A Ruiva - Tom Riddle

Cortinas do amor

     Assim Tom aparatou em seu quarto com Maitê em seu colo, depositando-a sobre sua cama e saiu por fim. Ele não costuma dormir muito, e também não aguentaria ficar muito perto da mesma em seu território.

Narrado por Maitê

    Olho em volta e não reconheço meu pequeno chalé. Aonde estou? Esta pergunta ecoa em minha cabeça.
Provavelmente foi o maldito rosto bonito e misterioso, Tom.

   Eu sabia que não devia confiar nele. Mais uma lição, nunca confie em ninguém, Maitê. Eles devem ter construído uma torre enorme para que eu nao possa escapar.

   Me pergunto se ainda estou na Escócia. O estilo da roupa de cama não é escocês. O quarto nao parece ser feito na Escócia. Lá, eles usam muito verde, marrom, roxo e laranja. Mas aqui, cinza, branco, preto e vermelho. Não faço a mínima ideia de onde estou agora. Mas sei que ainda posso tentar fugir.

   Na Escócia, todos deixam uma varinha dentro de alguma gaveta caso haja invasões. Com certeza terá uma aqui, ha menos que tenham se lembrado disso. Consequentemente começo a procurar pelo quarto. Nada, nenhuma varinha, apenas livros de magia das trevas.

     Eu estou começando a duvidar de meu paradeiro. Minha família nao é muito envolvida com magia da trevas, alguns praticam e outros não.

    Testo a maçaneta da porta, e para a minha surpresa  ela está destrancada. Mamãe, papai ou seja la quem tenha me raptado, cometeu um grande erro. Sou ótima em fugas. Logo abro a porta, então a fecho novamente.

   Antes de sair, observei pela janela, é uma boa altura para morrer, mas eu não vou me casar, não se eu não amar a pessoa. Eu podia usar os lençóis e cortinas para descer, amarrar uns aos outros e então prender ao pé da cama. É claro, muito arriscado, então começo a andar pelos corredores ate escutar vozes em minha direção. 

-- O que acha de brincarmos um pouco com ela? -Perguntou a voz feminina.

-- Bella, você sabe o que ele disse..." Sem tortura. Se machucarem ela, receberão três vezes pior " -Respondeu a voz masculina, então percebi que estavam falando de mim, como consequencia me escondi atrás de um vaso de plantas. Ele era enorme, não teria como me ver.

-- Ele nem saberá... Apagaremos sua memória e não deixaremos indícios de tortura. - Insistiu a mulher.

-- Não. Não sofrerei por sua causa. - Repudiou o homem. 

     Eles adentraram o quarto pela qual acordei mais cedo, então após alguns segundos deixaram o cômodo com expressões brancas. Eu aproveitei o momento para correr para dentro do quarto novamente e com o auxílio de minha mágica fraca, fundir as cortinas e lençóis.

    Demorei apenas cinco minutos, logo eu ja estava respirando fundo a beira da janela. Então joguei a cortina e escorreguei pela mesma. Eu estava um pouco longe do chão, quando um feitiço atingiu a cortina,  cortando-a e me deixando sem nada para segurar.

Narrado por Tom Riddle ou Lord Voldemort

Eu mandei que Bellatrix e Lestrange busquem minha Maitê. Então cinco minutos depois contemplo os dois corpos adentrarem minha sala sem minha preciosidade.

-- M-Milord... Ela não está no quarto. - O homem murmurou abaixando sua cabeça. 

-- Quando adentramos seu cômodo pessoal, ela não estava lá. - Explicou a morena, abaixando seu tom.

-- Aonde ela está? - Questionei severamente, observando ambos tremerem de medo.

-- Nós... nós não sabemos... - Enunciou o outro, ainda com a cabeça baixa.

-- Então o que estão fazendo ai parados? Encontrem Maitê imediatamente! - Exclamei observando Bellatrix levantar sua cabeça. 

-- Mi-Milord... a garota! - Suspirou apontando para a janela, aonde uma angelical mulher portadora de fios ardentes e selvagens escorregava por panos, ou cortinas. 

Seus fios vermelhos dançavam com o vento enquanto suas mãos seguravam o doce tecido branco de minhas cortinas, escorregando por elas quase revelando partes que sua camisola não podia esconder.

Então antes que eu pudesse continuar deslumbrando  esta visão maravilhosa, Bellatrix lança um avada kedavra em minha Maitê. Sorte ou não, a maldição nao atingiu a mulher, e sim a cortina pela qual dependia, rasgando-a. Então a ruiva começa a cair enquanto gritos de desespero adentram os ouvidos de todos.

Aparato para o gramado antes que ela colida com ele, então Maite caí em meus braços, permanecendo de olhos fechados enquanto observo seu rosto esculpido por deuses.

-- Você está segura, princesa... - Murmuro observando-a finalmente abrir os olhos e fitar-me com submissão.

-- O senhor... por favor, não me entregue aos meus pais. Eu posso dar o que você quiser...  O-O que você quer? - Indagou desesperadamente.  

-- Você... - Ofeguei observando-a sem piscar, extasiado com seu rosto.

-- O que? Como assim? - Ela questionou confusa, era notável a confusão em seu rosto. 

-- Eu quero você, minha preciosa ruiva. - Respondi tocando o rosto dela.

-- Milord... - Ofegou Bellatrix, chegando ao jardim acompanhada de Lestrange.

-- Q-Quem é você? - Pergunta a encantadora ruiva, ao se afastar de meus braços.

-- Tom Riddle... Lorde Voldemort. - Ela caminha para trás, ainda observando-me, enquanto eu segui seus passos, até ela colidir com uma parede de folhas.

-- V-Você...O que quer comigo? - Perguntou assustada, se encolhendo.

-- Eu quero você, Maitê. Quero que seja minha. - Me estabeleço rente a ela, segurando seu rosto. 

-- O que quer dizer com " seja minha? " - Havia pavor em seu rosto. 

-- Eu quero que se case comigo... - Revelei observando as pupilas dela dilatarem.

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