capítulo um

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Eram mais ou menos oito da manhã de sábado e eu voltava de mais uma semana de trabalho na cidade. Parei em frente a porteira da Fazenda dos meus sogros e lá estava ela, a mulher da minha vida abriu a para que eu pudesse passar e apesar de me mostrar um lindo sorriso eu sabia quem a havia mandado vir até mim. Valentina era a mulher mais linda e marrenta que eu já havia visto em toda a minha vida e, apesar do gênio forte, ela tinha um rosto tão angelical que as vezes até me fazia esquecer de tudo o que está acontecendo. Depois de passar a porteira, a ruiva pela qual eu era perdidamente apaixonado me olhou, novamente sorriu, desejou-me bom dia e simplesmente virou as costas e foi andando para a grande casa que existia ali. Entrei e ainda na varanda cumprimentei minha sogra, uma senhora de quarenta e cinco anos de olhos castanhos que seriam capazes de intimidar qualquer um a sua frente. Logo em seguida cumprimento com um aperto de mão o meu sogro, seu Raul parecia gostar muito de mim mas ao mesmo tempo fazia parecer que não queria que aquele casamento acontecesse. E não queria mesmo, me lembro como se fosse ontem da primeira em vez que Valentina e eu conversamos sobre isso, aquele dia senti como se toda a alegria do mundo houvesse se hesvaído. Não esperava saber assim em meio a sussurros por culpa do choro a minha noiva, a única mulher que eu amei na vida falar inconsolável que estava sendo obrigada a fazer aquilo e que amava a outro. Desde então não existe se quer uma só noite em que eu consiga deitar a cabeça no meu travesseiro sem que me cerquem aquelas palavras. Fui tirado dos meus pensamentos por minha minha sogra Catarina me perguntando se deveria colocar leite no meu café. Valentina nunca olhava nos meus olhos, penso que talvez seja por raiva, afinal, ela não queria este casamento. Mas como eu poderia não querer? Quem em sã consciência teria a coragem de olhar para essa mulher perfeita e não a querer em sua vida? Quem é que não se apaixonaria nesse rostinho lindo que ela tem? Impossível! Mas disse para ela que eu vou conquista-la, vou fazê-la me querer e ela iria me amar assim como eu a amo. Mamãe Frida era a mulher mais sabia que eu conhecia e sempre a escutava, mas dessa vez não, dessa vez eu não poderia concordar. -mas meu filho, ela ama outro, deixe a ir.- dizia ela tentando me convencer. -eu não posso, mãezinha, sem essa mulher eu jamais serei feliz.- mas ela não desistiu e perguntou me o que eu dizia para ela quando me declarava e sabia que ela se perguntava o por que de eu não a deixar ir e eu falei q a respondia simplesmente -por que amo-te. -afastei as lembranças para longe e continuei a saborear o bolo que dona Catarina disse ter feito especialmente para mim. -Maki deve está cansado filha, leve-o para descansar no quarto.- falou assim que terminamos o café da manhã. Valentina fez cara de quem não queria, mas não disse nada. E assim, em silêncio fomos em direção ao seu quarto. - Vamos olhar a lua hoje lá perto do lago?- perguntei firme porém temendo a sua resposta. -vamos.- ela se limitou a dizer. Eu costumava levá-la para ver o céu todos os finais de semana a noite e sempre tinha uma estrela que brilhava mais. Falei para ela que quando estou longe e sinto saudade olho para o céu e sinto como se aquela estrela brilhasse só para mim assim como um dia iria ter a minha amada só pra mim. Valentina sorriu. Pode parecer bobo, mas estou tentando conquista-la e ela ter soltado um sorriso com essa fala significa muito pra mim. Peguei no sono que nem vi a hora, acordei com uma voz doce me chamando e eu reconheceria aquela voz a quilômetros de distância. Era a mulher da minha vida. Já passava da hora do almoço mas a mesa ainda estava posta então nos sentamos e almoçamos. O dia parecia ter passado mais rápido que o normal e logo já estávamos em frente ao lago, sentamos no chão e mesmo um pouco apreensivo a abracei. Ela nem se mexeu e eu fiquei pensando no que eu faria pra ganhar o coração dessa marrenta. O casamento seria em seis meses, eu queria conseguir faze-la se casar feliz então decidi que a cada fim de semana que eu voltasse para cá faria algo diferente. Mesmo que eu pudesse dar o mundo para ela já imaginava que nada a compraria então investi em coisas que tivessem valores sentimentais. -Tenho uma coisa pra você.-eu disse fazendo a me olhar com curiosidade. Tirei então um cartão vermelho do bolso. -fui eu quem fiz e não tenho o mínimo de experiência com isso, mas queria que tivesse algo de mim nele e isso eu não consegui achar em nenhum dos cartões prontos que encontrei no lugar onde fui. -valentina ouvia enquanto abria o cartão para ler.

"Querida Valentina, sei que talvez você me odeie e sendo sincero, não te julgo por isso, sei que a maneira que começamos ou melhor a maneira que tentei começar não foi a melhor e eu juro pra você que se soubesse antes, se estivesse ciente de tudo ...

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"Querida Valentina, sei que talvez você me odeie e sendo sincero, não te julgo por isso, sei que a maneira que começamos ou melhor a maneira que tentei começar não foi a melhor e eu juro pra você que se soubesse antes, se estivesse ciente de tudo teria te deixado escolhas, mas como te deixar depois de ter olhado em seus olhos? Abrir mão da pessoa amada é para poucos, nem todo mundo consegue dizer: pode ir, e eu sou exatamente uma dessas pessoas que não conseguem. Mas eu juro que vou fazer de tudo, tudo mesmo para que você enxergue em mim uma pessoa que te ama e que quer ser amada por ti. Espero que um dia seja minha assim como eu sou seu e espero também que entenda que se eu estou insistindo é apenas por que amo-te".

Por que amo-teWhere stories live. Discover now