Ainda não é o ponto final

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Eu deveria saber

Que eu partiria sozinha

Isso só mostra que você só sangra o sangue que você deve! 

Nós éramos um par

Mas eu te vi lá

Foi demais para suportar

Você era a minha vida, mas ela está longe de ser justa

Eu fui idiota por te amar?

Fui descuidada em ajudar?

Estava óbvio para todos os outros?

Chris avançou pela ponte, continuou matando os que surgiam em seu caminho, mas havia um inimigo em particular escondido esperando o momento certo, que ele não esperou, ele não imaginou.

LISBOA PORTUGAL – NAQUELE MOMENTO

Luize estava na cozinha preparando um chá, sentia um pouco de mal estar enquanto Naty cuidava de Nicholas na sala, no bebê conforto. Tom estava no escritório trabalhando em alguns contratos, mamãe estava atendendo alguns telefonemas inclusive do meu pai.

Aquele clima tenso na casa dos Morris era algo angustiante demais, ninguém havia descansado desde então, nesse exato momento sabiam que duas equipes estavam em Dhaka tentando nos trazer em segurança para Los Angeles, mamãe estava apreensiva, Tom preocupado, Luize mal comia nem dormia, Naty mantinha-se firme por Nicholas, que mesmo sendo ainda apenas um bebê, sentia a tensão ao redor e só queria estar no colo do pai ou da mãe, manhoso com tudo. Hill a governanta preparou uma refeição reforçada para eles, porém ninguém tinha cabeça para comer ainda sim ela insistiu para que todos comessem um pouco, ficar naquela angústia não me ajudaria sobreviver e então mamãe concordou comendo algumas garfadas da salada sentindo suas lágrimas silenciosas. Tom aceitou apenas um café lá mesmo no escritório e Nicholas cochilou após mamar. 

Luize subiu para deixá-lo em sua suíte, na cama deles. Ajeitou alguns travesseiros ao redor do pequeno que dormia tranquilo, pelo menos alguém estava confiante e tranquilo, ela riu de lado e ergueu-se olhando algumas fotos no suporte da parede, havia de todos da família, sentiu um aperto de saudade e tristeza ao me olhar naquelas fotos, se aproximou pegando um dos porta retratos era nós duas em minha formatura, com amigos e professores.

- minha pequena, que saudade! Volta pra gente bem – pediu beijando a foto, sentiu as lágrimas novamente.

Ficou ali envolta em sua angústia e tristeza ao lembrar-se dos nossos momentos de minha infância e de quando ela cuidava de mim ainda solteira em casa, de como fiquei feliz quando ela conheceu Thomas e se apaixonou, como chorei de emoção quando ela me contou da gravidez, como tinha sido emocionante me ver segurando Nicholas pela primeira vez no colo, agora só queria me ver novamente em casa e bem.

- querida? – Ela ouviu a voz de Tom, que a olhava da porta. Um ar cansado, mas carinhoso.

- Hum... – Ela apenas enxugou o rosto e sorriu.

- ei... – Começou ele entrando, foi até ela a abraçando com amor e ternura – Any vai voltar para casa, bem! E ficaremos todos bem, não fique assim meu amor. – Beijou o topo da cabeça dela.

Luize descansou o rosto contra o peito quente e acolhedor do marido, sorriu mínimo agradecendo a Deus mentalmente por tê-lo, Tom foi a melhor coisa que já lhe aconteceu, que poderia estar ao seu lado naquele momento angustiante.

- amor... – Ela o encarou, os olhos marejados tão ternos.

- sim? – Ele segurou o rosto dela com as duas mãos em conchas, com um olhar meigo.

ResgateWhere stories live. Discover now