13- Droga de encontro inesperado!

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Olhos muito azuis como as águas do oceano me encaravam. Ele sorriu para mim. Um sorriso tão lindo e descontraído. O vento batia em seus cabelos o jogando para frente. Ele estava se afastando de mim. Correndo por uma campina vasta e florida. Sua risada alegre ressoou em meus ouvidos. Tão linda quanto o som de sinos do vento. Corri atrás dele achando graça. Porém quanto mais eu corria mais ele ficava longe de mim. Parei abruptamente. Algo me prendia no mesmo lugar. Olhei para baixo e tinha água sob meus pés. Água fria e azul como os olhos dele. Então mãos frias e finas, com longas unhas vermelhas seguram meu tornozelo e puxa para baixo. Para dentro da água. Entrei em desespero e tentei nadar para cima. Eu consegui vê-lo na superfície, me observando enquanto eu afundava no abismo escuro e frio.

O ar começou a escapar dos meus pulmões... Era sufocante, opressor e me acordou.

Abri os olhos com o coração acelerado assim como minha respiração. Pisquei muitas vezes para a claridade. Tentei me mexer mas eu estava soterrada por Tomas Harrington. Ele estava todo enrolado em mim. Dormia profundamente com a cabeça no meu peito, o braço por cima do meu corpo, segurando-me firme junto a ele. Uma de suas pernas estava enganchada na minha.

Ele estava me espremendo com o peso do seu corpo. Meu corpo era pequeno comparado ao dele. Tomas era pelo menos 30 centímetros mais alto que eu.

Tentei me desvencilhar e estiquei o braço até a mesinha de cabeceira para pegar meu celular. O relógio estava marcando 8 horas. Dia vinte e oito de julho.

Espera! Vinte e oito ? Merda.

Levantei de um pulo e isso fez Tomas acordar. Merda!

Entrei no banheiro correndo e escovei os dentes. Merda! Como eu pude me esquecer ?

Voltei para o guarda roupa e abri as portas. Escolhi um saia preta até os joelhos e uma blusa de botões na cor creme. Bem elegante e formal.

Procurei meus saltos e só achei um.

- Ah merda - xinguei. - Cadê ? Ali - achei ao lado da cama.

Dei uma olhada em Tomas e ele estava deitado com os braços atrás da cabeça, e um sorriso no rosto. Estava se divertindo a minhas custas o filho da mãe.

- Vê algo engraçado senhor Harrington ? - perguntei irritada.

- Você é uma graça senhorita Lavi - ele disse dando risada e eu revirei os olhos para ele.

- Estou atrasada para minha entrevista de emprego e você está ai rindo de mim?

Voltei correndo para o banheiro e prendi o cabelo todo desgrenhado em um coque bem firme no alto da cabeça. É o melhor que eu podia fazer.

- Você não colocou o despertador para tocar ? - ele perguntou da cama, ainda achando graça.

- Me esqueci completamente. Quando você me distrai a noite inteira fica difícil lembrar das coisas.

Não consegui evitar o sorriso ao lembrar da nossa noite.

Voltei para o quarto. Parei junto da cama, coloquei uma mão na cintura e apontei um dedo para ele.

- Pode ficar ai rindo de mim, alguém aqui ainda tem que trabalhar muito para ganhar a vida - falei irritada.

- Ei eu preciso trabalhar também para ganhar a vida - rebateu ele, e se levantou da cama.

Ele pegou a calça jeans no chão. Vestiu, depois a camiseta e os sapatos. Em cinco segundos ele estava pronto.

- Tã dã - ele disse divertido, como alguém que acabou de fazer um truque de mágica muito bom.

Me deixe te conhecerWhere stories live. Discover now