião começou a se movimentar para realizar a decolagem e eu pude ver pela última vez, através da janela, o amor da minha vida aos prantos, jogada nos braços do meu irmão mais novo.

Uma parte de mim, queria largar tudo e ficar ali mesmo, dizer pra ela que eu não iria mais embora e que a vida que eu tinha em Los Angeles não importava mais, pois foi antes de conhecê-la.

Mas, o amor requer esforços e talvez ainda não seja nossa hora de ficar juntos. Por isso, pedi para que não se mantivesse presa a mim e não passasse meses ou até mesmo anos, me esperando.

Já há alguns quilômetros de altitude, analisei Seattle pela última vez, antes de deixá-la. Mesmo tendo nascido e sido criado aqui, não sentia que pertencia a esse lugar.

Soltei um suspiro assim que meus pés alcançaram o chão e me dirigi até o portal de desembarque, podendo ver todos os meus amigos ali me esperando.

Meu quarto estava do mesmo jeito que eu havia deixado, a Hera engordou no mínimo sete quilos, porque o Michael ficou responsável por nela nesse tempo que eu fiquei fora e o mesmo disse que era facilmente manipulado pela bolinha de pelos e seu olhar fofinho.

Passei o resto do dia com o pessoal e só então percebi o quanto senti falta deles, de um jeito, eles acabaram se tornando uma família pra mim.

Ao anoitecer, voltei para o meu quarto e encarei as malas jogadas no chão, eu teria que desfazê-las, mas isso poderia esperar mais um pouco. A única coisa que tirei de dentro, foi uma foto polaroide que Nailea e eu havíamos tirado no dia em que invadimos a escola e ela ficou me assistindo jogar.

No mesmo instante, ainda com a foto em mãos, desbloqueei meu celular e disquei o seu número, esperando ansiosamente que a morena atendesse, mas todas as vezes caiu somente na caixa postal.

Nos dias seguintes, a mesma coisa aconteceu. Tentei de diversas formas ter algum contato, eu estava com saudade e precisava ouvir a sua voz doce, saber como foi o seu dia e até mesmo perguntar o motivo por qual ela estava me ignorando.

Semanas se passaram e eu ainda não havia conseguido fazer isso, então, acabei deixando todas as minhas tentativas de lado e tentei focar ao máximo em mim e nas oportunidades que eu recebi assim que voltei pra cá.

Certo dia, um número desconhecido me ligou e na maioria das vezes, eu não atenderia, mas resolvi fazer o contrário e senti meu coração quase saltar pela boca, assim que sua voz apreensiva soou do outro lado da tela.

Era ela.

A mesma havia me ligado para desejar os parabéns por ter vencido a luta, da qual eu vinha me preparando há meses e disse que estava orgulhosa. Passamos a madrugada inteira conversando e até mesmo deixei de ir comemorar com os meninos, só para não precisar encerrar a ligação.

Seu cabelo estava mais cumprido, a pele bronzeada porque a mesma tinha ido visitar uma parte da sua família que era do México e acabou se empolgando em tomar sol, já que em Seattle, os dias nublados são bem mais comuns.

Em algumas horas que conversamos, ela me fez sentir de volta tudo aquilo que eu não tinha mais conseguido em todo esse tempo que havia voltado pra cá. Nenhuma outra garota era com ela.

Não tive coragem de perguntar o real motivo por trás dessa ligação inesperada, nem o porque demorou tanto tempo pra acontecer. Eu só quis aproveitar o momento, pois havia tido duas vitórias no mesmo dia: a luta e minha garota.

Era incrível o efeito que ela ainda causava em mim e a forma como meu corpo reagia, principalmente quando a morena deixou a sua toalha cair acidentalmente, me dando visão do seu corpo nu perfeito totalmente a mostra.

É claro que a morena percebeu minhas pupilas dilatadas e meus lábios avermelhados e inchados, de tanto que eu os mordi automaticamente ao vê-la daquele jeito outra vez.

Depois de soltar uma risada, sua mão deslizou pelo seu corpo de um jeito provocativo, fazendo com que meu membro pulsasse dentro das minhas calças e quando percebi, estávamos fazendo sexo virtual. E mesmo estando tão distante, consegui sentir muito mais prazer do que com todas as últimas garotas que eu tinha me relacionado.

Não tive coragem de apertar o botão vermelho para desligar, então deixei que ela fizesse isso. Antes que eu pudesse terminar de me despedir, a mesma me interrompeu, dizendo que já estava cansada de despedidas quando se tratava da gente e eu consegui sentir sua dor através do timbre da sua voz.

Quando o silêncio tomou conta do quarto, me revirei na cama e adormeci com um sorriso enorme no rosto. Mas, ele se desmanchou na manhã seguinte, assim que seu número foi dado como inexistente em todas as vezes que eu o disquei.

Tínhamos voltado a ser desconhecidos, mas dessa vez, com várias memórias de uma noite cheia de saudade.

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my brother's girlfriend - vinnie hackerWhere stories live. Discover now