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A exatos 16 anos, uma estudante do segundo ano estava sentada na beirada da cama de sua melhor amiga, segurando em mãos um pequeno objeto plástico, com formato de uma caneta.

Ela encarava o mesmo apreensiva, afinal, dependendo do que sairia dali, seu mundo poderia mudar totalmente.

— Você tem certeza de que não... bem, não se protegeram naquela noite?— Perguntou a amiga e dona do quarto, a menor sentada em sua cama.

— Claro que tenho! E-eu não brincatia com algo assim...— Respondeu a outra, sem tirar os olhos do conteúdo em suas mãos.

— E-eu sei que não! Mas é que... bem, você sabe, na hora 'h' o único pensamentos que nós temos é o de g— Foi interrompida.

— MITSUKI!— A menor berrou embaraçada, arrancando risos da melhor amiga e acidentalmente um pequeno seu.

Ela sabia que a loira só estava tentando descontrair, afinal, a si estava muito nervosa.

— Aí Inko... okey, vamos ver o resultado, sim?— Pediu, erguendo a canhota da esverdeada, onde o pequeno teste de gravidez estava, sabia que ela não conseguiria olhar por si só.

Tomando bastante cuidado para não tocar no lugar bem... "molhado" do dispositivo, ela virou o mesmo, que estava com o resultado para baixo.

Olhando por alguns segundos, que pareceram horas para a garota adulta em sua cama, a de olhos rubi analisava bem seria a resposta, sem dizer nenhuma palavra.

— Mit... por favor,me diga logo o que é! Vamos, me diga! O que deu!?— Pedia a menor desesperada.

— Bom... negativo.— Respondeu simples, sem realmente mostrar o teste a baixinha.

— Ah...— Inko se sentiu triste por um minuto, então não disse muita coisa.

— O que? Está... decepcionada?— Questionou, ao ver a face da melhor amiga desanimar.

— É... acho... acho que sim... Eu sempre estive meio... "sozinha", depois que Ganma saiu de casa e...— apertou os lábios, lembrando do sorriso do irmão mais velho— eu acho, não... eu tenho certeza que meus pais não se importam verdadeiramente comigo, afinal, eu não vou herdar a empresa e nem... crescer da forma que eles esperam...— Seu peito apertava ao lembrar das duras palavras de sua mãe para si," Você sempre será uma decepção para mim..."—eu só... não sei, gostaria de alguém que realmente precisasse de mim... do meu amor, eu... ia amar essa criança da forma que eu nunca fui amada...— Explicou, seus olhos marejando a medida que as palavras saiam de seus lábios.

— Ah... que bom, porque seu positivo.— Respondeu como quem diz "Bom dia" a um visitante.

—.... O QUE!?— Berrou Inko se pondo de pé, seus olhos arregalando e sua boca em um 'O' perfeito.

— Yeah...— Ela respondeu pacificamente, enquanto asssistia a outra tomar o teste de si, rindo ao eu ela quase o derrubou o mesmo de nojo ao encostar na parte "molhada".

— Ew... enfim— balançou a cabeça, com uma expressão enojada— Po... sitivo...— Ela ditou, separadamente, olhando os dois traços do objeto.

— É hahaha, parabéns amiga! Inko... Inko?... INKO!— Gritou ao que a outra desmaiou.

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— É... Hi-Hisashi... e-eu preciso falar com você sobre uma coisa...— Dizia tímida a menor, brincando com os dedos e com a cabeça baixa.

— Aham...— Murmurou o albino, que nem olhava para a menor, focado em uma conversa em seu telefone.

Estavam na casa da menor, mas especificamente, em seu quarto, Inko tentava,falhando, dizer ao namorado que estava grávida, porém, o mesmo estava ocupado, como de costume com o pessoal do time de basquete que não o deixava em paz.

— E-eu... Hisashi...— Ela olhou para o maior, fechando a expressão ao notar que ele não estava prestando atenção— HISASHI MODORYIA!— Esbravejou irritada, o albino teve um sobressalto.

— O QUE É!?— Respondeu, estava irritado, mas, toda a sua ira foi ao espaço ao olhar o rosto choroso e desesperado de sua garota.

— E-eu... eu...— Ela não conseguiu terminar sua sentença, cortada por suas próprias lágrimas.

— Ah baby... me desculpa...— Ele a abraçou, acolhendo o corpo esguio e macio em seus braços fortes e atléticos.

— S-sashi.... e-eu .... p-preciso te c-contar uma coi-coisa...— Ela disse entre os soluços, apertando os a jaqueta cinza e azul do seu namorado, tanto que as pontas de seus dedos esbranquiçaram.

— Linda... pode me contar qualquer coisa, o que foi?— Questionou aflito, odiava ver os olhos esneraldinos de sua namorada manchados de lágrimas que não fossem de alegria e prazer.

— L-lembra da... n-nossa noite, não é...?— A pergunta soou abafada, já que a cabeça da mesma estava enterrada no peito largo.

— Claro que sim... foi a melhor noite que eu já tive...— Sorriu nostálgico e pequeno— Mas... O que tem ela, meu amor?....— Franziu o cenho que a resposta soou baixa— O que?

— Eu disse q-que... eu tô grávida, Sashi...— Respondeu, afastando o rosto do peito do maior, erguendo os olhos lentamente para olhar seu rosto.

Os olhos vermelho quartzo dobraram de tamanho, quase como dois pirex na face alheia.

Inko ficou apreensiva, o desespero da rejeição tomava conta de si, a medida que Hisashi a afastava  pelos ombros, lentamente.

— Sa... Sashi...?— Murmurou, sua voz embargada.

—....— Ele apenas a olhava, surpreso, seus lábios em uma linha reta e as sombrancelhas quase alcançando a raiz dos cabelos.

—Sashi... eu sinto mu— Quando ia terminar de se desculpar, ela foi surpreendida com um abraço apertado.

— Eu te amo... EU TE AMO, TE AMO, TE AMO, TE AMO, TE AMO, TE AMO!— Ele berrava, erguendo o frágil corpo e a rodopiando enquanto ria e chorava.

Inko sorriu, aquele típico sorriso largo e brilhante, digno do maior prêmio odontológico já existente, o orgulho de todo dentista.

E a razão pela qual, Hisashi se vê cada e cada vez mais apaixonado.

— Você... não está bravo?— Ela perguntou confusa, mas o sorriso não saia de seus lábios.

— Bravo!? Inko, meu amor... eu sempre estive só desde pequeno, minha mãe morreu no parto, meu pai só liga pra empresa e nada mais, a minha única fonte de alegria... o único motivo pela qual eu não desisti de tudo... Ah Inko... quando eu te vi naquela sala haha...— Riu nostálgico, a menor o acompanhou— Quando eu te vi, naquele vestido florido, com aquele olhar perdido e envergonhado... não pude deixar de pensar... "É verdade o que dizem dos anjos,eles estão entre nós, nos levando em direção à luz"...— Ele secou as lágrimas que faziam trilha pelas bochechas pálidas e macias da menor.

— Você não existe Sashi...— Sorriu maior, lembrando que ele havia a pedido em namoro, com as mesmas palavras, seis meses depois de se conhecerem e fazerem amizade naquela festa para comemorar a união dos negócios de seus pais.

Seu namoro com Hisahi, apenas foi aprovado por ser uma aparente "boa relação comercial" e beneficiária ambos os lados... Acredito que foi a única vez que os pais de Inko e o pai de Hisashi, fizeram algo de bom pelos filhos.

— Eu vou me esforçar... vou ser o pai que Soturo nunca foi para mim!— Prometeu, rodopiando a namorada no ar mais uma vez, ante de a por sentada na cama e ajoelhar a sua frente— Você vai ver... esse menino vai ser o mais feliz do mundo! E você, minha rainha...— Ergueu a mão, pedindo a destra da menor que riu, entregando a mesma— Vai ser a mulher mais feliz do mundo!

A esverdeada apenas lhe sorriu, deixando um selar em seu lábio inferior— Eu já sou Sashi...— E eles se beijaram, um ósculo repleto de amor e carinho.

Naquela noite, ambos dormiram juntos, acomodados no calor do outro, ansiosos para conhecer aquele serzinho minúsculo crescendo no ventre de sua mamãe.








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