A delegada 3° Temporada

Capítulo 31

Pov narrador

Assim que saíram do estacionamento, Sabina olhou para a base, a poeira cobria boa parte da visão, seu coração estava acelerado, e essa foi uma das únicas vezes que ela realmente sentiu medo.

Sabina já roubou várias cargas, já trabalhou para a polícia, namorou e casou com uma policial, bateu de frente com uma das maiores gangues que ela conhecia, e até mesmo já trabalhou para o presidente dos EUA. Mas em todas as encrencas que ela já se meteu, jamais havia violado um dos lugares mais seguros do mundo, e mesmo com todo seu grupo inteligente, era literalmente impossível eles escaparem das consequências que vem a seguir.

Sabina encostou a cabeça na carroceira, olhou para o céu, e em seguida fechou os olhos. Talvez seja Joalin quem está nesse momento nos pensamentos daquela mulher.

Sina tinha o olhar vago e preocupado, ela revezava a atenção daqueles lindos olhos de Krystian para Sabina. Deve estar pensando se era melhor ter morrido pro rex, morrer por ter invadido a área 51, ou escapar de tudo isso, e morrer pelas mãos da sua esposa.

Nour e Melanie estavam de cabeça baixa, talvez se perguntando o que aconteceria com elas. Tinham casa, um bom emprego, respeitadas, e agora, presas, provavelmente sem emprego e talvez mortas daqui algumas horas.

Krystian também estava mergulhado em seus pensamentos, mas foi arrancado deles e trazido para a realidade com uma forte pancada, um rugido alto, e o tiranossauro pulando o terceiro andar da base.

O Rex destruiu a parede de metal, e agora estava correndo atrás daquela caminhonete, que andava a passos de tartaruga.

— Porra vamos morrer! – Disse Sabina. — ACELERA A PORRA DESSA CAMINHONETE! – Ela gritou.

O motorista enfim olhou pelo retrovisor, e viu o animal correndo atrás deles.

— Solta a gente! – Sabina falou mostrando os pulsos algemados para um guarda.

— Não posso, são ordens! Vocês são criminosos e vão pagar por isso.

— Me solta agora seu estúpido, não tem como vocês cumprirem ordens se estiverem mortos!

Os guardas trocaram olhares, olharam para o Rex a apenas alguns km deles, respiraram fundo, e resolveram soltar Sabina e companhia.

Sabina rapidamente correu para a parte da cabine do lado do motorista, passou pela janela e sentou no colo do motorista.

— Vai sai daqui, me entrega a direção! – Ela disse afobada.

O cara estava petrificado.

— Moça, sai do meu colo, a gente vai morrer, eu não tô vendo nada!

— Vamos morrer com você nessa direção, sai debaixo de mim!

O cara com dificuldade afastou para o lado, e Sabina assumiu a direção da caminhonete.

— Saudades do motor do meu esportivo!

— Bem humilde você. – Sabina olhou para ele pelo canto do olho. — Meu nome é Alex. – Concluiu o garoto.

— Legal.

O garoto olhou pra ela, Sabina continuou focada em puxar com aquela caminhonete, o máximo que o motor permitia, o que não era muito.

— E você? Qual seu nome?

— Sabina.

— Ah legal...

Sabina revirou os olhos para ele. Olhou no chão do carro, e viu as duas armas que ela e Sina usaram para apagar os guardas e sorriu. Aquilo devia ser capaz de colocar um rex para dormir, ou não. Mas valia a tentativa.