Capítulo 9 - Alexandre

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Hello!! Olha eu aqui, bem cara de pau, voltando como se nada tivesse acontecido. Não me julguem. O capítulo de hoje é curtinho e um pouco tenso, estou ansioso para saber a opinião de vocês. Essa história provavelmente terá 20 ou 25 capítulos, isso quer dizer que estamos quase na metade e se eu conseguir manter um ritmo bom de escrita conseguimos finalizar agora em setembro, porém... não vou prometer. Não esqueçam de comentar e deixar o voto, amo isso! Ah, o texto está sem revisão. Boa leitura!

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Victor era extremamente grosso e mal educado e isso me deixava louco. Sempre foi assim, mas agora tudo parecia amplificado pelo significado que tínhamos um para o outro. Quer dizer, eu acho que significava para ele o mesmo que ele significava para mim.

Ele não estava mais no quarto quando acordei naquela manhã. Sua cama no chão estava desfeita. Também não havia muito o que arrumar já que ele tinha dormido apenas no colchão. Aposto que pensou que eu ficaria com pena, mas decidi não fazer nada e deixar ele ter um pouco de desprezo. Não ficaria o tempo todo tentando concertar as coisas entre nós, tudo teria que acontecer naturalmente, no momento certo.

Desci as escadas em silêncio, lá embaixo já era possível ouvir vozes. Meus pais acordavam muito cedo. Quando chego na cozinha dou de cara com um lindo par de olhos azuis.

Pensei que ele tivesse ido embora.

Quando me viu, Victor fechou a cara. Ele conversava com meus pais calmamente, com um sorriso forçado.

Não ficamos ali muito tempo. Logo fomos para a faculdade e não falamos nada no caminho. Eu queria conversar com ele, mas não queria forçar nada e também queria que ele tomasse a iniciativa de uma aproximação, sabia que era imaturo, mas esperaria.

Na aula também não falamos nada, ele conversou muito com os amiguinhos dele, aqueles que eu odiava.

Passei o dia inteiro doido para beijá-lo. Chegava a ser dolorido e, quando estávamos na agência, já de tarde, decidi que era hora de dizer algo.

Me aproximei da mesa em que ele estava digitando algo no notebook. Ele me viu, mas preferiu não tirar os olhos da tela.

- Oi. - Digo.

Um sorriso bobo se forma em meu rosto. Parecíamos duas crianças birrentas e isso chegava até a ser engraçado.

- E aí!

Sabia que ele queria falar comigo.

- Você vai me deixar em casa?

Victor parou de digitar para me olhar.

- Não sei, acho que não vai dar, combinei de beber com os caras da faculdade depois do trabalho. - diz, sem expressão alguma.

A resposta me espantou um pouco. Beber com os caras da faculdade? Como assim?! Não era ele que estava quebrado, sem dinheiro pra nada?

- Posso ir também? - digo e me arrependo no mesmo instante.

Isso parecia muito desesperado da minha parte.

- Não é lugar pra você, Alexandre. - Victor diz. - Eu te deixo em casa.

Ah, agora ele podia me deixar em casa.

- Não precisa me deixar em casa, muito obrigado.

Saio de perto dele e vou para o mais longe possível. Que cretino!

Sinto seu olhar me seguindo, mas alguém começa a falar com ele no momento em que sento na cadeira da mesa grande no meio da sala. Ainda faltava um pouco para acabar o expediente, Ricardo me chamou na sala dele e resolvemos alguns problemas que estavam sendo empurrados com a barriga, era difícil manter relações com alguns clientes, mas eu quase sempre conseguia dobrar eles, por isso Ricardo vivia pedindo para eu tentar conversar com todos.

Mais Que Um AmigoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant