CAPÍTULO - 4

315 63 175
                                    

" O destino é uma caixinha de surpresas "

~ Dylan Batchelor ~

Quando acordo pela manhã às 06:25, me espreguiço na cama e olho a janela ao meu lado, ela está um pouco aberta liberando espaço para entrar alguns raios de luz que gentilmente encostava no meu rosto, e percebo que o céu está radiante com seu azul sem fim e o sol parecia está de bom humor, pois é um dia que está um calorzinho leve, mas não tão quente ao ponto de fritar alguém como estava a uns dias atrás.

Com a maior preguiça do mundo de me levantar da cama, fico uns cinco minutos criando coragem e vergonha na cara pra deixar de ser um homem tão dorminhoco.

Depois de conseguir expulsar a moleza e criar um pingo de coragem, me levanto da cama e vou em passos lentos para o banheiro. Vejo no espelho o meu estado e percebo que a minha barba está meio grande. Que horror, pareço um homem das cavernas.

Com a mão toco na minha barba e resolvi aparar. Seguro o meu barbeador e começo o procedimento, em menos de 15 minutos está feito. Não tirei tudo, deixei ele com uma aparência de "Barba cerrada", como sempre faço. Em seguida faço as minhas necessidades matinais e tomo um banho.

Saindo do banheiro, coloco a minha roupa casual e vou para a cozinha. Como percebo que Gabriel ainda não tinha acordado, faço o café da manhã. Com os ingredientes que achei na geladeira e no armário, preparo panquecas com bacon e pra acompanhar um suco de laranja. Que particularmente gosto muito da fruta.

Com a mesa pronta, coloco a comida em cima e vou na cozinha pegar os talheres. Quando volto o Gabriel está de pé encarando a comida com um semblante sonolento, mas seus olhos mostravam que estava gostando da apresentação da comida.

— Minha nossa, isso aqui está com uma cara ótima! — Observou ele se aproximando da mesa.

— Fico feliz que gostou — Disse trazendo os talheres.

Quando termino de colocar os garfos e as facas nos seus devidos lugares, me sento na cadeira e o Gabriel faz o mesmo. Pego a minha parte e começo a comer.

— Caraca, isso tá bom demais — Falou Gabriel colocando mais comida na boca — Como consegui fazer pratos assim? — Ele pergunta.

— Ah, meu amigo, anos de prática — Digo me achando o próprio masterchef.

Na verdade, sempre que podia, cozinhava para a minha avó quando estava muito ocupada e cansada, desde que mudei pra casa dela quando ainda era um jovem adolescente. Mas com o passar do tempo passei a ser o cozinheiro da casa, pois a minha avó começou a ter uns problemas nas costas e também a ficar cansada frequentemente por conta da idade. Então acabei aprendendo a cozinhar e fui pegando gosto pela coisa.

— Aliás Gabriel, não era pra estar no trabalho agora? — Lembro olhando pro relógio.

— Hoje estou de folga, completei um ano de trabalho na empresa e agora estou recebendo as minhas férias — Diz com satisfação na voz.

— Fico feliz por você, mas é uma pena saber que você não vai estar por lá. Ficaria mais tranquilo em ter alguém que conhece e sabe como a empresa funciona pra me explicar um pouco como é. Sou totalmente novo nisso — Digo um pouco preocupado — Eu nunca trabalhei em uma empresa grande como essa antes.

Querida PatroaWhere stories live. Discover now