Lunna Harper sonha em ser psicóloga e ajudar as pessoas com isso. Há dois anos ela perdeu sua mãe e a relação com seu pai não é das melhores. Ela encontrou conforto em Jesus, que a ajudou a passar por tudo isso.
Finn Lewis, o vizinho do apartamento...
19 de Janeiro. Segunda, 08:00 am. York University, Toronto.
Eu estou neste momento indo para minha segunda aula da faculdade. Eu estou no terceiro ano da faculdade de psicologia. Faltam só dois anos para eu terminar, não vejo a hora de poder montar minha própria clínica.
— Lunna! Me espera! — Mary gritou atrás de mim.
Mary era minha única amiga, nós não éramos tão chegadas, mas até que nos dávamos bem. Tirando Mary, eu não tinha nenhum outro amigo, apenas colegas. Sim, eu sou meio anti social.
— Oi Mary! — sorri mesmo estando com preguiça de fazer tudo hoje.
— Vamos pra aula juntas. — ela falou andando ao meu lado. — Eu estava procurando por você. Onde você estava?
— Bem aqui. — ela deu uma risada. Mary deu de ombros e prosseguiu.
— Vamos fazer o trabalho de Ética juntas? — ela perguntou.
— Pode ser. — respondi tímida.
— Beleza, sábado que vem então você vai na minha casa, ok?
— Ok. — entramos juntas na sala.
Me sentei em meu lugar e logo o professor entrou dando bom dia e mandando os alunos abrirem os livros para a aula de hoje.
[...]
Saí da faculdade e fui direto pra casa. Eu tinha um intervalo de uma hora e meia entre sair da aula e ir pro trabalho, mesmo os dois não ficando muito longe do meu apartamento, eu não podia desperdiçar tempo.
Fiz um almoço rápido e tomei um banho. Peguei uma calça jeans peluciada, uma blusa preta de manga comprida e um casaco térmico. Coloquei uma touca e uma luva com minha bota preferida. Quando já estava pronta, saí de casa e fui direto para a biblioteca onde eu trabalhava.
Eu amava trabalhar lá, os donos eram um casal de velhinhos super fofos e simpáticos. Eles cuidavam muito bem do lugar e tratavam muito bem seus funcionários. A tarde passava rápido quando eu ficava organizando os livros e às vezes dando umas espiadinhas na sinopse de alguns deles. No final do expediente eu já havia feito todo o meu trabalho e podia ir pra casa.
[...]
Cheguei no meu apartamento muito cansada e fui direto tomar um banho quentinho. Saí do banheiro vestindo meu roupão de dormir com pantufas de panda nos pés. Fiz um chocolate quente e fui até meu quarto, logo me sentando na escrivaninha para estudar pois havia uma prova chegando. Essa prova era muito importante, pois era a última prova do semestre, então eu tinha que me dedicar a ela.
Fiquei até às 21:30 mergulhada nos livros da faculdade. Quando sai do quarto não sabia nem onde eu estava mais. Ok, talvez eu esteja exagerando. Minha barriga começou a roncar de fome, então fui até a cozinha à procura de algo para comer. Abri a geladeira e peguei um pudim de leite condensado que fiz ontem.
Voltei para meu quarto e peguei minha Bíblia. Abri no capítulo do devocional de hoje e refleti sobre. Depois de uma oração, peguei meu violão e comecei a tocar.
Why do I love God?
'Cause when He loves me
I feel like I'm floating
When He calls me chosen
I feel like somebody with purpose
He changes me
I'm a new creature
He will always be
my favorite form of love
(N/a: não sei quem é o autor, eu achei no tik tok, se alguém souber por favor me avisa)
Escrevi esses versos num papel e fiquei satisfeita com o resultado, comecei a criar um ritmo com o violão e no final já tinha uma breve canção. Eu amo quando consigo escrever assim, parece que foi diretamente inspirado por Deus.
Coloquei meu violão no lugar dele e fui até a cozinha para pegar minha garrafinha de água. Tomei um gole e voltei pro quarto, colocando a garrafa na minha escrivaninha e depois apagando a luz. Me deitei na cama e me cobri com minhas mantas. Sim, com certeza precisava de mais de uma manta porque estava muito frio, mesmo tendo aquecedor no meu apartamento. Me arrumei em uma posição confortável e fechei os olhos. Logo um flashback do dia passou em meus pensamentos.
Sem nem perceber, eu comecei a pensar no homem do apartamento ao lado, eu sentia algo diferente nele, sentia que ele estava passando por algo que o incomodava mas sempre tentava disfarçar isso. Por que ele era tão reservado? Por que ele vivia tão solitário daquele jeito? Essas dúvidas pairaram na minha mente, eu precisava de respostas, talvez ele estivesse precisando de ajuda. Ou talvez eu esteja apenas me preocupando com uma pessoa que eu não conheça sem nenhum motivo. Decidi afastar os pensamentos e logo adormeci.
Continua...
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***
Notas da Autora (N/a)
Oii gente! Tudo bem?
O capítulo de hoje foi meio curtinho, mas espero que tenham gostado :)
