Contexto

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Inicialmente, importante ressaltar que, apesar de se tratar de uma história verídica (sobre o meu ponto de vista, haja vista que os fatos sempre mudam de acordo com a perspectiva de quem vê e conta), vou usar nomes fictícios, por motivos que ainda não vem ao caso.

Para falar a verdade, nunca fiz tratamento contínuo com nenhum psiquiatra. O que me diagnosticou e me receitou, eu só fui uma vez. O que é bizarro pensar que você fica com esse "peso" que é ser diagnosticada com depressão por ter ido em uma consulta de tipo 15 minutos com uma pessoa que não te conhece (nem está a fim de conhecer, "pois não é psicólogo", mas isso fica para outra história, ou não).

Enfim, meu nome é Nina, tenho 24 anos (hehehe), e fui diagnosticada com depressão quando eu tinha 17 (dezessete) anos, eu acho(?). Desde os 12 eu desconfiava que eu tinha alguma doença mental, diante do meu excesso de sensibilidade (geralmente em face de um conflito eu choro MUITO), contudo, apesar de uma condição financeira que permitisse o tratamento, meus pais eram desidiosos. Em verdade, às vezes eu sinto que não tive educação nenhuma, ou quase nenhuma por parte dos meus pais, e diante disso, por muito tempo não conseguia perceber que coisas simples eram certas ou erradas (o que chamamos de bom senso). Porém, provavelmente se meus genitores não fossem tão desleixados, eu nem teria essa enfermidade para começo de conversa (que também fica para outra história, ou não kk).

Bem, eu sou da cidade de Truce, mas acabei indo para Zeal estudar, e aqui que se passa as mini histórias que irei contar hoje.

Eu fui para esse psiquiatra umas 04 (quatro vezes), o Dr. soninho. A primeira vez que me consultei com ele falei da minha história de vida hiper dramática (parece novela mexicana) enquanto caia aos prantos, até que ele dormiu kkkk. Eu, como uma pessoa empática que aguardei ele acordar, o que não demorou muito, foi rápido e demorado ao mesmo tempo (um exemplo que situações rápidas e demoradas ao mesmo tempo: esquecer de uma fala em uma apresentação; ser assaltado; sofrer um acidente, etc). O celular do Dr. soninho tremeu (acho que ele recebeu uma mensagem no whatsapp ou algo assim), e logo ele acordou como se nada tivesse acontecido e eu continuei minha consulta e ele me receitou.

Eu sou aquele tipo de pessoa (atualmente, e, na época dessa consulta), bem razoável que tende a não exteriorizar o pior, nem para fofocar, mas na minha cabeça pensei "será que ficou jogando o dia todo, pois ele é psiquiatra, será que tem plantão? Estamos em uma segunda a tarde na capital... enfim né". Tanto que acabei voltando para ele, apesar de tudo (e porque ele aceitva meu plano de saúde).

Consultório do psiquiatraWhere stories live. Discover now