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Harry acorda mais cedo que o vampiro naquele entardecer, com o seu estômago roncando, reclamando a alimentação relapsa da fatídica noite anterior e obrigando-o a levantar para não despertar o outro com aqueles sons. Ele observa-o por alguns instantes antes de sair do quarto, entretanto, observando-o tão lindo daquela maneira e parecendo inofensivo, com as pálpebras tranquilamente fechadas e os cílios estupidamente belos adornando as maçãs-do-rosto jamais ruborizadas naturalmente, com seus lábios beijáveis entreabertos e os cabelos desarrumados no travesseiro parecendo pedir por carinho.

Aquela poderia ser sua visão sempre que acordasse e ele seria imensamente feliz.

Suas vestimentas do atelier permaneciam nas caixas, ainda esquecidas na entrada da casa, ele arruma-as num cantinho quando sai usando as mesmas de sempre: calças jeans folgadas, camisa branca e os tênis pretos que usava quando saiu para a caçada, carregando uma nota deixada na bancada para comprar, numa padaria próxima, os crepes franceses que ele adorava.

Quando retorna ao apartamento após alguns breves minutos, o cacheado encontra o vampiro acordado, esperando por ele com a chaleira já no fogo para o preparo do seu costumeiro chá britânico. Seu estômago ronca novamente, anunciando, e o outro esboça um pequeno sorriso, compreendendo o motivo para esse ter deixado a casa tão cedo e perguntando-se o que teria comido ontem, pois provavelmente não saíra e os armários não apresentavam muitas opções, assim, a culpa por ter deixado subitamente a casa só aumenta, mas ele não aparentava estar magoado por isso quando sorriu na sua direção como sempre fazia:

- Olá – Harry coloca os crepes quentinhos e o troco no balcão, inseguro sobre a maneira como deveria agir, mas aproximando-se do outro vagorosamente.

O cacheado beijaria sua bochecha como fizera inúmeras vezes, mas o imortal vira o rosto no momento perfeito para capturar seus lábios num beijo delicado, saboreando seus lábios durante demorados segundos de ternura que os deixam sorridentes ao separarem o carinho. Harry não resiste à tentação de beijá-lo novamente, derretendo em seus braços quando esse aprofunda o contato, um carinho suave nos cachos de sua nuca deixando-o arrepiado.

Tomlinson mantém o humano com facilidade em seus braços ao dominar o beijo, admirando a fragilidade demonstrada naquele gesto íntimo quando esse se entrega completamente ao beijo apaixonado e repleto de sentimentos ainda não verbalmente confessados, pois nenhum deles encontrava as palavras que explicariam a beleza de adorar com aquela intensidade – a beleza de sentir-se completo enquanto também se doa por completo, pura adoração. O ósculo é partido quando o humano libera um gemido baixo involuntário, observando assim os preciosos rubis enquanto recupera o fôlego, seus róseos lábios atraentes ao mais velho enquanto deseja tomá-lo novamente, acariciando sua face com beijos que descem à mandíbula e ao pescoço.

Seu pescoço alvo era uma área sensível, principalmente quando tocado pelos lábios frios que escondiam as presas afiadas que já haviam rasgado facilmente a tez delicada daquele ponto em distinto, embora não houvesse cicatriz alguma remetente à ocasião, mas ainda assim o jovem estremece e suspira quando é acariciado no ponto da mordida, inconscientemente tombando a cabeça para o lado e expondo a região. Louis encontra enorme controle para inspirar o aroma delicado que emanava do parceiro, para beijar seu pescoço carinhosamente e ainda assim não cravar suas presas para provar novamente de seu sangue.

Harry suspira longamente quando o vampiro se afasta, tateando a própria pele e exibindo as esmeraldas quando o olha novamente, assim inclinando-se para depositar um breve selinho nos lábios finos desse antes de tratar dos crepes comprados, pois seu estômago continuava com as reclamações embaraçosas. O recheio começava a esfriar:

ᴡʜᴇɴ ɢʀᴇᴇɴ ᴇʏᴇꜱ ᴍᴇᴇᴛ ʀᴇᴅ ᴏɴᴇꜱ • ʟᴀʀʀʏWhere stories live. Discover now