Carry On

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Harry POV

O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, n°4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado.

Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.

Até que eu cheguei...

- Sem varinhas, - Petunia Dursley, mais conhecida como minha tia, enumerava, enquanto apontava seu dedo absurdamente fino e ossudo na minha direção. - vassouras, sem feitiços, sem aquela droga de coruja que sua mãe fez questão de enviar, sem brincadeirinhas mágicas, sem enviar cartas para seus amigos anormais, sem...

- Sem respirar? - eu disse arrogante.

- Não seria uma má ideia... - Válter Dursley dizia de trás do jornal enorme aberto em suas mãos.

- Estranho... - Duda, meu primo, disse passando por mim torcendo o nariz como se minha presença contaminasse o local.

- Fará tudo que eu e seu tio mandarmos. Você tem mais do que agradecer da minha generosidade de te permitir ficar aqui. - Petunia pegou sua bolsa em cima da mesa e só aguardava Válter para que eles fossem levar Duda para a escola.

- Onde é meu quarto? - perguntei e então me arrependi.

Válter sorriu com maldade naquela expressão maníaca no seu rosto feioso quase púrpura.

- Bem... - ele foi até a escada.- aqui! - ele deu duas batidinhas na porta em baixo da escada.

A porta se abriu e eles me empurraram lá para dentro junto com um monte de tralha e poeira.

Pelo menos agora tinha uma coruja, Edwiges, que minha mãe havia me dado de aniversário antecipado para me fazer companhia na casa dos Dursley.

A propósito...

Deve estar se perguntando como vim parar aqui.

Longa história...

Minha mãe e meu pai foram chamados pelo ministério para depor sobre Snape e provar que não compactuavam com nada que ele fazia.

Snape havia sido pego pelo ministério alguns meses atrás e meu pai disse que "precisava ter uma conversinha com o morcego rabugento".

Não podiam me levar com eles e não sabiam quanto tempo aquilo podia demorar então me mandaram para passar o resto das férias com meus tios.

Resumindo, para passar alguns dias no inferno só pela experiência.

Também, de acordo com meu pai, o mundo trouxa era mais seguro para mim agora devido às situações atuais.

Mas até os trouxas já estavam percebendo que algo estava errado após uma "explosão misteriosa" em Londres.

Grindelwald havia aparecido na TV como o misterioso homem que saiu correndo do meio da explosão.

Queria muito ter ficado com meus padrinhos mas infelizmente Remus teve que ir prestar o exame para conseguir ensinar legalmente em Hogwarts no ano que vem.

Sirius é claro, como o bom cachorro que é (literalmente), foi junto com ele e meus tios eram o "melhor" que eu tinha.

Poderia até não ser tão ruim tirando o fato de que era sim uma droga.

Até Edwiges parecia triste em estar naquela casa.

Eu não sabia direito como iria conseguir ir para Hogwarts naquele ano.

Inimigo do quarto ao ladoWhere stories live. Discover now