capítulo 23

92 4 2
                                    

Capítulo 23

_ Quem bom que você veio, Matheus!_ exclamava dona Chiquinha, abraçando Matheus, sem levantar da cadeira, quando ele se curvou para abraçá-la.
Ela ficou feliz ao perceber que Patrick não estava mais tenso. Matheus a parabenizou pelo aniversário.
_ Eu pensei que não viesse. A Renatinha disse que você estava cansado por causa do trabalho.
_ Eu estava mesmo cansado, dona Chiquinha, mas bateu uma saudade do meu amorzinho. Aí decidi vir._ Matheus dizia acariciando o rosto sorridente de Patrick. Ambos tinham brilhos nos olhos.
_ Você é muito sortudo, Matheus. Você não tem um companheiro, tem um tesouro. Esse menino vale ouro, viu. Cuide bem dele.
_ Eu vou cuidar. Prometo que vou cuidar muito bem do meu príncipe._ Matheus disse beijando a mão de Patrick.

Dá outra mesa, Rose apontava para o casal, mostrando a Renata.
_ Olha, amiga! O Matheus acabou tomando vergonha na cara e veio.
_ Eu estou por aqui com o Matheus. Não estou gostando nada do jeito que ele está tá tratando o Patrick. O menino é tão bonzinho! Não merece as patadas do meu filho. Mas, Matheus que me aguarde. Vou chamar ele no esporro legal!
_ Hum! Tô te estranhando, hein Renata! Justo você que vive mimando esse menino!
_ Tudo tem limites, Rose. Eu já vi o meu filho namorar e ficar com outros meninos e posso te garantir que nenhum ele amou como ama o Patrick. Nem o mesmo o Jonas, que ele achava que amava, quando, na verdade, era paixão. Com o Patrick é diferente. Ele ama de verdade e eles vivem uma relação saudável. É um amor que faz bem, Rose. Olha, eu te garanto que se o Matheus perder o Patrick, ele não vai aguentar.
_ Eu também sei que eles se amam. É um tipo de amor que se ama uma vez na vida. Mas, não há amor que aguente o temperamento difícil do Matheus. Espero mesmo que ele mude, porque torço pela felicidade dos dois.

O casal permaneceu na festa por mais uma hora. Patrick percebeu que o marido estava cansado e sugeriu que fossem para a casa.
_ Você tem certeza, meu amor? Por mim a gente fica o tempo que você quiser.
_ Eu quero ir pra casa._ Patrick afirmou dando um selinho em Matheus.

Matheus se aconchegou por baixo do edredom , abraçando Patrick, que leveu um leve sustinho, ao sentir as mãos geladas do marido sobre a sua pele.
_ Aí, amor! Suas mãos estão geladas!
_ Faz elas ficarem quentinhas._ Matheus disse dando um beijo no rosto de Patrick.
A TV estava ligada na série Alf, o eteimoso e chuva caia feroz do lado de fora.
_ Que porra de série é essa?
_ Alf, o eteimoso. É uma série dos anos 80. Eu sempre assisto antes de dormir.
_ Mais uma porcaria para a sua coleção de gosto de séries ruins. Será que essa é pior do que Friends?
_ Ah, principe,  você não se atreva a falar mal de Friends, que eu peço o divórcio.
_ Mas é um ruim mesmo!
_ Não é nada! Você é que não entende nada de série. Falando nisso...príncipe, eu sonhei que tinha virado hétero e me casado com a Mônica.
_ Casal perfeito. Dois chatos com limpeza. Mas, aí, quer dizer que o meu veadinho, sonhou que tava comendo boceta? _ Matheus pos o dedo debaixo do queixo, fazendo uma pose como se tivesse pensando._ E aí? Será que eu vou ter que transformar o meu pau numa xoxota e pintar o meu cabelo de preto pra poder te reconquistar?
_ Babaca!_ Patrick disse sorrindo e o abraçando pelo pescoço.
Matheus virou de lado e o beijou. Acariciava o seu rosto, enquanto saboreava a sua boca.
_ Hum! Que beijinho gosotoso, hein vidinha! Quero mais!_ o puxou novamente para outro beijo. Desta vez, com as mãos, mais aquecidas, Matheus pôs as mãos por baixo da blusa de Patrick, acariciando os mamilos.
Com a sensibilidade aflorada, Patrick gemia, tendo uma ereção.
Sentiu a mão do marido no seu pau e a seu pescoço sendo beijado. Fez o mesmo, pondo a mão no pênis de Matheus.
_ Eu te quero todinho pra mim hoje. Pode ser?
Patrick respondeu concordando com a cabeça, antes de ganhar outro beijo.
Conforme  era beijado e as mãos de Matheus passeavam pelo seu corpo, Patrick foi deitado na cama e o loiro ficou por cima.
_ Quer me comer ou quer me dar?
_ Eu quero te dar. Mas, vai devagar?
_ Pode deixar. Vou te comer com tanto carinho que você vai se sentir uma donzelinha. _ Matheus dizia com um sorriso tão doce, que aqueceu o coração do marido.
Um arrepio tomou conta do seu corpo quando sentiu Matheus retirar a sua blusa e beijar a sua barriga, enquanto tocava com a ponta dos dedos em seus mamilos, num movimento giratório. O loiro ergueu a cabeça em busca da boca do marido para um beijo longo e molhado. Beijo esse, que foi finalizado com uma mordidinha no lábio inferior de Matheus.
Ergueu o pescoço para o lado, facilitando para que Patrick o beijasse, sentindo o seu corpo arder em desejo.
Despiram-se entre beijos e carícias. Suas mãos  e bocas saboreavam os seus corpos. Seus membros estavam rígidos, desejosos um do outro.
Matheus ajudou Patrick a ficar deitado de lado, ele se deitou ao seu lado com a cabeça em direção aos seus quadris. Sentiu o pau ser segurado delicadamente pelas mãos do ruivo, e a ponta da cabeça do pênis ser beijada, antes de ser engolida. Matheus fez o mesmo e ambos se deliciavam no sexo oral.
Patrick tremeu de nervoso, quando percebeu que sua ereção havia finalizado antes do tempo. Mais uma vez, se sentiu envergonhado.
_ Me desculpe, amor! Me desculpe!_ disse quase choroso.
Matheus deitou em seu peito e beijou os seus ombros, em seguida acariciando o seu rosto, afastando a franja da testa. Olhava-o com ternura.
_ Eu não sei o porquê isso acontece comigo! Será que nunca mais vou ter uma ereção decente?
_ Claro que vai, meu bem. Eu vou marcar uma consulta para cuidarmos disso.
_ Eu só queria te dar prazer.
_ Mas, você me dar prazer! Você é muito gostoso! Eu estou fervendo aqui._ Matheus o beijou._ Eu não quero que se preocupe com nada. Relaxe, que vou meter gostoso nesse cuzinho.
Matheus o virou de costas, pondo duas almofadas por baixo dos quadris de Patrick, para que o seu bumbum ficasse arrebitado. Beijou-o, lambeu e acariciou. Abriu as abas, beijando a rodelinha, fazendo Patrick gemer. Em seguida, deslizou a língua pelas bordas e aprofundou se movimentando, enquanto tocava no próprio pau.
O ruivo se retorcia, gemendo e mordendo lábio,  apertando a fronha com as mãos. Vibrou ao sentir o gelado do lubrifante e Matheus entrando em si. O loiro movimentava os quadris sentindo o pau ser contraídos naquele buraco quente e apertado.
Há meses não sentia o sabor do corpo do marido e ia à loucura a cada estocada.
_ Vai com mais força!
_ Tem certeza?
Patrick concordou com a cabeça. Matheus deitou sobre as costas do ruivo, pondo os braços por baixo das axilas dele. Enquanto metia num ritmo frenético, beijava o pescoço do companheiro e deslizava a língua sobre a sua orelha. Patrick estava totalmente entregue ao companheiro. Sentia uma alegria, que não sentia há tempos e que imaginou que jamais voltaria a sentir.
_ Eu te amo! Você é perfeito!
As palavras de Matheus o envaidecia. Sentia-se orgulho de si mesmo por ser ainda capaz de dar prazer ao marido.
Matheus decidiu mudar de posição. Virou o companheiro de barriga para cima e se beijaram novamente. Pôs as pernas imóveis de Patrick em seus ombros, e esfregava a ponta do pau melado na porta do cuzinho lubrificado marido.
_ Aaaaa, Matheus! Aaaa que delícia!_ o ruivo dizia com os olhos fechados e a cabeça inclinada para o lado.
Ver Patrick sentindo prazer o deixava extremamente feliz. Seu coração batia acalentado e seus olhos brilhavam felicidade porque o outro estava feliz.
Seu pau deslizou com um pouco de dificuldades, devido ao aperto,  que Matheus desconfiava que Patrick fazia propositalmente para ssduzi-lo. Sentia o seu pau pulsando dentro do marido e metia, enquanto os seus olhares se encontraram um irradiando carinho ao outro.
Patrick sorriu sentindo a quentura do esperma do marido dentro dele e o beijou.
_ Ah, eu te amo, Matheus!
Matheus deitou com a cabeça em seu peito, recebendo um cafuné. Sentia, em silêncio, as batidas do coração do marido, e isso o trazia uma sensação de paz e aconchego. Entrelaçou os seus dedos entre os de Patrick e beijou a sua mão.
_ Você me perdoa?_ disse olhando para Patrick, apoiando o queixo em seu peito.
_ Eu já não disse que sim?
Matheus acariciou o queixo do ruivo com a ponta do dedo polegar.
_ Eu sinto muito por tudo que te disse. Por não ter te protegido naquela noite.
_ Amor, você não podia evitar. Eu não quero te ver triste, carregando uma culpa que não tem. Sabe, essa semana, a minha terapeuta me disse que o passado é algo que não podemos mudar. Ele já aconteceu. Mas, podemos escolher se ele vai interferir na nossa vida atual ou não. Eu não quero que essa tragédia continue me fazendo mal e que te faça mal também.
"Hoje foi difícil ir àquela festa e estar em público novamente. Amor, eu senti um pânico horrível. Mas, eu não quero que isso aconteça sempre. Eu pensei em voltar a fazer a pós graduação. Quero dar continuidade a minha vida. Eu sei que não temos dinheiro agora, mas futuramente...quem sabe?"
Matheus deitou ao seu lado e o abraçou.
_ Eu vou dar um jeito de pagar. Nem que eu dê mais aulas extras.
_ Eu não quero que você se mate de trabalhar. Você anda muito cansado para ter mais uma carga de trabalho. Eu falei com a Olívia e ela me disse que vai pintar um freela pra mim. É algo que posso fazer em casa mesmo. E daqui a pouco, eu vou conseguir me aposentar. A sua mãe me garantiu que o advogado está cuidando de tudo.
_ Okay. Enquanto a sua aposentadoria e o seu trabalho não pintam, eu vou pagando. Mas, eu vou te levar e te buscar na faculdade. Ainda não me sinto seguro de te deixar sair sozinho.
"Mudando de assunto, meu bem, o seu aniversário está chegando. O que quer de presente?"
Patrick sorriu e o beijou.
_ Você vai me dar o que eu quiser?
_ Te dou a lua se você pedir.
_ Vai me dar mesmo? Sem resistência?
_ O seu desejo é uma ordem.
_ Eu quero que você faça terapia.
Matheus o olhou espantado diante do pedido inesperado.
_ Você tá brincando, né?
_ Eu não! Esse é o meu presente, que você prometeu que não me recusaria.
_ Mas, amor, eu tava pensando em te comprar qualquer coisa que te alegrasse.
_ Nada mais me alegra do que a sua felicidade. Você precisa de ajuda. Está sofrendo e amargurando uma culpa que não é sua. Tenta se manter forte o tempo inteiro, pensando que me esconde o seu sofrimento. Mas, o sinto Matheus! Estamos conectados pela força do amor. Eu sei que você sofre e eu não quero que isso aconteça. Por favor, não me negue esse presente? A terapia está me fazendo tão bem. Quero que te faça também.
_ Você não existe!_ Matheus dizia emocionado, ao perceber que Patrick não era tão frágil como ele imaginava. Ao contrário, Patrick era forte a sua maneira.

Borboletas sempre voltam 2Where stories live. Discover now