Sealed Love ❃ (l.s) ABO

ꕤ Prólogo

Em 1500 uma guerra se instalou e assombrou as terras europeias, a cavalaria e poder bélico francês não eram o suficiente para conter a ira dos Reinos Unidos. Desde que França tinha tentado tomar parte das terras colonizadas de Inglaterra, os territórios decretaram fim das diplomacias, não havia rei ou acordo comercial capaz de diminuir a fúria entre as realezas, levando isso para os campos de batalhas ensanguentados de corpos de militares caídos, os bombardeios aconteciam em alto mar, dezenas de milhares de famílias dizimadas por uma guerra que não parecia ter fim.

Vinte anos de guerra foi o suficiente para que o luto se tornasse uma emoção comum, soldados eram enviados todos os dias sem uma promessa de retorno. A guerra ainda era uma realidade, todos os interesses políticos e econômicos voltados em torno dela. O período que foi nomeado na história como "Anos de Sangue" fazia jus a nomenclatura, pois todos os quatro cantos dos territórios Unidos e Franceses eram marcados por soldados abatidos e uma grande carnificina. As coroas estavam em guerra, ainda era um desejo de todas manter o território litorâneo inglês, a promessa de que havia minérios preciosos prontos para serem escavados naquela região fazia com que todos continuasse com aquela guerra visando um lucro inimaginável no futuro.

No entanto, a França enfraqueceu, lutar por tantos anos contra quatro coroas era árduo, e os recursos francês estavam decaindo gradativamente, perdendo soldados, perdendo dinheiro e perdendo aquela guerra a cada dia. As tropas recuavam a mandado do rei Luís XV, e seus inimigos regozijavam ao voltar para casa como vencedores de uma batalha que não tinha sido lutada. Aquilo era uma enorme vergonha para a família real e toda a França estava em consternação, já era um fato conhecido que teriam que trazer seus militares para casa, uma ordem estava perto de chegar, seus meios navais deveriam mudar suas rotas para que enfim o rei assinasse uma carta declarando rendição e uma derrota nada honrosa depois de anos de batalhas inúteis e vidas perdidas.

Mas antes que tal carta fosse escrita a próprio punho real, a diplomacia do País de Gales acompanhada dos comitês diplomáticos de todo o Reino Unido surgiu com uma proposta indecente porém vantajosa para ambos, percebendo que a França não teria outra alternativa a não ser a rendição, os inimigos foram compassivos. Eis que a guerra seria encerrada em comunhão se a realeza francesa aceitasse um acordo de união matrimonial em troca de apoio bélico, econômico e político. A aliança entre França e Reino Unido não seria somente feita através da diplomacia mas sim da mistura de sangue e genética.

Afinal, era de conhecimento global que a família francesa dispunha da melhor linhagem de ômegas existente, tinham uma genética tão ímpar que mesmo atados a alfas geravam descendentes ômegas aos montes. E na realidade de todos, ômegas eram somente uma pequena parcela mundial, somando apenas 3% da população terrestre, e quando algo é raro e dificilmente encontrado aquilo é valorizado e desejado, assim como os minérios de ferro e territórios, ômegas eram um interesse de todos. Nas vivencias sociais ômegas eram cultuados como divindades em vida, adorados feito anjos, alfas e betas se curvavam em respeito e deslumbre. E o Rei Luís XV tinha quatro filhotes ômegas prontos para se casarem, quatro pessoas que colocariam fim a uma guerra de vinte anos, alguns deles nasceram em meio a batalha, e agora cumpririam seu papel.

Depois que o acordo foi definitivamente selado, as nações comemorar o fim da guerra e os casamentos realizados, não se tratava de amor ou romance, faziam em prol do país em que viviam e de seus interesses. Sendo assim, com a divisão de riquezas entre todos os territórios e acordos políticos, a França e o Reino Unido voltaram a coexistir, de maneira amistosa agora que seus sangues estavam se misturando. Por esse motivo o acordo matrimonial foi sendo modificado com o passar dos anos e se estabeleceu que pela boa convivência e acordos feitos entre eles, o casamento deveria acontecer somente a cada três gerações e o descendente francês poderia avaliar as propostas dos pretendentes dos quatro reinos do Reino Unido.