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- Momo, você recebeu vários presentes! - Mina pulou a sua volta, encarando todos os pacotes em sua mesa.

Era dia dos namorados e a maioria de suas colegas recebiam cartões e chocolates de garotos ou de garotas.

Um dia do qual Izumi nem mesmo se lembrará da existência. Por conta da academia conter muitos adolescentes, declarações de amor entre uns e outros, era claramente normal em uma data como aquela.

Kōtarō continuaria sentada em seu lugar, enquanto as meninas comentavam sobre o dia.

- Izumi-Chan! Você já recebeu alguma coisa?

- Oh, não. - A mesma balançou as mãos envergonhada. - Acho que não estou apta a estes eventos românticos.

- Tenho certeza que você receberá algo. - Mina se aproximou mexendo em seus cabelos. Como um gesto de carinho. - Você é linda, deve ter muitos meninos e meninas interessados.

- Não seja boba...

🍙🍙🍙

Com o tumulto nos corredores, era difícil se movimentar normalmente.

- Vamos por aqui. - Kaminari, a puxou.

- Céus... Não entendo porque eles exageram tanto. - Sero reclamou.

Passando entre as pessoas, a jovem não pode deixar passar por despercebido as declarações que Bakugou receberá naquela tarde.

- Há tantas meninas tentando conquista-lo. - Murmurou baixo, a si mesma. - Elas são tão bonitas.

Uma forte sensação de tristeza invadiu seu peito, e ela não entendeu o porque. Talvez estivesse começando a se sentir incomodada demais com aquilo.

E por que estava se sentindo deste modo?

- Não fique assim, Izumi-Chan. - Kirishima tocou sem ombro. - Você também pode fazer isso.

- E sua beleza, não se compara a nenhuma outra! - Disse Denki.

- Você deveria saber que ele não vai aceitar nenhuma declaração. - Sero continuou.

- ĪEEE! Não foi isso que eu quis dizer! - Novamente, ela balançou as mãos envergonha. Tinha falado alto demais. - E muito obrigada Kaminari. - Sorriu.

- Fique calma, Izumi. - Kirishima riu.

Voltando seus olhos ao loiro, pode ver que sua reação foi exatamente como Sero havia dito. Entre um alto murmúrio negativo, ele virou as costas para suas declarações.

- Data de merda! - Bakugou reclamou irritado, se juntando a seus amigos.

Acelerando o passo em frente a eles, tentando não fazer contato e nem demonstrar nada outra vez, Izumi esbarrou em um garoto alto de cabelos azuis.

- Oh, eu sinto muito!

- Eu lhe machuquei? Me desculpe!

- Está tudo bem!

- Sinto muito de verdade, Izumi.

- Você sabe meu nome?

- S-Sim!

Estranhamente, aquela foi a vez dela. O mesmo ergueu uma carta e uma pequena caixa de bombom, se declarando.

- O que?!

- Isto é para você! - Ele a respondeu alto. Estava nervoso.

- Para mim? - Kōtarō estendeu os olhos, não acreditando.

- Sim!

Kaminari observou Bakugou de canto de olho e se pudesse descreve-lo em uma palavra, ela provavelmente seria ódio.

Estava prestes a explodi-lo.

Em silêncio, todos esperaram a resposta de Izumi.

- Me desculpe, mas eu não posso aceitar. É um gesto muito bonito. Você é muito gentil, obrigada por isso.

- Você gosta de outra pessoa?

Bakugou estendeu os olhos. Sentindo seu coração bater mais rápido, no fundo, ele quis saber sua resposta.

- N-Não é isto... E-Eu...

- Está tudo bem. - Ele sorriu gentilmente, levantando sua mão. - Eu entendo, mas por favor, aceite meu presente.

- Você tem certeza? Você pode dar isto a outra pessoa...

- Tenho, eu fiz para você. Fique.

- C-Certo. Muito obrigada e me desculpe outra vez. - Baixando a cabeça em um rápido agradecimento, ela voltou seu caminho.

- Tch! Extra de merda. - Bakugou o insultou ao passar pelo mesmo.

🍙🍙🍙

Com as mãos trêmulas, Izumi suspirou. Subindo as escadas da varanda de Bakugou, ela sentiu um frio na barriga.

Que ideia besta. Se ele não teria lhe matado em todos estes meses com todas suas ideias malucas, agora era exatamente a hora certa.

Ele a mataria, sem dúvidas.

Dois toques na porta de vidro foram suficientes para avisar que estava ali, abrindo a mesma, ela entrou em seu quarto.

Já estavam acostumados a visitarem um ao outro, a qualquer hora do dia.

- Bakugou?

- O que você está fazendo? Você não sabe esperar?!

Ele se aproximou rapidamente e antes que pudesse explodi-la, a mesma estendeu as mãos erguendo sua caixinha.

O silêncio se fez entre ambos e Bakugou observou atentamente o presente em sua mão. Eram chocolates, mas diferente do que as garotas sempre lhe ofereciam. Os de Izumi tinham o formato de suas granadas de mão de seu uniforme.

- P-Por favor não entenda errado. Eu só achei ruim você ficar sem nenhum presente neste dia. Já que não aceitou nenhum. Eu fiz isso pra você de qualquer modo. Como sua parceira de treino! - Ela sorriu, docemente.

Por mais que Bakugou achasse aquilo tudo uma enorme idiotice, não conseguia nem se quisesse, recusar aquele estúpido presente.

Indelicadamente ele pegou a caixa de sua mão, a encarando por um tempo, depois voltando os olhos carmesim a jovem a sua frente.

- Você já acabou?

- Oh, sim!

Indo até a varanda para ir embora, Bakugou a segurou.

- Espera. Isto é seu.

- São mochis? De morango? - Ela sorriu outra vez, encarando a caixinha.

- Não vai achando que eu gosto de você, caralho! Eu só... Só pensei a mesma coisa.

- Está tudo bem! - Izumi encheu a boca, não se importando. - Eu amo mochi. Muito obrigada.

- Fique aqui! - Ele quase gritou. - Vamos jogar!

Soltando um riso leve, Kōtarō apenas assentiu, não entendendo o seu comportamento estranho.

Eletric Love - Katsuki BakugouKde žijí příběhy. Začni objevovat