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Sebastian Graham


O clima de St. Cloud era fresco e com brisas frias, mas naquele dia, o sol resolveu brincar e aquecer a cidade.

As bochechas de Violett estavam coradas e os cabelos de sua nuca estavam impregnados na pele. Mesmo tendo tomado banho a pouco tempo, gotículas de suor escorriam por sua testa. Ela bufou, irritada. Geralmente calor e sol deixam Violett irritada e pé da vida.

Caminhando pela casa, Violett desceu as escadas e foi para a cozinha, abriu a geladeira e pegou uma limonada bem gelada. Colocou no copo e tomou um grande gole, um suspiro satisfeito saiu de seus lábios quando a bebida gelada desceu por sua garganta. Limonada era a sua bebida favorita e ela nunca enjoaria.

Ela guardou a jarra com suco na geladeira e virou-se, pronta para sair da cozinha, no entanto, ela assustou-se ao ver Sebastian parado observando ela. Sebastian parecia um fantasma: ninguém o ouvia chegar e ele sempre aparecia do nada.

O coração dela batia descompassado.

— Babaca.

Os lábios dele repuxaram-se em um sorriso.

— Por que a ofensa gratuita?

— Você sabe muito bem — ela resmungou, passando por ele. — Nessa casa tem uma porta e uma campainha, Sebastian.

Ele a seguiu, como um cão de guarda.

— Eu olho para elas todos os dias, quando me abaixo para pegar a chave reserva embaixo do tapete — ele respondeu, jogando-se no sofá. — Aliás, todo mundo deve saber que embaixo daquele tapete tem uma chave.

— Você não tem nada com isso!

— Não mesmo, mas não me importo de expor a minha opinião — Sebastian olhou para o rosto corado de Violett. — Você está parecendo um tomate.

— Sebastian, vai cuidar da sua vida e me deixa em paz!

— A minha vida é muito sem graça, princesa — confidenciou sério, logo depois, abriu um enorme sorriso. — Sinto mais adrenalina quando estou cuidando da sua vida.

— Você é tão...

— Lindo? Gostoso? Maravilhoso? — ele a interrompeu. — Eu sei! Vejo essa belezura todos os dias em frente ao espelho.

— Você é insuportável — ela resmungou. — Vai fazer algo de útil. Vai contar carneirinhos ou vai ver quantos grãos de açúcar tem na sua casa.

— Eu adoraria, mas a sua companhia é muito agradável — teatralmente, ele suspirou, fingindo estar satisfeito. — Prefiro ficar aqui olhando para o seu cabelo roxo e a sua cara de quem dá golpe.

Ela piscou, indignada.

— Eu não dou golpe, Sebastian! Isso é mais a sua praia.

— Não, princesa, eu não dou golpe. Sou um mocinho para casar.

Uma gargalhada escapou da garganta dela.

TONS DE ROXO Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang